domingo, fevereiro 06, 2011

Líder terroristas checheno promete um “ano de sangue e lágrimas”


Доку Умаров взял на себя ответственность за теракт в "Домодедово" и обещал России "год крови и слез

Doku Umarov, líder do chamado “Emirado do Cáucaso”, organização terrorista que atua no Cáucaso do Norte russo, prometeu à Rússia um “ano de sangue e lágrimas” e dá a atender que foi ele o organizador do atentado no Aeroporto Domodedovo.
Num vídeo publicado no sítio dos separatistas islâmicos Kavkazcenter, Doku Umarov ameaça realizar, no território da Rússia, um ato terrorista por semana ou por mês, dependendo a regularidade da “vontade de Alá”.
O comandante terrorista sublinha que o objetivo dos atentados são aqueles que “não gostam do Islão” e “insultam os caucasianos”.
Segundo o filme colocado na Internet, o líder da guerrilha separatista visitou a base “Riiaduz Salihiin”, onde são treinados terroristas suicidas. O vídeo não está datado, mas parece ter sido gravado antes do atentado no Aeroporto de Domodedovo, realizado a 24 de Janeiro e que provocou 36 mortos e mais de cem feridos.
Umarov aparece rodeado do emir Hamsat, comandante do batalhão de suicidas, e de um jovem parecido com Mahomed Evloev, a quem as autoridades russas atribuem a autoria do atentado terrorista.
O jornal Novaya Gazeta escreve que Evloev tinha 20 anos e saiu de casa em Setembro de 2010. No passado domingo, agentes do Serviço Federal de Segurança da Rússia realizaram uma busca na casa da família e recolheram amostras biológicas para a realização de testes de ADN.
Nos últimos dias, Moscovo tem assistido a uma verdadeira praga de falsos alarmes telefónicos sobre atentados terroristas.
Hoje, a polícia da capital russa foi obrigada a evacuar três das oito estações de caminho de ferro, bem como uma das estações do metropolitano.

19 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns pelo post, que está bastante mais claro e informativo do que a notícia correspondente da Reuters. Este Doku Umarov parece ter sete vidas.

Anónimo disse...

Em vez de estações, talvez fossem terminais (ferroviários)? Há uma certa diferença....

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Anónimo, são estações ferroviárias, e não terminais. Moscovo tem oito.

Anónimo disse...

Suponho que este atentado seja mau para a credibilidade de Kadyrov. Moscovo terá alguma alternativa em mente?

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Anónimo, o atentado não abalou Kadirov, nem Moscovo tem nada em mente, não tem uma política consistence para o Cáucaso do Norte, e nisto reside o problema.

HAVOC disse...

É o que eu sempre defendo. A Rùssia tem que enviar tropas para estas regiões do Cáucaso. Estes territórios são pequenos e a presença de tropas russas no local, vasculhando casa por casa irá fazer a diferença contra estas ameaças terroristas.

Não só tropas militares irá resolver o problema, mas inteligencia também. A Rùssia tem que infiltrar espiões nestes grupos, para derruba-los pela raíz. Não há como construir um muro de um lado á outro no Cáucaso, então tem que ter intervenção!!

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro FAB, a solução meramente militar ´não dá resultado, tem de ser feito um grande trabalho em campos muito diversos: político, económico, social.
Por exemplo, para infiltrar espiões nesses grupos você tem de ganhar confiança entre parte da população local.

Bruno Miguel disse...

Espero bem que o Sr. Putin ou Medvedev, façam alguma coisa a este respeito para acabar com os atentados terroristas, especialmente na altura do verão onde Moscovo é recebido por mais turistas.
E se isto continuar assim não sei como vai ser quando se realizar lá o Mundial.

Anónimo disse...

Esses grupos estão provavelmente infiltrados (houve um alerta uma semana antes do atentado). O que é estranho é que, apesar de serem (supostamente) grupos pequenos, ainda não foram erradicados. Será que eles passam o tempo todo "enfiados num buraco", como diz Kadyrov?

MSantos disse...

"Caro Anónimo, o atentado não abalou Kadirov, nem Moscovo tem nada em mente, não tem uma política consistence para o Cáucaso do Norte, e nisto reside o problema."

Totalmente em desacordo, José Milhazes.

O problema reside em existir ainda em pleno séc.XXI forças obscurantistas que persistem no fanatismo religioso aliado sempre a líderes criminosos e psicopatas e acho chocante que as facções políticas que estão sempre a referir que não há diálogo a tomar com gente desta, facto que concordo plenamente, e que "são os esquerdistas os naturais aliados deles", nos ensurdeçam agora com um brutal silêncio de cumplicidade apenas atribuindo as culpas aos líderes russos por muito que eles tenham ajudado à festa.

Os verdadeiros e principais culpados deste tipo de acções são os prepretadores sejam eles islâmicos, de direita, esquerda ou da igreja do 7º dia e são sempre, mas sempre criminosos psicopatas.

E aqui o Ocidente sempre tão cioso dos seus tão autoproclamados valores deveria mostrar total solidariedade com a Rússia.

Cumpts
Manuel Santos

Pippo disse...

Caro Anónimo, precisamente por serem grupos pequenos (células familiares, no caso do Mahomed Evloev) é que eles não são apanhados.
Como é que vocês se infiltra numa família? Só se for por casamento...

Anónimo disse...

Estes grupos estão efectivamente infiltrados, senão ninguém ia dar um alerta uma semana antes do atentado. Mesmo que uma célula seja familiar, têm de haver outras pessoas envolvidas nestes planos, por óbvias questões logísticas.

Pippo disse...

Neste caso, não se trata de infiltração mas sim o de se ligarem pontas soltas, i.e., informações dispersas as quais podem estar, ou não, correlacionadas.
É essa a tarefa do investigador policial.

Anónimo disse...

Trata-se sim de infiltração, porque os rebeldes não são psicopatas para anunciarem atentados, com uma semana de antecedência, só para tornarem as coisas mais emocionantes. Parece-me estranho um movimento tão residual continuar a subsistir.

Pippo disse...

Uma célula é um grupo fechado (5 pessoas, por exemplo), que mantém, ou não, ligações com elementos (controladores) que fazem a ligação a outras células similares.

A célula pode actuar autonomamente, recrutando informadores, fazendo trabalho político, adquirindo equipamento e efectuando golpes armados (assaltos, atentados, golpes de mão). Pode fazê-lo sob direcção superior (como fazia, por vezes a Resistência anti-nazi), ou fazê-lo autonomamente.

Para uma célula ser "infiltrada" tem de haver um elemento ligado às forças de segurança que passa a ser parte do número restrito de elementos que a compõe ou que tem a capacidade de saber e seguir os passos da célula terrorista (por exemplo, torna-se o controlador).

Saber, por exemplo, que houve uma compra de material explosivo, não é sinónimo de "infiltração". Saber, por boatos, que se prepara um atentado, não é "infiltração".

A infiltração conduz invariavelmente à neutralização/eliminação da célula terrorista. Não foi esse o caso pelo que se pode depreender que o que houve foi uma denúncia ou boato proveniente da parte de alguém com ligações aos terroristas (por exemplo, alguém ligado à venda do explosivo) mas que não estava infiltrado na célula.

Já agora, tirando situações em que estão em causa alvos específicos, os quais interessa eliminar, o objectivo do terrorismo não é tanto o da destruição mas sim o da destabilização. Por isso, fazer ameaças falsas é uma óptima maneira de colocar a população com os "nervos à flor" da pele, aumentando assim a pressão sobre as forças da ordem as quais são acusadas de inoperância e incompetência. Trata-se de uma situação de assimetria em que o ónus da derrota da subversão impende exclusivamente sobre o Estado. Para que este se possa declarar vencedor, há que destruir os elementos subversivos; aos elementos subversivos, basta-lhes continuar a ter o apoio de parte da população e continuar a actuar, ainda que esporadicamente, para poderem dizer que a vitória é deles. Para a subversão, “Resistir é vencer”.

Anónimo disse...

Mas quem é que falou de infiltrar uma célula específica? Encare os factos que mencionei (pré-aviso de atentado). Este foi o meu último post.

Pippo disse...

Eu encarei. Pré-aviso de atentado não é infiltração num grupo ou célula terrorista. Este também foi o meu último post :o)

Anónimo disse...

Encontrei-me com o K.G.B. na 1ª Comissão em Luanda mas por razões de confidencialidade so deixo aqui um contacto: Tm. 962702919

Anónimo disse...

Encontei-me Com o K.G.B. em Luanda na minha 1ª Comissão mas por razoes de confidencialidade deixo o Apartado 157 8501-910 Portimão a quem estiver interessado na História da Guerra do Ultramar.