Aparentemente,
a situação na Ucrânia parece ser calma, mas trata-se apenas de uma
pausa para reunir forças e preparar novas iniciativas por ambas as partes do confronto.
Nos dias 5 e 6, nada deverá acontecer nesse país, pois na sua
capital realiza-se a reunião dos ministros dos Negócios
Estrangeiros dos países membros da Organização para a Segurança e
a Cooperação na Europa.
Porém,
a situação poderá agravar-se seriamente logo após essa reunião,
pois, hoje, a oposição pró-ocidental acrescentou, à exigência da
demissão do governo de Mikola Azarov, a reivindicação de eleições
parlamentares antecipadas.
Segundo
a lei, as presidenciais na Ucrânia deverão realizar-se apenas na
Primavera de 2015.
Caso
as reivindicações não sejam aceites num prazo de dois dias, a
oposição ameaça bloquear todos os edifícios do governo durante o
dia e a noite, bem como a residência do Presidente ucraniano, Victor
Ianukovitch, que se encontra de visita à China.
Serguei
Sobolev, deputado do bloco Batkivchina, declarou: “já não se
trata de conversações sobre a demissão do governo, mas de uma
reivindicação concreta: determinar a data das eleições
presidenciais. Além disso, considero que é necessário formar um
governo de confiança nacional e regressar à política de integração
europeia”.
Os
anteriores presidentes ucranianos: Leonid Kravtchuk, Leonid Kutchma e
Victor Iuschenko, apoiaram a oposição, condenaram a carga policial
contra os manifestantes em Kiev durante o fim de semana e apelaram às
autoridades a começarem conversações com os opositores.
Serguei
Arbuzov, vice-primeiro-ministro ucraniano, declarou que as
autoridades estão dispostas a dialogar com a oposição,
nomeadamente sobre a realização de eleições presidenciais
antecipadas.
À
pergunta se admite a realização de presidenciais antecipadas, ele
respondeu: “Admito que, quando nos sentarmos à mesa das
conversações, semelhantes propostas poderão soar. E considero que
estamos prontos a discuti-las”, frisou.
Mikola
Azarov propõe também conversações com a oposição, mas sublinhou
que isso só será possível se os manifestantes desbloquearem os
edifícios administrativos.
Entretanto,
o Partido das Regiões, principal força política que apoia
Ianukovitch, começou também a mobilizar os seus apoiantes a
pretexto da “estabilização da situação política”.
Essa
força política apela aos seus adeptos que se mobilizem para
“defender or órgãos do poder em relação aos que se manifestam
contra a atual direção do país”.
Por
isso, a calma em Kiev e noutras cidades ucranianas parece ser
temporária e o desenvolvimento da situação esconde grandes
incógnitas.
4 comentários:
HAHAHA coitado nao vai acontecer nada os PROSTESTO ja esfriaram a muito tempo. e quanto a antecipação das eleiçoers isso e soh uma manha. haha coitado de vc tenho pena de vcs daqui a uns 40 anos
Relativamente ao que a UE poderia fazer para além de palavras na Ucrânia, dou aqui um exemplo de algo que poderia ser feito. Mas não o é.
Mercedes abre a primeira fábrica de motores na China
A Mercedes-Benz abriu a primeira fábrica de motores fora da Alemanha, em Pequim, na China...
...A fábrica reproduz a mesma forma como a Mercedes produz os seus motores na Europa, com os mesmos padrões de qualidade e processos de produção. Os trabalhadores recebem formação contínua durante o trabalho...
http://autoviva.sapo.pt/news/mercedes_abre_a_primeira_fabrica_de_motores_na_chi/12334
A Ucrânia precisa urgentemente de modernização, de novas metodologias de novos processos de fabrico, de formação, de investimento, enfim de ajuda.
Mas depara com a barreira dos valores mínimos democráticos europeus necessários para receber a ajuda europeia ...
Como tal, essa ajuda, esse investimento, essa modernização e passagem de conhecimentos vai para quem preenche minimamente esses critérios. Enfim, para quem merece.
Como a China...
PM, gostei da ironia: "essa ajuda, esse investimento, essa modernização e passagem de conhecimentos vai para quem preenche minimamente esses critérios. Enfim, para quem merece.
Como a China..."
;)
Ou seja, nas suas relações exteriores, a UE impõe exigências "da treta", mas para aquilo "que interessa", os Estados (ou as empresas que "que mandam") ultrapassam facilmente essas "barreiras" e investem em países cujos registos em matéria de direitos humanos são o que são mas que oferecem estabilidade e garantias de produtividade tais como baixos salários, jornadas de trabalho de 16h/dia, inexistência de direitos laborais, etc..
Dito ainda de outra forma, esses investimentos, na prática, são desinvestimentos na Europa (na Europa e na EU-ropa) que transferem o know-how para os nossos maiores rivais.
Será isso um sintoma, por parte dos accionistas e decisores, de desejo de lucro imediato e desprezo para as consequências económicas e sociais que tais decisões acarretam para os países e povos europeus? Certamente que não! Tais ideias só poderiam provir de mentes distocidas e maliciosas, tipo a minha...
Acabei de descobrir que tenho uma mente distorcida e maliciosa...
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