quarta-feira, abril 01, 2020

"MILAGRE" NA TURCOMÉNIA EM ÉPOCA DE PANDEMIA

Grande líder Gurbanguly Berdymukhamedov

Há um país no mundo, mais precisamente na Ásia Central,  que não tem casos de coronavirus. Trata-se da Turcoménia.
Como foi conseguido tal milagre? - perguntar-me-ão. A explicação é simples: este país é governado por um ditador, Gurbanguly Berdymukhamedov, que decidiu, pura e simplesmente proibir o emprego da palavra coronavirus na imprensa e na vida quotidiana.
Este antigo dentista do ditador que o antecedeu proibiu também o uso de máscaras nas ruas. Uma senhora foi multada em cerca de 50 euros por ter arriscado sair para a rua protegida por uma máscara. 
Numa reunião com o seu governo,  Berdymukhamedov aconselhou os turcomenos a defenderem-se do vírus com uma receita popular antiga: inalar o fumo de Arruda Síria (Peganum Harmala). O grande chefe frisou que, durante milénios, os antepassados dos turcomenos criaram métodos nacionais de combate aos maus hábitos e de profilaxia de diferentes infecções.  

terça-feira, março 31, 2020

O mais sério teste ao regime de Putin

Foto: Ria/Novosti

Gostaria muito de me enganar, mas a Rússia irá passar pela mesma situação que se encontram a Itália ou a Espanha.
Por enquanto, os dados oficiais sobre o coronavirus são: 2337 infectados, mais 500 do que no dia anterior; o número de vítimas mortais subiu de 9 para 17.
Vladimir Putin afirma que a situação esteve e está controlada.
Nikolai Boyko, principal epidemiologista do Ministério da Saúde da Rússia, afirma que o país atingirá o pico da pandemia dentro de alguns dias e que depois os números começarão a descer.
Mas há fortes suspeitas de a realidade não ser bem essa. À excepção do encerramento da fronteira sino-russa em 23 de Março, as autoridades russas pouco ou nada fizeram até ao fim de semana passada. Por exemplo, só ontem, segunda-feira, é que Putin veio ordenar o aumento da realização de testes (o baixo número de testes realizados é uma das razões dos números optimistas revelados pelas autoridades); só ontem ele veio a exigir a inventariação de ventiladores, camas, hospitais e centros de diagnóstico no país; só ontem ordenou a criação de reservas de medicamentos e o pagamento atempado dos salários de médicos e auxiliares.
Ou seja, só agora é que as autoridades russas começam a tomar medidas sérias para travar o coronavirus, que poderão vir tarde demais. Tanto mais que entre os infectados não estão apenas russos vindos do exterior e, no fim de semana passada, os russos não ficaram em casa, mas utilizaram o bom tempo para fazer churrascos, para ir às casas de campo ou passar férias na Crimeia e em Sochi. As consequências desta e de outras irresponsabilidades ainda estão para vir.
Se o pico está próximo e a situação controlada, para que foi criado o Presidium do Governo, órgão que reúne os ministros russos mais importantes e que visa coordenar a luta contra o coronavirus?
Numa situação crítica como esta, seria importante que as autoridades não mentissem, mas, como já mentiram muitas vezes (e não foram só as russas), as pessoas têm dificuldade em acreditar, e isto é um grande perigo no caso da pandemia.
A última sondagem realizada pelo Levada-Tzentr na semana passada, mostrava que a confiança dos russos em Putin desceu muito: 61% dos respondestes defendem que Putin não se deve recandidatar a Presidente da Rússia em 2024, enquanto que apenas 31% têm opinião contrária.
Desejo todos os sucessos aos russos neste combate contra o coronavirus.

P.S. Depois da superação da crise, os sobreviventes devem pensar bem na qualidade e competência das suas elites políticas. Esta situação extrema está mostrar quem é quem. Quem é Jair Bolsonaro, Donald Trump, Boris Johnson, etc. , etc.
Se não for feita uma limpeza profunda da incompetência no poder, arriscado-nos a ver a proliferação de regimes extremistas (de direita e esquerda) no mundo.

domingo, março 29, 2020

Bielorrússia: A RECEITA PARA O CORONAVIRUS


A Rússia fecha as suas fronteiras com todos os países, mas há um país vizinho que se recusa a cerrar fronteiras: a Bielorrússia. 
Este país é o único na Europa que não suspendeu o campeonato nacional de futebol e o campeonato de hóquei no gelo, as pessoas continuam a encher os estádios.
O Presidente vitalício da Bielorrússia, Alexandre Lukachenko, depois de ter participado num jogo de hóquei no gelo, declarou: "Aqui é preciso dizer que mais vale morrer de pé do que viver de joelhos! Aqui, no gelo, não há vírus. Isto é um frigorífico. Um verdadeiro medicamento anti-vírus. Continuo a fazer a mesma vida que fazia. Ontem, estive a treinar com hoquistas. Encontramo-nos, apertamos as mãos, abraçado-nos, damos porrões uns aos outros, etc." 
"Foi um golpe muito duro para nós a notícia de que o campeonato ia começar. Isso é indignaste. Os futebolistas e todas as pessoas na Bielorrússia, que seguem as notícias, sabem o que se passa na Europa. Mas não podemos mudar isso", declarou o futebolista Darko Bodul, da equipa "Shakhtior" de Soligorski. 
Segundo Bodul, "no que respeita a Lukachenko, ele gosta de desempenhar o papel de grande chefe. Felizmente, as pessoas não levam a sério as suas declarações. Vêem-se muito menos pessoas do que normalmente, mesmo sem o governo tomar medidas. Não vejo pessoas idosas".
Segundo dados de Margaret Harrys, representante da OMS na Bielorrússia, o número de infectados é de 94 pessoas, 32 dos quais já receberam alta, sublinhando que a situação está sobre o controlo. Esta especialista aplaudiu as medidas tomadas pelo ditador!
Esta situação está a preocupar os países vizinhos. Até o político nacional-palhaço russo, Vladimir Jirinovski, já veio criticar o "Pai da Bielorrússia": "Lukachenko está a gozar com todo o planeta. Em toda a parte foram tomadas medidas rigorosas, as competições desportivas foram suspensas, em toda a parte se esforçam para que as pessoas fiquem em casa, mas na Bielorrússia passeiam nas ruas, vão aos estádios, ele próprio joga hóquei. Lá já há várias dezenas de infectados, depois serão centenas, depois milhares..."
Todo o mundo é parvo e você é o único inteligente. Tenha juízo...", concluiu Jirinovski. 

quarta-feira, março 25, 2020

Putin adia "votação nacional"!


Vladimir Putin decidiu adiar "votação nacional" sobre referendo devido à situação criada pela pandemia na Rússia.
O Presidente russo aceitou falar à nação depois de, ontem ter sido informado de que a situação poderá agravar-se gravemente e a pandemia no país tomar um rumo semelhante ao de Itália ou Espanha.
Além disso, os cidadãos há muito esperam posições claras no combate ao coronavírus, considerando que as medidas tomadas até agora são insuficientes.
No entanto, ele frisou que "devido às medidas atempadas, por enquanto a Rússia conseguiu conter a epidemia".
Além de adiar a votação que o deverá eternizar no Kremlin,
Putin prometeu uma série de medidas económicas e sociais a fim de reduzir os impactos negativos do coronavirus na vida das pessoas.
Os russos, salvo em casos excepcionais, não irão trabalhar durante a seguinte semana, mantendo os salários. Ele anunciou também a suspensão do pagamento de empréstimos bancários se os rendimentos diminuirem mais de 30; o aumento do subsídio mensal de desemprego de 8 000 (±cem euros) para 12 mil (±cento e cinquenta euros), prometeu manter os subsídios para os veteranos da Segunda Guerra Mundial.
Dados oficiais de 25 de Março:
658 infectados, mais 163 do que ontem. Isto em 55 regiões da Rússia, ou seja, mais 20 regiões do que no dia anterior.
122 mil pessoas encontram-se sob controlo médico. Há duas vítimas mortais a registar.
Receio que estas medidas sejam claramente insuficientes para travar a propagação da pandemia no vez. Putin adiou a votação sobre as emendas à Constituição, mas nada disse sobre a realização da Parada da Vitória, marcada para 9 de Maio.
Vamos continuar a acompanhar a situação.

Estónia: o dia da deportação (memórias)


No dia 25 de Março de 1949, tropas do NKVD (Comissariado do Povo para os Assuntos Internos) da URSS davam início à deportação de milhares de estónios para a Sibéria. Em apenas quatro dias, foram arrancadas à força dos seus lares 20 702 pessoas!
Praticamente todas as famílias estónias foram afectadas por esta onda de repressão, lançada por José Estaline e dirigida pelo seu carrasco-mor: Lavrenti Béria.
Uma das familiares da minha mulher Siiri, Elfrida, irmã da avó materna  Armilde Rosine, trabalhava no campo quando os polícias soviéticos bateram à parte da sua casa, rodeada de campos e floresta, e encontraram três crianças. Como tinham um plano de detenções a cumprir e não viram mais ninguém, levaram-nas para uma das carruagens que, normalmente, serviam para transportar gado, mas, dessa vez, foram utilizadas para transportar pessoas para o desterro.
Quando Elfrida chegou a casa e viu que as crianças não estavam aí, adivinhou o que se estava a passar, correu como uma louca para a estação, não para recuperar os filhos, pois isso era impensável, mas para pedir aos guardas que a deixassem acompanhar-los.  E assim foi. 
Duas das crianças e a mãe  regressaram à terra-natal após a morte de José Estaline, em 1956. Um filho casou-se e ficou na Sibéria. 
Nos últimos anos, neste dia, milhares de pessoas colocavam velas na Praça da Liberdade, no centro de Tallinn, para lembrar a tragédia. Hoje, devido à pandemia, as autoridades pedem que cada um coloque velas nas suas janelas.

P.S. Mais pormenores nos livros "Lavrenti Béria: o carrasco de Estaline, que pode adquirir em: https://www.leyaonline.com/pt/livros/biografias-memorias/lavrenti-beria/, e "Os Blumthal", que pode ser adquirido em: https://www.leyaonline.com/pt/livros/biografias-memorias/os-blumthal/.

terça-feira, março 24, 2020

A Rússia vai a caminho de uma situação semelhante à da Espanha


Vladimir Putin em campanha eleitoral. Foto de Ria-Novosti
A Rússia vai a caminho de uma situação semelhante à da Espanha. Quem o diz é uma fonte da agência noticiosa oficias russa Ria-Novosti: "A velocidade da difusão da infecção na Rússia corresponde matematicamente a situações em países como Espanha, Alemanha, França, Grã-Bretanha. Ou seja, um aumento de 27 a 35% diariamente comparando a quantidade dos doentes. Para chegar à trajectória dos países que travam com relativo êxito a infecção, como Singapura, Japão, Coreia do Sul, é necessário tomar medidas decisivas de quarentena, de descoberta e aumento dos testes dos que contactaram com doentes e p seu posterior isolamento".

Isto é preocupante tendo em conta que o SNS na Rússia não se compara, nem de longe, aos dos países europeus mais afectados.
Segundo números oficiais, há 500 infectados e ainda não há vítimas mortais a registar.
A explicar para estes números baixos parece estar aqui:

"O problema é que o volume de testes é muito baixo e ninguém tem uma imagem clara" da realidade na Rússia como se tem no resto do mundo, disse o presidente da câmara municipal de Moscovo, Sergei Sobyanin, que lidera o grupo de trabalho de combate à pandemia, na sequência de uma reunião com o Presidente Vladimir Putin, no Kremlin.
O chefe de Estado russo garantiu, várias vezes na semana passada, que a situação está sob controle no país, criticando a crise vivida em França e na Itália.
Recordo que Putin enviou cerca de 10 aviões de transporte com virologistas e material médico.

Histórias de espiões soviéticos em Portugal



Foto do Serviço de Espionagem (SVR) da Rússia 
Iúri Chevtchenko, veterano dos serviços secretos soviéticos trabalhou durante muitos anos fora da URSS, nomeadamente em Portugal e na Guiné, sob a capa de "agente segurador de investimentos". Ele dedicava-se também à pintura. Aqui fica um relato da sua passagem por aqui nos anos 70 do séc. XX:
"Um dia, em Portugal, a criação de um novo quadro serviu a Chevtchenko de base para um contacto com muitas perspectivas. "Lisboa. Regime fascista. Também numa fase de profunda crise. Aí trabalhei segundo um esquema comprovado de "garantia de segurança de investimentos de capital. Nos tempos livres, como era costume, estava com o cavalete na rua...
E, uma vez, uma dama parou perto de mim e começámos a conversar em francês. Ofereci-lhe um esboço, convidei-a para tomar uma chávena de café. E mais sorte: durante a conversa viu-se que ela trabalhava como secretária no arquivo da NATO. Tornámo-nos amigos..."
A nova amiga contou ao agente ilegal que da sede da NATO em Bruxelas eram enviados para todos os meios da aliança documentos que continham informação sobre as decisões tomadas, regra geral, em inglês. O seu trabalho era tirar notas do documento em português, registá-lo e enviá-lo para o arquivo. Os documentos eram completamente secretos.
"Eu enviei a informação para o Centro sobre aquele encontro e a proposta de continuar a utilizar o novo contacto... "
Mas o Centro enviou para África, para a Guiné-Bissau, onde Chevtchenko conseguiu informação sobre o golpe militar em Portugal que se aproximava. Só depois disso Moscovo deu o "sim" à continuação do contacto com a funcionária da NATO. Mas, nessa altura, ela já tinha perdido o acesso aos documentos secretos.
"Mas muito conseguiu-se fazer mais tarde".

In: Ria-Novosti, 14.03.2020

P.S. Talvez alguém se lembre desta personagem...


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quinta-feira, novembro 14, 2019

Olhar da Rússia para o Mundo - 10


Uma terceira pergunta colocada questiona como vê o papel de Kaliningrado e a preocupação constante da Rússia com esta região especifica, e as constantes acusações dos países bálticos relativamente às várias intervenções da Rússia nesses territórios. 
O enclave de Kaliningrado é um assunto muito curioso e vai depender do futuro da Alemanha e de outras questões. A Rússia tem problemas fronteiriços com todos os seus vizinhos, Estónia, Lituânia, Ucrânia, etc, etc, etc… e com Kaliningrado… mas que é um dos perigos que pode acontecer no futuro. Com o enfraquecimento da Rússia e um desmembramento da Rússia, toda a gente vai apresentar contas. A Finlândia perdeu um terço do seu território na II Guerra Mundial. 
E neste precedente, considero que a Finlândia é o país mais pacífico do mundo! Conheço Finlandeses que são descendes daqueles que foram expulsos da Carélia, que continuam a sonhar com aquele território. 
Kaliningrado poderá, eventualmente, transformar-se numa zona de disputa nesse caso. Nós tivemos o acordo de Helsínquia que era fundamental em relação às fronteiras europeias, mas a Jugoslávia, a Ucrânia, a Moldávia, etc… e é muito difícil adivinhar onde vão mexer na próxima vez, como é que a situação vai evoluir em termos internacionais e que tipo de conflitos poderão surgir que possam levar a novas mudanças no mapa europeu. 
E existem muitas incógnitas às quais é difícil responder. 

Uma nova questão colocada leva à reflexão sobre a relação da Rússia com a Turquia que pertence à NATO? 
A relação parece um bocado anti natura. Esta aliança é muito pontual, porque, neste momento, Erdoğan está a aproveitar a Rússia para conseguir determinados objetivos, mas sabe que a Rússia não é aliado, quando se trata da questão da Síria. A Turquia e a Rússia não estão no mesmo lado da barricada, e é por isso que se pode tratar de uma aliança pontual e que não vá dar a tal rutura de modo a originar que a Turquia saia da NATO, o que seria grave… mas, por outro lado, tudo é uma possível. Porque a situação na Síria é tão volátil, a guerra não acabou, há numerosíssimos países com interesses ali, e há também a questão do Irão que ainda não se sabe como vai ser resolvida. 
Eu acredito que será resolvida à semelhança do que aconteceu entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, através de uma reunião entre Trump e o presidente do Irão e depois não dá em nada… 
Por exemplo, a Rússia aproximou-se da Turquia porque a Turquia é um parceiro comercial muito importante e fundamental, principalmente no trânsito do gás pela chamada linha Sul do Cáspio, que passa pela Turquia e entra pelo sul da Europa, daí que neste momento falar em termos de aliança é arriscado… há pontos de contacto e cooperação que a qualquer momento podem mudar.

terça-feira, outubro 29, 2019

Olhar da Rússia para o mundo - 9

Continuação da publicação do texto da minha palestra no EMGFA

Na sequência de uma nova questão é abordada a ambição do senhor Putin, em particular, no desenvolvimento económico-social incapaz de sustentar a evolução pretendida... Aquilo que vemos da Rússia hoje, não será o que já aconteceu com a União Soviética. 
Esta intervenção será sustentável a médio prazo? 
Não. Os políticos geralmente não estudam história, eles recebem dos conselheiros normalmente a história que os conselheiros lhes querem contar porque a Rússia está a cometer precisamente os mesmos erros que cometeu a União Soviética que é ter uma política externa que não se coaduna com o poderio económico. Este, representa apenas 1% da produção mundial, o orçamento militar é 10% do orçamento militar americano, o PIB é equivalente ao de Espanha, a questão da demografia é problemática em comparação com a China… 
Aliás, num artigo que já escrevi sobre este tema, e estou perfeitamente convencido que Putin vai ser “o coveiro da Rússia”, se ele não a levar ao mesmo tempo que ele, não vai demorar muito tempo a que a Rússia siga o mesmo destino, porque apesar de eu não ser Deus, tenho a certeza de que a morte existe, e o reino de Putin algum dia vai acabar, é inevitável! 
E considero que quando esse dia chegar, ele vai deixar uma Rússia Instável e uma Rússia onde existe uma possibilidade real de desintegração. Neste momento o país já se está a partir aos pedaços. A Sibéria e o Extremo Oriente olham para o lado, os russos dessas regiões vão estudar para Tóquio e para Pequim, e esquecem Moscovo, porque Moscovo também se esqueceu deles. 
Daí que receio muito que a Rússia não consiga aguentar este tipo de política que está a realizar em termos internacionais. 
Para mim o período mais interessante para se estudar sobre a Rússia e se compreender a forma da Rússia poder sair deste buraco em que se colocou, é estudar a guerra da Crimeia, em meados do século XIX e ver a politica feita pelo Czar Alexandre II, depois da derrota na guerra da Crimeia, que meteu de lado as aspirações imperialistas e decidiu reorganizar e reformar a Rússia nomeadamente acabando com a servidão da gleba, o que em Portugal desapareceu no século XII/XIII e na Rússia só desapareceu em 1861, para além de reformas jurídicas importantíssimas, que veio abrir fortes perspetivas à Rússia e que só terminaram como terminaram devido à incompetência do último imperador russo e da gente que o cercava.
Continua...