O Museu de Belas Artes Puschkin de Moscovo inaugurou a exposição “Alcorão de Ouro”, que estará aberta até 08 de Julho.
A exposição é composta por 163 placas de ouro puro, onde está gravado o texto do mais antigo manuscrito do livro sagrado dos muçulmanos “Alcorão de Usman”, escrito no séc. VIII d.C. Em algumas placas, tal como no original do manuscrito, foram desenhadas manchas de sangue do califa Usman.
Cada página do livro sagrado tem 14 centímetros de altura e 10 de largura, tendo sido necessários 14 quilos de ouro para “cunhar” este “Alcorão”.
O original do manuscrito mais antigo do mundo do Alcorão, segundo os organizadores da exposição, é propriedade da Rússia e está guardado na Filial de São Petersburgo do Instituto de Estudos Orientais da Academia das Ciências da Rússia.
A Casa da Moeda do Ministério das Finanças da Rússia necessitou de ano e meio para realizar este “precioso” projecto, mas vai cunhar mais nove cópias de ouro do “Alcorão de Usman”. Duas deverão ficar na Rússia e oito irão ser expostas em museus de Estados muçulmanos.
“O desenvolvimento das relações entre a Rússia e os países islâmicos é particularmente importante hoje, época de fortes agressões que fazem sofrer o mundo árabe e muçulmano em geral. Esperamos que este passo da Rússia estimule outros países a darem passos análogos no campo das relações culturais com o mundo islâmico” – declarou Jumi al Fadjani, embaixador da Liga dos Estados Árabes em Moscovo, na inauguração da exposição, apelando aos representantes dos países árabes a adquirir “cópias tão dignas do Alcorão de Usman”.
Alexandre Saltanov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, mostrou-se convencido de que este projecto “terá êxito não só na Rússia, mas também no estrangeiro”, sublinhando que “parte dos meios conseguidos com a venda das cópias do “Alcorão de Usman” será canalizada para o financiamento do centro da cultura livresca islâmica do Instituto de Estudos Orientais de São Petersburgo”.
1 comentário:
Enviar um comentário