Cristina, isto é verdadeiramente enlouquecedor. Estar num apartamento fechado, sem janelas abertas e apenas com uma ventoinha. Apetece fugir, mas para onde?
Há uma forma de sair de Moscovo que não exige muitos recursos: embarcar no comboio Moscovo-Tallin (o bilhete não é muito caro e deve haver lugares), numa noite estamos na Estónia, para os portugueses nem é preciso visto. Lá é fácil arranjar um sítio onde ficar e sempre estamos ao pé do mar.Trabalhar também se pode a partir de lá, desde que se tenha um portátil. JM, talvez não seja má ideia e quem diz Estónia, diz outras cidades bálticas.
Quando a catastrofe em agosto nao e da politica, a natureza encarrega-se de perpetuar a tradicao. Coragem! Estou desde ontem em Sarajevo, ainda nao vi nem um russo, o que nao e de admirar
Amigos russófilos, hoje quero vós provar que também gosto da mãe – pátria, por isso vós presenteio com alguns vídeos engraçados dedicados à dita cuja:
1. Desfile da moda na União Soviética
Nos anos oitenta do século passado, a rede de fast-food Wendy’s criou a publicidade «Desfile da moda na União Soviética» com o slogan «Não ter a escolha não é engraçado!» («Having no choise is no fan»): http://www.youtube.com/watch?v =5CaMUfxVJVQ
2. Publicidade da vodka Smirnoff Red filmada em 2005 pelo realizador Ivan Zacharias: http://www.youtube.com/watch?v= eRVE0m9q0FM
3. Moscovo no thriller futurista «The Gift», ganhou o Gran-Prix do Cannes Lions 2010 em nomeação Film Craft, faz parte da campanha «Parallel Lines» (Philips), realizador Carl Erik Rinsch: http://www.youtube.com/watch?v= XOZkLIwbRrw
Numa das TV locais disseram que a concentração de fumo ultrapassa 3 vezes o nível máximo considerado perigoso.
A Euronews também tem dedicado atenção ao assunto.
Sem dúvida uma grande tragédia.
Já passamos por esse drama. Também tínhamos matas e florestas por limpar. Foi imposição da União Europeia, quando aderimos, ficou decidido que não podíamos ter 23 % da população a trabalhar no campo.
Os campos e a agricultura foram votados ao abandono.
Depois, o então primeiro-ministro e actual presidente da república, no âmbito dos cortes de despesa pública, lembrou-se de extinguir os guardas florestais, e, inclusivé, obrigou-os a abandonar as casas de pedra em que viviam no meio das florestas.
Pior que tudo, procedeu-se ao cultivo intensivo de pinheiros e eucaliptos, árvores de crescimento rápido ( e lucro fácil ) para abastecer a indústria do papel. Tais espécies de árvores, são autentico rastilho rápido, para a propagação dos incêndios florestais - ao contrário do que sucedia com as espécies autóctones, de tipo mediterrânico, que não ardem facilmente, e até retardam o avanço dos fogos.
Quando começaram os incêndios, na década de 890, já especialistas britânicos tinham alertado para o perigo que representava a autêntica bomba-relógio, que era a floresta portuguesa, sem ser limpa praticamente desde a adesão à CEE, em 1985.
Acresce a isso tudo, a chamada indústria dos incêndios. Refiro-me à máfia dos fogos. Os madeireiros, que querem comprar a madeira ardida, que é mais barata. Os proprietários das florestas, que ateiam incêndios criminosos para tentar receber os seguros, e as empresas privadas de aluguer de aviões de combate a incêndios florestais, que tinham interesses no assunto ( eles alugam aviões para combate a incêndios, coisa caríssima ).
12 comentários:
Uma tal situação deve causar ansiedade nas pessoas...
JM como é o estado psicológico de quem vê tudo envolvido em fumo? Não apetece fugir da cidade?
Cristina, isto é verdadeiramente enlouquecedor. Estar num apartamento fechado, sem janelas abertas e apenas com uma ventoinha.
Apetece fugir, mas para onde?
Há uma forma de sair de Moscovo que não exige muitos recursos: embarcar no comboio Moscovo-Tallin (o bilhete não é muito caro e deve haver lugares), numa noite estamos na Estónia, para os portugueses nem é preciso visto. Lá é fácil arranjar um sítio onde ficar e sempre estamos ao pé do mar.Trabalhar também se pode a partir de lá, desde que se tenha um portátil. JM, talvez não seja má ideia e quem diz Estónia, diz outras cidades bálticas.
Cara Cristina, o preço dos bilhetes de comboio para Tallinn é tal que o melhor é ir de avião para Lisboa. A ida e volta fica por cerca de 200 euros.
Deixou qualquer coisa ao lume
Então vá até S.Petersburgo (ida e volta 146€ de avião), e mande cumprimentos ao Bruno Alves!
Os aviões conseguem aterrar e descolar com tal fumarada?
So visto, de facto, caro Jose!
Quando a catastrofe em agosto nao e da politica, a natureza encarrega-se de perpetuar a tradicao.
Coragem!
Estou desde ontem em Sarajevo, ainda nao vi nem um russo, o que nao e de admirar
Caro Jorge, por enquanto, os aeroportos de Moscovo têm funcionado normalmente.
Amigos russófilos, hoje quero vós provar que também gosto da mãe – pátria, por isso vós presenteio com alguns vídeos engraçados dedicados à dita cuja:
1. Desfile da moda na União Soviética
Nos anos oitenta do século passado, a rede de fast-food Wendy’s criou a publicidade «Desfile da moda na União Soviética» com o slogan «Não ter a escolha não é engraçado!» («Having no choise is no fan»):
http://www.youtube.com/watch?v
=5CaMUfxVJVQ
2. Publicidade da vodka Smirnoff Red filmada em 2005 pelo realizador Ivan Zacharias:
http://www.youtube.com/watch?v=
eRVE0m9q0FM
3. Moscovo no thriller futurista «The Gift», ganhou o Gran-Prix do Cannes Lions 2010 em nomeação Film Craft, faz parte da campanha «Parallel Lines» (Philips), realizador Carl Erik Rinsch:
http://www.youtube.com/watch?v=
XOZkLIwbRrw
Numa das TV locais disseram que a concentração de fumo ultrapassa 3 vezes o nível máximo considerado perigoso.
A Euronews também tem dedicado atenção ao assunto.
Sem dúvida uma grande tragédia.
Já passamos por esse drama.
Também tínhamos matas e florestas por limpar. Foi imposição da União Europeia, quando aderimos, ficou decidido que não podíamos ter 23 % da população a trabalhar no campo.
Os campos e a agricultura foram votados ao abandono.
Depois, o então primeiro-ministro e actual presidente da república, no âmbito dos cortes de despesa pública, lembrou-se de extinguir os guardas florestais, e, inclusivé, obrigou-os a abandonar as casas de pedra em que viviam no meio das florestas.
Pior que tudo, procedeu-se ao cultivo intensivo de pinheiros e eucaliptos, árvores de crescimento rápido ( e lucro fácil ) para abastecer a indústria do papel. Tais espécies de árvores, são autentico rastilho rápido, para a propagação dos incêndios florestais - ao contrário do que sucedia com as espécies autóctones, de tipo mediterrânico, que não ardem facilmente, e até retardam o avanço dos fogos.
Quando começaram os incêndios, na década de 890, já especialistas britânicos tinham alertado para o perigo que representava a autêntica bomba-relógio, que era a floresta portuguesa, sem ser limpa praticamente desde a adesão à CEE, em 1985.
Acresce a isso tudo, a chamada indústria dos incêndios.
Refiro-me à máfia dos fogos.
Os madeireiros, que querem comprar a madeira ardida, que é mais barata.
Os proprietários das florestas, que ateiam incêndios criminosos para tentar receber os seguros, e as empresas privadas de aluguer de aviões de combate a incêndios florestais, que tinham interesses no assunto ( eles alugam aviões para combate a incêndios, coisa caríssima ).
"Deixou qualquer coisa ao lume"
:o)
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