O Centro de Imprensa do Serviço Federal de Segurança (FSB, ex-KGB) da Rússia informou que vários oficiais de alta patente do FSB, nomeadamente dois generais, foram afastados dos seus cargos devido ao atentado terrorista de 24 de Janeiro.
O atentado terrorista no Aeroporto Domodedovo matou 36 e feriu mais de 100.
Os oficiais estavam ligados à segurança nos transportes.
Antes, o Primeiro-ministro russo, Vladimir Putin demitiu Guennadi Kurzenkov do cargo de chefe do Serviço Federal de Inspeção na Esfera dos Transportes, pela mesma razão.
“São demitidos dos cargos que ocupavam devido a negligência no cumprimento das suas funções o vice-chefe da Direção “T” do Serviço de Segurança Económica (SES), coronel Aladin; o chefe de uma seção da Direção “T” do SSE, tenente-coronel A.Svechnikov”, lê-se num comunicado do FSB publicado hoje em Moscovo.
Além disso, o comunicado revela que o general Tchernichev foi demitido do cargo de vice-dirigente do SSE, chefe da Direção “T”; e que o major-general Tiamuchkin, vice-chefe da Direção “T” do SSE recebeu uma “repreensão rigorosa”.
“Foram também feitas repreensões a dirigentes de nível médio e a funcionários operativos ligados diretamente a esse trabalho”, acrescenta do comunicado.
Os deputados da Duma Estatal (Câmara Baixa) do Parlamento russo ouviram hoje o dirigente do Serviço Federal de Segurança da Rússia.
Após o encontro, que decorreu à porta fechada, o deputado Guennadi Gudkov, membro do Conselho da Duma para a Segurança, revelou aos jornalistas que “o atentado foi preparado por um pequeno grupo de sete pessoas”.
Segundo ele, “o grupo não fazia parte de uma grande rede terrorista, funcionava em regime autónomo”.
Este deputado acrescentou que o grupo terrorista tinha a sua base nos arredores de Moscovo.
A agência ITAR-TASS informa que a polícia procura dois automóveis que foram utilizados na realização do atentado terrorista, sublinhando que eles tinham matrículas diplomáticas, pertencentes à Embaixada da Dinamarca em Moscovo.
Entretanto, o Comité Antiterrorista Nacional (CAN) recusou-se a comentar a declaração de Doku Umarov, comandante da guerrilha separatista no Cáucaso do Norte, que chamou a si a organização do atentado terrorista.
“Não consideramos útil comentar declarações de bandidos e terroristas”, declarou Nikolai Sintzov, porta-voz do CAN.
O chefe do grupo rebelde islamita do Emirado do Cáucaso, o checheno Doku Umarov, reivindicou na segunda-feira a autoria do atentado no aeroporto de Moscovo.
"A operação especial [no aeroporto] foi feita sob a minha ordem", declarou Doku Umarov, num vídeo divulgado no portal Kavkazcenter.com.
No sábado, Doku Umarov ameaçou, noutro vídeo na Internet, fazer de 2011 um ano de "sangue e lágrimas" para a Rússia.
3 comentários:
...A agência ITAR-TASS informa que a polícia procura dois automóveis que foram utilizados na realização do atentado terrorista, sublinhando que eles tinham matrículas diplomáticas, pertencentes à Embaixada da Dinamarca em Moscovo...
Caro JM,
Será que me pode esclarecer-me uma coisa sobre este parágrafo.
A ITAR-TASS esclarece como obteve esta informação? É a polícia que fornece?
Parece-me um bocado estranho o uso de carros com matrículas diplomáticas...
Caro PM, a ITAR-TASS cita fontes da investigação. Eu também acho muito estranho o uso de carros com matrículas.
Obrigado pelo o esclarecimento.
Cumprimentos,
PortugueseMan
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