O Azerbaijão prepara-se seriamente para libertar as terras da ocupação arménia, declarou, na sexta-feira, Safar Abiev, ministro azeri da Defesa, num encontro com representantes do Grupo de Minsk da OSCE.
O Grupo de Minsk da Organização para a Segurança e Organização na Europa desempenha o papel de intermediário entre o Azerbaijão e a Armánia com vista a solucionar a situação em torno de Nagorno-Karabh, território azeri ocupado por separatistas arménios.
“Embora a atividade do Grupo de Minsk não tenha dado resultados concretos, nós não perdemos a esperança na missão intermediária”, assinalou o ministro azeri.
Depois de frisar que o Azerbaijão prefere a via pacífica de solução do problema e que ela significa “só e apenas” a renúncia da Arménia à política de ocupação, Abiev acrescentou que “o Azerbaijão prepara seriamente a libertação das terras ocupadas”.
“Numa situação semelhante, todos os Estados fariam o mesmo. Por isso ninguém pode condenar o Azerbaijão nesta situação”, disse ele.
O ministro azeri considerou que as normas internacionais devem ser iguais para todas, considerando que o seu país é vitíma de discriminação.
O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, já ameaçou numerosas vezes recorrer à força para reaver Nagorno-Karabakh caso falhe as negociações com a Arménia. Esta última não receia combater novamente com o Azerbaijão.
Confrontos entre forças azeris e arménias nessa região têm-se intensificado nos últimos meses. Desde janeiro que três soldados foram mortos aí. Em 2010, mais de 20 soldados morreram.
Parte do Azerbaijão durante a era soviética, o enclave de Nagorno-Karabakh, onde a maioria da população é arménia proclamou a sua independência, não reconhecida pela comunidade internacional, depois de uma guerra que fez 30 mil mortos e centenas de milhares de refugiados entre 1988 e 1944. Este teritório goza do apoio da Arménia.
Em 1994 foi assinado um cessar de fogo, mas Baku e Erevan não conseguiram chegar a um acordo sobre o estatuto da região que continua a ser uma fonte de tensão no Cáucaso do Sul, região estratégica situada entre o Irão, Rússia e Turquia.
7 comentários:
Em caso de guerra, a Rússia terá de tomar uma posição. A Arménia é uma aliada fiel; deixa-la sozinha contra o Azerbaijão, que tem vindo a armar-se a uma escala impressionante, seria tão ou mais grave do que não intervir no caso da Ossétia.
Guerra entre Rússia (Arménia) e Turquia (Azerbaijão) por via indirecta?
Apenas mais um episódio da luta entre a Rússia e a superpotência dominante pelo controlo das novas rotas da seda.
Cumpts
Manuel Santos
Que vença a Armênia e de uma vez por todas!
Rodrigo
Estou do lado da Armênia.
Eu estou do lado que estiver Vladimir Putin!
Que estes 2 países deixem de existir!!!
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