Cinco empresas portuguesas do ramo alimentar decidiram juntar esforços e meios para conquistar o mercado russo e criaram a empresa Portounion.
As empresas MMC World, Vieira de Castro, Sovena, José Maria da Fonseca e Primor aproveitaram a Prodexport, a maior feira de produtos alimentares na Rússia, para lançarem o novo projeto, representado na exposição por um pavilhão em forma de uma caravela portuguesa.
O motor deste projeto é a MMC World, empresa portuguesa que já exporta para a Rússia quantidades consideráveis de carne, não só de Portugal, mas também da América Latina. No ano passado, o volume de negócios com o mercado russo foi superior a 100 milhões de euros.
"Queremos concorrer neste mercado apostando em produtos de qualidade e diferentes dos existentes aqui", declarou à agência Lusa Sónia Marques Mendes, administradora da MMC.
Raquel Vieira de Castro, representante da Vieira de Castro, revelou à Lusa que este fabricante português de bolachas e amêndoas "vai produzir produtos exclusivos para o mercado russo, como bolachas sem açúcar, digestivas, sem aditivos e conservantes".
A Indústria de Carnes do Minho, que faz parte do grupo Primor, já exporta para o mercado russo.
"No ano passado, vendemos carne congelada no valor de quatro milhões de euros, mas o nosso objetivo é duplicar esse número este ano", declarou Artur Rocha, representante da ICM.
A José Maria da Fonseca está a estrear-se no mercado russo, mas o seu representante, João Afonso, não duvida do êxito, pois esta empresa quer vender na Rússia vinhos especialmente produzidos para este mercado.
"Tencionamos exportar vinhos de gama média e alta. O moscatel de Setúbal e vinhos meio-secos estão entre os vinhos escolhidos para o mercado russo, pois vão ao encontro do consumidor local", acrescentou, adiantando que "o objetivo é exportar 150 mil caixas de 12 garrafas nos próximos três anos".
A Sovena planeia exportar para a Rússia azeites de qualidade da marca Olivari.
"Estamos a apostar fortemente em mercados como a China, Índia e Rússia e queremos trazer para aqui azeite de qualidade", disse à Lusa Jorge Melo, representante dessa empresa portuguesa.
Além destas empresas, na Prodexport de Moscovo estão representadas mais nove companhias portuguesas, oito das quais reunidas na Federação Nacional de Adegas.
5 comentários:
Isso é muito importante. O Brasil tb está exportando alimentos para a Rússia. A Rússia não tem indústria alimentícia, daí que é um bom mercado para se investir. O Brasil exporta cervejas e comida congelada para a Rússia, além de produtos primários como carne e produtos tropicais. Exportar para a Rússia é bom, pq além do país não ter indústrias tb não pode plantar uma série de alimentos por conta das condições climáticas. Por isso que eu acho que o país não perderia nada se assinasse um tratado de livre comércio com a UE, lá não tem mais indústrias mesmo. Seria bom para os dois lados. Isso ainda ajudaria na modernização e ocidentalização do país, só quem perderia ser o Brasil pois teria que competir com os privilégios comerciais que um acordo entre a EU a Rússia daria a países exportadores como França, Itália e sobretudo Alemanha.
O mercado russo é uma óptima aposta pois lá há (ou pelo menos havia, quando lá estive) uma certa falta de produtos de nível, e os produtos portugueses são realmente muito bons.
A José Maria da Fonseca certamente trará muitas alegrias aos consumidores russos! A mim já me deu algumas!
Se puder, JM, tente adquirir o Moscatel Roxo Rosé Domingos Soares Franco, da JMF. É muito bom!
Europeísta, não conte mentiras...
Mesmo em Moçambique se vende o frango brasileiro com a inscrições em russo, só pode ser obra da CIA e do Mossad para manchar o bom nome da poderosa agricultura russa...
A Espanha também exporta azeite para Rússia, será que o azeite de Portugal é melhor?
"A Rússia não tem indústria alimentícia"....???? - tem, sim Senhor, só que a maioria dos produtores são aldrabões e vigaristas.....
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