quinta-feira, agosto 16, 2012

"Almas mortas" também votam na Rússia

 Há escritores cuja obra não perde a actualidade e um deles é o grande Nikolai Gogol. Entre as suas obras mais brilhantes está o romance "Almas Mortas". 
Pois é, acabámos de saber que o seu principal herói, Sobakevitch,  que comprava "almas mortas" não morreu, mas ressuscitou na pessoa de Vladimir Tchurov, presidente da Comissão Eleitoral da Rússia.
Segundo dados oficiais publicados hoje pelo diário Kommersant, depois das eleições presidenciais de 04 de Março, que deu a vitória a Vladimir Putin, o número de votantes na Rússia diminuiu em 736 mil. Passou de 109 milhões e 385 mil para 108 milhões e 137 mil.
Os peritos consideram que podem ter sido  essas "almas mortas" que ajudaram Putin a superar a barreira dos 50 porcento e eu não posso deixar de estar de acordo.
E depois vêm falar em eleições justas. Qual será o comentário da OSCE e de outras organizações internacionais? 
Mas se por acaso for verdade que a Rússia, em menos de seis meses, perdeu 736 mil eleitores, ela ficará deserta e pudemo-nos preparar para ocupar os territórios desertos.

7 comentários:

Jorge Almeida disse...

Doutor Milhazes, 3º parágrafo: Se eram 109.385.000 eleitores há 6 anos, e passaram para 108.137.000, isso representa 1.248.000 eleitores a menos, não os 736.000 que refere no seu texto.

Anónimo disse...

Caramba, você não perdoa enquanto não vir a sua bendita oposição liberal no poder, homem!

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Jorge Almeida, tem razão. E não seis anos, mas seis meses.

Anónimo, eu quero a verdade no poder.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

E já agora, a personagem do Gogol não é Sobakevitch, mas Tchitchikov.

Jorge Almeida disse...

Doutor Milhazes, se isso for verdade, o nº de eleitores diminuiu mais de 1% em 6 meses. Trata-se duma diminuição substancial, sem dúvida nenhuma. Mas olhe que isso dos mortos em listas eleitorais acontece em muitas partes do Mundo, inclusive aqui em Portugal. É certo que esse fenómeno, em Portugal, diminuiu de tamanho face ao que era há uns anos atrás, mas ainda acontece. Basta que as listas de eleitores não sejam actualizadas automaticamente com as informações do registo civil, que temos essa situação em larga escala. Pode é ocorrer um outro factor, esse sim muito mais grave; alguém votar em nome do morto. Isso é típico de ditaduras.

Consultando a Wikipédia em Português, Putin ganhou com o resultado oficial de 63,60% dos votos, o que faz com que os outros, todos somados, não tenham ultrapassado os 37%.

Mesmo que todas as "almas mortas" tenham "votado" em Putin, parece-me que a vitória de Putin (em termos matemáticos) não se explica, pelo menos na sua maioria, por esta discrepância. Tem de haver outras razões bem mais importantes.

Anónimo disse...

No Brasil foi realizado grande investimento em urnas eletrônicas e está crescendo o percentual de urnas com identificação biométrica (leitura da digital). A Justiça Eleitoral é o único órgão que pergunta para todos na realização do cadastrado se possui irmão gêmeo.
http://www.tse.jus.br/eleicoes/biometria-e-urna-eletronica

Miguel

Wandard disse...

"Anónimo disse...
No Brasil foi realizado grande investimento em urnas eletrônicas e está crescendo o percentual de urnas com identificação biométrica (leitura da digital). A Justiça Eleitoral é o único órgão que pergunta para todos na realização do cadastrado se possui irmão gêmeo.
http://www.tse.jus.br/eleicoes/biometria-e-urna-eletronica

A urna eletrônica é falha, pode ser manipulada e os dados podem ser alterados, a propaganda do governo que nosso sistema eleitoral é de última geração e impossível de ser violado é uma grande mentira como inúmeras que são propagadas desde 1990.