Foto do jornal Komsomolskaia Pravda
“O mais íntimo.
Não compreendo porque é que no Anzhi jogam o camaronês Eto’O, o congolês
Christopher Samba e o brasileiro Roberto Carlos”, escreve Skoibeda.
E lança a seguir
um apelo: “Acordai, na Rússia somos quarenta milhões! Será que não
conseguiremos encontrar duas dezenas de jovens que possam dignamente chutar uma
bola no estádio de Makhatchkala?”.
“Com os diabos,
que sejam negros, mas sejam NOSSOS negros. Filhos das Olimpíadas, netos de
todos os possíveis estudantes estrangeiros”, continua a jornalista.
“Mas, por
enquanto, o futebol russo continuará a ser uma vergonha e infâmia. E rolam e
continuarão a rolar bananas no campo de futebol…”, considera ela, aludindo a
vários atos de racismo ocorridos em relação a jogadores estrangeiros como
Roberto Carlos.
Mas não só são os
negros estrangeiros alvo das críticas da jornalista. Ela manifesta o seu
espanto “porque é que uma cidadã de Israel nos ensina russo, no futebol jogam
negros em vez de russos e a democracia é-nos imposta por um homem com
passaporte dos Estados Unidos”.
Além dos
futebolistas, os alvos dos ataques de Uliana Skoibeda são a escritora russófona
israelita Dina Rubina, o conhecido jornalista televisivo Vladimir Pozner, judeu
com dupla nacionalidade: russa e norte-americana, e o conhecido escritor
Mikhail Veller, judeu nascido na Estónia e atualmente a residir na Rússia.
“Claro que não se
trata da proibição total de estrangeiros na vida social da Rússia, mas das prioridades.
A palavra do cidadão deve ter mais peso do que a palavra de um estrangeiro:
facultativa e alternativa. O olhar de fora é útil, mas devemos ter sempre em
conta que o agente estrangeiro pode perseguir os seus objetivos próprios,
diferentes dos russos…”, justiça-se ela.
13 comentários:
Fora de tópico:
Documentário de 25 minutos emitido em Inglês a 26-2-2013 pela Al Jazeera English.
Título: "Russia's Online Wavemakers"
Link: http://www.youtube.com/watch?v=8K830q_qohI
Sinopse: "Two brave bloggers risk life and limb to challenge Russia's press restrictions and get their stories told." (Tradução para quem não saiba inglês: 2 bravos bloggers arriscam a vida desafinado as restrições à imprensa na Rússia para contar as suas histórias).
“Claro que não se trata da proibição total de estrangeiros na vida social da Rússia, mas das prioridades. A palavra do cidadão deve ter mais peso do que a palavra de um estrangeiro: facultativa e alternativa. O olhar de fora é útil, mas devemos ter sempre em conta que o agente estrangeiro pode perseguir os seus objectivos próprios, diferentes dos russos…"
O que é está aqui de errado?
É racismo isto? Onde?
As pessoas hoje em dia ficam chocadas com simples verdades. É bizarro.
Porque razão a Rússia ou outro pais qualquer tem de abrir as pernas a todo o tipo de imigração sem qualquer critério?
Com base em que conceito ou filosofia?
É esta cultura grotesca de que tudo se deve misturar com tudo num caldo cultural global e sem qualquer identidade, que é promovida por certos poderes que andam por ai e nos fazem a vida negra. E pretendem nada mais nada menos que uma massa humana de carneiros todos iguais, que a única coisa que devem fazer é comer, dormir, trabalhar, consumir e cagar.
mas isso não é democracia? Falar o que pensa ou democracia resume-se a falar o que os outros querem ouvir?
Milhazes,
Desgraçadamente, isso na Rússia de hoje em dia é rotina, mesmo os canais de grande audiência fomentam a violência diariamente. Não é o único lugar do mundo onde isso acontece, mesmo a "civilizada" Europa isso tem sido comum, infelizmente. Mas, caro Milhazes, você sabe dizer porque esse tipo de desgraça é mais abjeto na Rússia do que em outros lugares? A resposta é que aqui na Rússia não há oposição a esse tipo de idéia, que se alastra na sociedade como um câncer. Há racistas e intolerantes na Áustria, Holanda, Suíça, etc... mas lá há o contraponto, a resistência, o equilíbrio! Aqui na Rússia o virús da intolerância avança sem resistência, não há anti-virus inoculado na tecido social. O futuro da Rússia é recolher-se às trevas onde historicamente sempre esteve. Só não vale por a culpa no destino, pois aqui Ulianas não é somente uma... são dezenas de milhões de Ulianas.
Por muito que me custe a aceitar ela nao deixa de ter razao mas vejamos as coisas de uma maneira justa se assim for porque e que um homem Portugues em Portugal vai ao encontro de uma prostituta russa, ja que estamos em Portugal, o problema e o seguinte sao muitos futebolistas negros na Russia que foram contratados por um ou outro clube talvez porque joguem melhor que 80% dos futebolistas russos ja no caso da prostituta russa em Portugal talvez a culpa seja pelo excess numero de oferta de mulheres desse Pais .
'Detroitização' de Portugal (e não só): implosão de Identidades Autóctones... e caos económico.
[obs: Nações... a caminho de... tornarem-se 'Estados Mercenários']
-> A superclasse (alta finança internacional - capital global) ambiciona a 'Detroitização' de vastas áreas do planeta.
-> Pode-se ver, por exemplo, «aqui» o "paraíso" que é Detroit -> um caos organizado por alguns - a superclasse.
.
Nota:
1- a superclasse não só pretende conduzir os países à implosão da sua Identidade (dividir/dissolver identidades para reinar)... como também... pretende conduzir os países à implosão económica/financeira...
2- a superclasse é anti-povos que pretendem sobreviver pacatamente no planeta...
3- a superclasse apoia aqueles... que estão numa corrida demográfica pelo controlo de novos territórios.
4- a superclasse ambiciona um Neofeudalismo: uma Nova Ordem a seguir ao caos...
.
.
--->>> Resumindo: não sejamos uns 'parvinhos-à-Sérvia' (vide Kosovo), antes que seja tarde demais, há que mobilizar aquela minoria de nativos europeus que possui disponibilidade emocional para abraçar um projecto de Luta pela Sobrevivência... e... SEPARATISMO-50-50!
Esta é que é a DemocraCIA a sério.
É democracia da Boa.
http://expresso.sapo.pt/ex-diretor-da-cia-formou-esquadroes-da-morte-no-iraque=f791955
A "Democracia" da Rússia está estragada.
Esta senhora tem argumentos estranhos e contraditórios.
Ela foca os negros mas e os estrangeiros não-negros? Pois sabemos que há muitos também... mas parece sentir um incomodo especial em relação aos negros... tenta esconder isto com outro argumento xenófobo, não menos pior.. É mais ou menos como jogar merda de cavalo para esconder a merda de vaca...
só a cara da senhora diz claramente que algo de mal se passa na sua cabecinha...
um filme documental que recomendo a ver se chama "Sozinho no oceano" e é baseado na história da fuga da URSS de um oceanógrafo soviético
http://www.youtube.com/watch?v=mdLP3pPpxQA
Você à tantos anos nesse país ainda se admira sempre que esse povo exprime a sua essência. Não aprendeu nada nem nunca se deu ao trabalho de tentar compreender porque é que eles são como são. Ainda continua à espera que eles se moldem ao que você queria que eles fossem. Mais vale fazer as malas e regressar a casa, homem.
Professor, ainda hoje lhe escrevi que aprendia mais com Portugueses integrados no Mundo russo do que com os Russos que conheço em Portugal. Acabei a frase com "não sei explicar". Ao ler um comentário deste Blogue ("Você "à" tantos anos nesse país" (...)),pareceu-me, de repente, que a explicação podia tornar-se clara :-) Maria Gabriel
1/ Parte. Nosso fraterno parábens ao Da Russia.
CARLOS de ASSUMPÇÃO – O maior poeta negro da historia do Brasil autor do poema O PROTESTO Hino Nacional da luta da Consciência Negra Afro-brasileira, em celebração completou 87 anos de vida. CARLOS DE ASSUMPÇÃO nasceu 23 de maio de 1927 em Tiete- SP completando 87 anos de vida com sua família e amigos na cidade de Franca/SP onde nasceu (Abdias do Nascimento (14 de março de 1914 — Rio de Janeiro, 24 de maio de 2011 ) e nós da ORGANIZAÇÃO NEGRA NACIONAL QUILOMBO O. N. N. Q. FUNDADO 20/11/1970 (E diversas entidades e admiradores parabenizam o aniversario de 87 anos do mestre poeta negro Carlos Assumpção) tivemos a honra orgulho e satisfação de ligar para a histórica pessoa desejando felicidades, saúde e agradecer a Carlos de Assunpção pela sua obra gigante, em especial o poema o Protesto que para muitos é o maior e o mais significante poema dos afros brasileiros o Hino Nacional dos negros. “O Protesto” é o poema mais emblemático dos Afros Brasileiros e uns das América Negra, a escravidão em sua dor e as cicatrizes contemporâneas da inconsciência pragmática da alta sociedade permanente perversa no Poema “O Protesto” foi lançado 1958, na alegria do Brasil campeão de futebol, mas havia impropriedades e povo brasileiro era mal condicionado e hoje na Copa Mundial de Futebol no Brasil 2014 o poema “O Protesto” de Carlos de Assunpção está mais vivo com o povo na revolução para (Queda da Bas. Brasil.tilha) as manifestações reivindicatórias por justiça social econômica do povo brasileiro que desperta na reflexão do vivo protesto.
O mestre Milton Santos dizia os versos do Protesto e o discurso de Martin Luther King, Jr. em Washington, D.C., a capital dos Estados Unidos da América, em 28 de Agosto de 1963, após a Marcha para Washington. «I have a Dream» (Eu tenho um sonho) foram os dois maiores clamores pela liberdade, direitos, paz e justiça dos afros americanos. São centenas de jornalistas, críticos e intelectuais do Brasil e de todo mundo que elogia a (O Protesto) (Manifestação que é negra essência poderosa na transformação dos ideais do povo) obra enaltece com eloquência o divisor de águas inquestionável do racismo e cordialidade vigente do Brasil Mas a ditadura e o monopólio da mídia e manipulação das elites que dominam o Brasil censuram o poema Protesto de Carlos de Assunpção que é nosso protesto histórico e renasce e manifesta e congregam os negros e todos os oprimidos, injustiçados desta nação que faz a Copa do Mundo gastando bilhões para uma ilusão de um mês que poderá ser triste ou alegre para o povo brasileiro este mesmo que às vezes não tem ou economiza centavos para as necessidades básicas e até para sua sobrevivência e dos seus. No Brasil
2/Parte.
CARLOS de ASSUMPÇÃO – O maior poeta negro da historia do Brasil
.
Poema. Protesto de CARLOS DE ASSUMPÇÃO
Mesmo que voltem as costas
Às minhas palavras de fogo
Não pararei de gritar
Não pararei
Não pararei de gritar
Senhores
Eu fui enviado ao mundo
Para protestar
Mentiras ouropéis nada
Nada me fará calar
Senhores
Atrás do muro da noite
Sem que ninguém o perceba
Muitos dos meus ancestrais
Já mortos há muito tempo
Reúnem-se em minha casa
E nos pomos a conversar
Sobre coisas amargas
Sobre grilhões e correntes
Que no passado eram visíveis
Sobre grilhões e correntes
Que no presente são invisíveis
Invisíveis mas existentes
Nos braços no pensamento
Nos passos nos sonhos na vida
De cada um dos que vivem
Juntos comigo enjeitados da Pátria
Senhores
O sangue dos meus avós
Que corre nas minhas veias
São gritos de rebeldia
Um dia talvez alguém perguntará
Comovido ante meu sofrimento
Quem é que esta gritando
Quem é que lamenta assim
Quem é
E eu responderei
Sou eu irmão
Irmão tu me desconheces
Sou eu aquele que se tornara
Vitima dos homens
Sou eu aquele que sendo homem
Foi vendido pelos homens
Em leilões em praça pública
Que foi vendido ou trocado
Como instrumento qualquer
Sou eu aquele que plantara
Os canaviais e cafezais
E os regou com suor e sangue
Aquele que sustentou
Sobre os ombros negros e fortes
O progresso do País
O que sofrera mil torturas
O que chorara inutilmente
O que dera tudo o que tinha
E hoje em dia não tem nada
Mas hoje grito não é
Pelo que já se passou
Que se passou é passado
Meu coração já perdoou
Hoje grito meu irmão
É porque depois de tudo
A justiça não chegou
Sou eu quem grita sou eu
O enganado no passado
Preterido no presente
Sou eu quem grita sou eu
Sou eu meu irmão aquele
Que viveu na prisão
Que trabalhou na prisão
Que sofreu na prisão
Para que fosse construído
O alicerce da nação
O alicerce da nação
Tem as pedras dos meus braços
Tem a cal das minhas lágrima
Por isso a nação é triste
É muito grande mas triste
É entre tanta gente triste
Irmão sou eu o mais triste
A minha história é contada
Com tintas de amargura
Um dia sob ovações e rosas de alegria
Jogaram-me de repente
Da prisão em que me achava
Para uma prisão mais ampla
Foi um cavalo de Tróia
A liberdade que me deram
Havia serpentes futuras
Sob o manto do entusiasmo
Um dia jogaram-me de repente
Como bagaços de cana
Como palhas de café
Como coisa imprestável
Que não servia mais pra nada
Um dia jogaram-me de repente
Nas sarjetas da rua do desamparo
Sob ovações e rosas de alegria
Sempre sonhara com a liberdade
Mas a liberdade que me deram
Foi mais ilusão que liberdade
Irmão sou eu quem grita
Eu tenho fortes razões
Irmão sou eu quem grita
Tenho mais necessidade
De gritar que de respirar
Mas irmão fica sabendo
Piedade não é o que eu quero
Piedade não me interessa
Os fracos pedem piedade
Eu quero coisa melhor
Eu não quero mais viver
No porão da sociedade
Não quero ser marginal
Quero entrar em toda parte
Quero ser bem recebido
Basta de humilhações
Minh'alma já está cansada
Eu quero o sol que é de todos
Ou alcanço tudo o que eu quero
Ou gritarei a noite inteira
Como gritam os vulcões
Como gritam os vendavais
Como grita o mar
E nem a morte terá força
Para me fazer calar.
Organização Negra Nacional Quilombo ONNQ 20/11/1970 –
quilombonnq@bol.com.br
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