A tripulação do avião da companhia aérea russa Nord Wind, que na véspera alegadamente correu o risco de ser atingido por mísseis na Síria, não informou de qualquer incidente, informa a agência Ria-Novosti, citando um porta-voz do aeroporto de Kazan.
O avião, um A-320 da companhia NordWind Airlines,
regressava à capital da Tartária, uma das repúblicas da Federação da Rússia, de
um popular destino para turistas russos, na costa do Egito.
Ontem, essa mesma rota foi utilizada por
outros dois aviões de passageiros, mas as tripulações não comunicaram a
ocorrência de qualquer incidente.
“As tripulações dos aviões não informaram a
torre de controlo do Aeroporto de Kazan de qualquer incidente durante os voos”,
afirmou o porta-voz desse aeroporto.
O alegado incidente está a provocar polémica
na Rússia, pois existem diversas versões sobre o que aconteceu nos céus da
Síria, país atingido por uma violenta guerra civil há mais de dois anos.
Segundo uma fonte
das forças de segurança russas citadas pela Interfax, dois mísseis terra-ar
disparados alegadamente contra um avião russo explodiram a menos de um
quilómetro da aeronave.
"O avião
encontrava-se a uma altitude de 9.800 metros, enquanto o primeiro míssil
explodiu a uma altitude de 9.200
metros e o segundo a 8.900 metros",
disse a mesma fonte à agência Interfax.
Depois do
lançamento dos mísseis, a torre de controlo síria permitiu ao avião subir
imediatamente outros mil metros, o que evitou que sofresse danos causados pelos
estilhaços, acrescentou.
A Rossaviatzia (Instituto da Aviação Civil da
Rússia) informa que a tripulação de um dos aviões “constatou combates no solo
que poderiam constituir uma ameaça ao aparelho que transportava 159
passageiros”.
“Depois, o avião fez boa aterragem em Kazan”,
acrescentou um porta-voz do Instituto.
A Rossaviatzia recomendou a proibição de voos
em países onde se registam conflitos armados, enquanto o Ministério russo dos
Negócios Estrangeiros afirma estar a estudar atentamente o assunto.
JM
Lusa/fim
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