Aumento de fluxo turístico russo leva a abertura de centro de vistos para Portugal

 O embaixador de Portugal na Rússia, Mário Godinho de Matos, inaugurou hoje na capital russa um Centro de Vistos, com vista a responder ao crescente fluxo de turistas e homens de negócios russos que pretendem visitar Portugal.

“Trata-se de uma velha aspiração da embaixada portuguesa na Rússia que recebeu o apoio de autoridades portuguesas e russas”, declarou ele no ato de inauguração, acrescentando que “se trata de um mecanismo para responder ao fluxo crescente de russos que querem visitar o nosso país”.

Segundo o representante diplomático português, nos últimos anos, o aumento anual de turistas russos que escolhem Portugal como destino de férias é de 25-30 por cento.

No ano passado, Portugal recebeu cerca de 143 mil turistas russos, o que constitui um aumento de 40 por cento em relação a 2012.

Porém, a secção consular portuguesa concedia apenas cerca de 40 mil vistos, pois as pequenas instalações e o baixo número de funcionários eram insuficientes para dar resposta ao aumento do fluxo turístico. A maioria dos turistas russos viaja com vistos obtidos em outros consulados da zona de Schegen.

Não obstante esses obstáculos, o consulado luso passou 17 mil vistos até junho, enquanto que no ano passado esse número foi de 11 mil.

O novo centro de visto é gerido pela multinacional indiana VSG Global, que tem grande experiência neste campo: possui 875 centros de vistos em todo o mundo, colaborando com 44 governos em 78 países.

O embaixador Mário Godinho de Matos revelou que, se a experiência correr bem em Moscovo, poderão ser abertos centros de vistos portugueses noutras regiões da Rússia, onde aumenta também o número de turistas que pretendem visitar Portugal.

No primeiro dia de funcionamento, o centro, que possui oito janelas de atendimento e instalações muito confortáveis, concedeu 262 vistos para Portugal, número que subiu para 300 na sexta-feira.

As autoridades portuguesas fizeram questão de salientar que a última palavra na concessão ou não de vistos pertence sempre ao consulado luso, sendo o centro de vistos apenas um intermediário.