Grande Fome na URSS estudada por historiadores portugueses e ucranianos
O estudo "Holodomor - A desconhecida tragédia ucraniana
(1932-1933)", coordenado pelos historiadores portugueses e ucranianos, é
a primeira obra em português sobre a Grande Fome na União Soviética,
considerada um dos crimes mais hediondos do século XX.
Segundo os
coordenadores da obra publicada pela Grácio Editor, Beata Cieszynka e
José Eduardo Franco, trata-se de um estudo “profundo e cuidado” de "uma
tragédia artificialmente provocada nos anos 1932 e 1933 pelo regime
estalinista aos povos da União Soviética em consequência do fracasso da
forçada coletivização" da agricultura.
A Grande Fome, que teve
lugar na Ucrânia, regiões russas do Volga e Kuban e no Cazaquistão,
provocou a morte de muitos milhões de camponeses.
Preparada com o
apoio da Associação Internacional de Estudos Ibero-Eslavos - CompaRes e
CLEPUL5 - Grupo de Investigação do Centro de Literaturas e Culturas
Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,
esta obra "visa contribuir para um crescente debate científico sobre o
Holodomor, levando a novas interpretações e aplicado a novas
metodologias e disciplinas".
Os editores lamentam no entanto a
falta de diálogo por parte das entidades oficiais russas, cujo
contributo poderia ter permitido um estudo mais completo.
"Cumpre
aos editores do presente livro sobre o Holodomor lamentar a falta de
expressão do problema por parte dos historiadores e jornalistas russos,
existindo uma possibilidade de diálogo mais alargado não realizada.
Infelizmente, não tivemos sucesso no nosso pedido a Embaixada da Rússia
para a colaboração na aquisição dos respetivos textos", escrevem os
coordenadores deste livro.
A colaboração da parte russa, impedida
pelo facto de os dirigentes do Kremlin terem posições muito ambíguas
face aos crimes do estalinismo, poderia dar mais pluralismo à discussão
de questões como: "foi a Grande Fome uma política de genocídio do povo
ucraniano ou um dos muitos crimes contra a Humanidade cometidos pela
ditadura comunista que dirigiu a URSS entre 1917 e 1991?".
A
cooperação russa, que detém grande parte dos arquivos, contribuiria
também para aprofundar um tema levantado por Luís de Matos Ribeiro, um
dos autores do livro: a comparação do comunismo e do nazismo.
"Parte
significativa das elites (politicas e académicas) e da opinião publica
persiste em avaliar assimetricamente os crimes do totalitarismo
soviético - em comparação com os do nazismo e do fascismo -, refletindo
uma ambivalência que Charles Maier qualificou de "memória quente e
memória fria" e Alain Besancon de hipermnésia do Nazismo" e "amnésia" do
Comunismo"", escreve Luís de Matos Ribeiro.
O historiador
assinala que isto acontece "apesar do contributo cívico e intelectual de
personalidades como [a filósofa] Hannah Arendt, [o dissidente]
Alexander Soljenitsine e [o filósofo] Raymond Aron, do desgaste
simbólico da utopia comunista, iniciado com a destalinização do período
khrushchoviano, e do colapso do bloco comunista e da U.R.S.S. em
1989-1991".
1 comentário:
"Você deve entender. Os líderes Bolcheviques que assumiu a Rússia não eram russos. Eles odeiam os russos. Eles odeiam os cristãos. Impulsionado pelo ódio étnico torturaram milhões de russos abatidos, sem um pingo de remorso humano.
A revolução de outubro não é o que vocês chamam na América a 'revolução russa'.
Foi uma invasão e conquista do povo russo.
Muitos dos meus conterrâneos sofreram crimes horrendos em suas mãos manchadas de sangue do que qualquer povo ou nação que já sofreu na totalidade da história humana.
Isso não pode ser suavizado. Bolchevismo foi a maior matança humana de todos os tempos.
O fato de que a maioria do mundo é ignorante desta realidade é a prova de que a própria mídia global está nas mãos dos criminosos. " - Aleksandr Solzhenitsyn
Fonte: http://davidduke.com/putin-80-of-first-soviet-government-was-jewish/
Santana
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