O Presidente
russo, Vladimir Putin, anunciou hoje que tenciona perdoar e libertar
o antigo magnata Mikhail Khodorkovski, bem como amnistiar a Pussy
Riot e os militantes da Greenpeace que tentaram protestar contra a
exploração de petróleo por empresas russas no Ártico.
Porém, a
impressão com que se fica é que Putin tentou mostrar ao mundo que
também tem coração e é misericordioso, esforçando-se as más
impressões que tem vindo a provocar no Ocidente, nomeadamente no
caso da Ucrânia.
Sublinho desde já que a prisão de Khodorkovski sempre foi um problema maior para o Ocidente do que para a maioria dos cidadãos russos.
Sublinho desde já que a prisão de Khodorkovski sempre foi um problema maior para o Ocidente do que para a maioria dos cidadãos russos.
Durante os
mais de dez anos que Khodorkovski passou na prisão, o dirigente
russo, inicialmente, afirmava que “os ladrões devem estar na
prisão” e, muito depois, deu a entender que até o poderia
libertar se ele assinasse um pedido de perdão.
Não se sabe
ao certo se Khodorkovski enviou um pedido formal de perdão a Putin.
O Presidente russo diz que sim, acrescentando que a razão alegada
pelo antigo oligarca foi que “a mãe está gravemente enferma”.
Um dos mais importantes advogados de defesa do ex-magnata foi
apanhado de surpresa, admitindo que o pedido de perdão “podia ser
sido feito por outras pessoas”.
É de
sublinhar que Vladimir Putin não anunciou esta “bomba informativa”
durante a conferência de imprensa perante cerca de 1300 jornalistas,
mas deixou para depois. Primeiro, admitiu que pode amnistiar as Pussy
Riot e os militantes da Greenpace que foram detidos na Rússia por
protestarem contra a exploração de petróleo por empresas russas no
Ártico.
Mas, como
acontece normalmente num país onde alguns dos súbditos, os chamados
lambe-botas, tentam agradar ao dono, o Partido Rússia Unida, um
dos principais pontos de apoio de Putin no sistema político russo,
veio macular o sinal lançado por Vladimir, o “Magnânimo”.
“Isto [o
pedido de perdão de Khodorkovski] acaba com o mito sobre a origem
política do caso, pois o pedido de perdão de Khodorkovski mostra
que ele reconheceu a sua culpa”, comentou
Seruei
Neverov, secretário do Conselho Geral da Rússia Unida.
Se
aceitarmos esta explicação como certa, poderemos concluir que
Khodorkovski enlouqueceu ou perdeu qualquer sentido político. Como
não pediu perdão em mais de dez anos de reclusão e pede agora a
menos de um ano da sua libertação? Segundo a sentença, ele deveria
sair em liberdade em 2014.
O mais
provável é que Khodorkovski tenha feito o pedido de perdão num
acto de desespero, para acompanhar a mãe doente. Caso contrário,
toda a sua luta a partir da prisão teria sido inútil.
Será isto
um símbolo de que a política de Vladimir Putin se poderá tornar
mais liberar? Não creio, pois ele, entre outras coisas, apresenta-se
agora como o defensor dos “valores tradicionais” e considera que
os órgãos de comunicação do Estado devem ser dirigidos por
“patriotas que se orientam pelos interesses da Rússia.
No que que tu cre na virgem maria ?¿⸮
ResponderEliminarHá comentários tão vazios que acho que nem deveriam ser publicados.
ResponderEliminarAo menos poupavam-se aqueles que, vindos ao engano, tinham a esperança de encontrar plasmada alguma ideia de jeito...
:0(