As
autoridades de Kiev decidiram montar um enorme ringue de patinagem no
gelo a céu aberto na Praça da Independência Maidan, onde desde 21
de novembro decorrem acções de protesto com milhares de
participantes.
Segundo
as autoridades municipais, o ringue irá funcionar entre 15 de
dezembro e 15 de março do ano seguinte de 2013 a 2016.
Por
enquanto, a Maidan continua ocupada pelos manifestantes que defendem
a aproximação da Ucrânia em relação à União Europeia e, se for
concretizada a citada decisão da Câmara de Kiev, a retirada
voluntária ou expulsão dos manifestantes terá de ocorrer nos
próximos dias, pois é preciso ainda algum tempo para limpar as
barricadas da praça e para montar o ringue.
Como
a polícia desbloqueou sem grandes problemas os edifícios do Governo
e da Presidência da Ucrânia, as autoridades esperam que o mesmo
aconteça na Maidan.
Entretanto,
foi anunciado que Victor Ianukovitch está disposto a sentar-se à
mesa das conversações com a oposição amanhã, quarta-feira, mas
os dirigentes das forças pró-UE exigem a presença da elite
intelectual e cultural da Ucrânia, bem como altos representantes da
União Europeia. Por isso, é ainda uma incógnita se a mesa redonda
se irá realizar ou não.
Hoje,
chegou a Kiev Catherine Ashton, Comissária dos Negócios
Estrangeiros, que se encontrou com Ianokovitch, passeou entre as
barricadas da Maidan e encontrou-se com a oposição. A sua
porta-voz, diz que a baronesa tem três propostas para a saída do
impasse no país, mas recusou-se a revelar pormenores.
Uma
das formas de compromisso poderá passar pela substituição do
primeiro-ministro ucraniano, Mikola Azarov, e do seu governo, como
propôs Leonid Kravtchuk, antigo presidente da Ucrânia, que hoje
esteve reunido com Ianukovitch.
Outro
pronto do compromisso poderá passar pela garantia de Ianukovitch
aceitar assinar mais tarde o Acordo de Associação do seu país com
a UE, ou assiná-lo por partes.
A
União Europeia tem gerido muito mal este processo desde o início.
Se, desta vez, a sua mais alta representante diplomática não
conseguir um acordo entre as partes do conflito, então a imagem da
UE sairá ainda mais prejudicada.
Entretanto,
a Rússia continua à espera do resultado destes acontecimentos.
Começam a surgir notícias de que dirigentes de alguns países e
organizações internacionais anunciaram que não irão estar
presentes na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Sotchi.
Espero que isso não desague em apelos ao boicote dos jogos. Isso
seria um erro de palmatória.
P.S.
Fico espantado com a convicção que nas nossas televisões e órgãos
de informação revelam alguns jornalistas de que Victor Ianukovitch
é pró-russo, vai aliar-se à Rússia, etc., etc. Esta opinião é
extremamente redutora. Ianukovitch e pró-si próprio e pró-oligarcas
que o apoiam. Já escrevi que esse dirigente político é capaz de
vender a mãe, trata-se apenas de uma questão de preço.
É curioso que se fale em eventuais boicotes aos JO de Sotchi quando os JO de Pequim (a capital desse farol da Democracia e dos Direitos Humanos que é a RP da China) foram tão participados e disputados...
ResponderEliminar...Outro pronto do compromisso poderá passar pela garantia de Ianukovitch aceitar assinar mais tarde o Acordo de Associação do seu país com a UE, ou assiná-lo por partes...
ResponderEliminarParece-me que esta seria a saída mais fácil para este impasse, desde que não ficasse implícito uma data concreta...
Kkk to no brasil no rs so da qui mesmo é pela primeira vez vou concordar com o jose milhares so mais uma pergunta jose milhares tu é português?
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