Militares
e funcionários do Ministério da Defesa exigiram que o comandante
supremo das Forças Armadas ucranianas tome medidas inadiáveis para
a estabilização da situação no país e a consecução da
concórdia na sociedade.
“Consideramos
inaceitáveis a ocupação pela força de edifícios do Estado, o
impedimento dos representantes dos órgãos do poder central e local
de cumprir os seus deveres”, lê-se num comunicado publicado hoje,
frisando que “o posterior aumento do confronto ameaça a
integridade territorial do Estado.
Trata-se
de um sinal claro de que os comandos militares estão a ficar
impacientes quanto ao desenrolar dos acontecimentos na Ucrânia.
Entre
os assinantes do apelo está Pavel Lebedev, ministro da Defesa que,
no passado dia 27, declarou que as forças armadas da Ucrânia não
se iriam imiscuir na situação no país e não tencionavam
participar na sua solução. Ele considerou ser mesmo uma
“provocação” o apelo para que os militares interviessem.
Segundo
um antigo ministro da Defesa, os militares que não estão de acordo
com essa decisão são obrigados a abandonar os seus cargos.
A
intervenção militar directa apenas complicará a busca de uma saída
política da situação criada na Ucrânia e poderá contribuir para
o atiçamento de um conflito de grandes dimensões no país.
Entretanto,
Victor Ianukovitch, depois de anunciar que tinha feito tudo o que a
oposição exigia, pôs baixa médica. Segundo algumas fontes, o
Presidente está internado com gripe, mas outros afirmam que ele
sofreu um derrame cerebral.
Num
situação de impasse, o barco da Ucrânia está desgovernado...
1 comentário:
Ora bem, se isto não é ingerência, então já não sei o que é!
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3663476&seccao=Europa
Se palavras no mesmo tom tivessem sido proferidas por Putin, apodos tais como "fascista", "imperialista" ou "nazi" seriam os epítetos mais suaves. Mas como a oposição é "democrata", deseja aproximar-se à UE (e integrar a NATO) e o orador, e organizador da oposição, é um norte-americano, já não há qualquer problema.
Já agora, o John Kerry reunir-se-á com os dirigentes da oposição na Ucrânia ou no estrangeiro? É que se fosse na Ucrânia, eu simplesmente não o deixaria sair do avião. Incidente diplomático por incidente diplomático, mais vale um que não perturbe a ordem interna do país e que pode ser justificado por tentativa de ingerência nos assuntos internos do Estado.
Enviar um comentário