Hoje,
Vladimir Putin, Presidente da Rússia, e Viktor Orban,
primeiro-ministro húngaro, encontraram-se em Moscovo, onde foi dado
mais um importante na realização do projeto energético russo na
Europa do Leste e Central.
O
dirigente húngaro garantiu ao Kremlin que o seu país vai cumprir
todos os compromissos relativos à construção do gasoduto “Corrente
do Sul”, tubo que irá transportar gás da Ásia Central para a
Europa através do Mar Negro.
Este
gasoduto está a ser construído contra a vontade da direcção da
União Europeia, mas é verdade que alguns dos seus membros preferem
receber da Rússia um pássaro na mão do que ver outros pássaros a
voar em Bruxelas.
Enquanto
que a UE não poupa epítetos para definir a política de Victor
Orban, que alguns consideram ser um dirigente muito próximo da
extrema-direita do seu país, outros até lhe apelidam de fascista,
Moscovo ganha o seu apoio para mais um grande projeto energético
prometendo ao governo húngaro um empréstimo, que poderá ir até
aos 10 mil milhões de euros, para a construção de dois novos
blocos na Central Nuclear de Paks.
Pragmatismo é o que não falta na política externa russa.
Escusado
será dizer que essa empreitada irá ser realizada com a participação
de empresas russas.
Como
é sabido, a União Europeia prometeu a construção de um gasoduto
Nabuco para concorrer com a “Corrente Sul”, mas, até agora, só
se ouve falar das obras do segundo, que começaram há alguns meses e estão a avançar a toda a
força na Sérvia, um candidato à entrada na UE que não pretende
perder os frutos das boas relações com a Rússia.
Moscovo
continua a utilizar a sua política energética utilizando as
contradições cada vez maiores no seio da União Europeia.
Hoje,
Bruxelas propôs a Moscovo que a cimeira entre a Rússia e a UE se
realize num só dia, a 28 de janeiro, e não em dois, como era
tradição.
“Isso
foi feito a pedido da União Europeia, que fez semelhante proposta a
parte russa concordou, nomeadamente por essa cimeira irá decorrer no
território da UE”, comentou Kirill Ivanov, porta-voz da embaixada
russa junto da UE.
Não
será isto mais um sinal do enfraquecimento do diálogo entre Moscovo
e Bruxelas?
ResponderEliminarCarrega Putin.
Mostra a essas osgas da UE com quantas tábuas se faz uma canoa.
V.Orbán, é dos melhores PM em toda a zona Euro. É patriota, nacionalista.
Mandou o FMI pró-ca.......
Em consequência disso a economia do pais começou logo a melhorar.
Uma boa jogada de Moscovo. Bom para ambos.
Bom para todos aqueles que estão fartos das garras da alta finança dos Rostchilds, Morgans e afins.
Carrega neles, Putin.
Se não estão alinhados com o Ocidente, são "ditadores", são "fascistas" e afins...
ResponderEliminarSe servem os interesses do Ocidente, oh... São o "Gandhi dos Balcãs", a "Joana d'Arc da Ucrânia" e outros termos ridículos - ainda quando desrespeitam a ordem democrática dos seus países...
E aqueles bombardeamentos e invasões da Líbia, por parte de países da UE, para se apoderarem dos seus recursos naturais, não são condizentes com (e não fazem lembrar) o mencionado "Fascismo" de outros tempos?
E o imensamente inteligente público ocidental a engolir esta propaganda de treta toda...
Afinal foi bom remodelar a União Soviética que só estava a roubar a visibilidade à luta contra o capitalismo. A União Soviética alocava em si mesma toda a crítica negativa na evolução para o comunismo e os capitalistas agora já não têm uma referência para se justificarem.
ResponderEliminarFernando Negro então diga-me, a Rússia é democrática? A China é democrática? A Líbia era democrática com K. no poder? A Síria é um país democrático? Não são. São ditaduras semelhantes e maior parte delas até piores que a nossa. O que me parece é que estejamos a viver o 1984 de George Orwell(geopolíticamente), mas mesmo assim o povo ainda tem poder de se articular para evitar o pior, o mal é que o povo ou muitos poucos têm no seu meio eleitoral partidos que sejam a reflexão do seu pensamento.
ResponderEliminarÉ o que dá ter-se uma política realista baseada em interesses reais, em lugar de uma política fantasiosa baseada em muito de nada e pouco de alguma coisa.
ResponderEliminarEm todo o caso, é bom que a Rússia se apresse a revitalizar a sua economia produtiva pois se continuar a basear-se apenas na extracção, a situação actual poderá ser insustentável a médio prazo.
Como já venho a dizer há uns anos, a Europa cada vez mais precisa de energia, a Europa preciso de muita energia e a Rússia é um fornecedor gigante.
ResponderEliminarA Europa vai ter que engolir uns sapos, ou então que trate de arranjar energia de outra maneira.
Mas até agora não conseguiu e isso fortalece a posição russa.
Caro José Milhazes não consigo adquirir o seu livro: "Angola - o princípio do fim da União Soviética". Está esgotado. Porque não publica em e-book?
ResponderEliminarPicas, estou a tratar precisamente da reedição do livro. Prometeram para breve.
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