Texto traduzido e enviado pelo leitor Fernando Negro:
"Estudo feito por
uma Equipa de Pesquisa da EIR ["Executive Intelligence Review"]
2
de Fevereiro - Nações ocidentais, lideradas pela União Europeia e
pela Administração Obama, estão a apoiar um golpe abertamente
neonazi com vista a uma mudança de regime na Ucrânia. Se o esforço
for bem sucedido, as consequências irão estender-se muito para além
das fronteiras da Ucrânia e dos seus estados vizinhos. Para a
Rússia, tal golpe constituiria um casus
belli, vindo como vem no contexto da
expansão da defesa antimíssil da OTAN para a Europa Central e da
evolução de uma doutrina EUA-OTAN de "Ataque Global Rápido",
que presume que os Estados Unidos podem lançar um primeiro ataque
preventivo contra a Rússia e a China e sobreviver à retaliação.
Os
acontecimentos na Ucrânia constituem um potencial espoletar de uma
guerra global que poderá rápida e facilmente escalar para uma
guerra termonuclear
de extinção.
Na Conferência de Segurança de Munique deste fim-de-semana, o
Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia Sergei Lavrov teve uma
acalorada troca de palavras pública com o Secretário-geral da OTAN
Anders Fogh Rasmussen, na qual o último acusou a Rússia de
"retórica belicosa" e Lavrov respondeu citando o programa
de defesa antimíssil europeu como uma tentativa de assegurar uma
capacidade de primeiro ataque nuclear contra a Rússia.
Nas
suas declarações formais em Munique e uma semana antes no Fórum
Económico Mundial em Davos, Suíça, Lavrov também criticou
severamente os
governos ocidentais por apoiarem organizações terroristas neonazis
no seu zelo em colocar a Ucrânia sob controlo da União Europeia e
da Troika para apertar a forca da OTAN em volta da Rússia.
No
entanto, Lavrov subestimou o caso.
Desde
que o Presidente Viktor Yanukovych anunciou que a Ucrânia estava a
retirar os seus planos de assinar o Acordo de Associação da União
Europeia em 21 de Novembro de 2013, organizações apoiadas pelo
Ocidente constituídas por remanescências da colaboracionista
nazi durante e imediatamente após a guerra Organização
de Nacionalistas Ucranianos (ONU-B) e seus sucessores lançaram uma
campanha de provocações com o objectivo de não apenas derrubar o
governo do Primeiro Ministro Mykola Azarov, mas de derrubar o
democraticamente eleito Presidente Yanukovych.
A
Parceria de Leste da UE foi iniciada em Dezembro de 2008 por Carl
Bildt e Radek Sikorski, os ministros dos negócios estrangeiros da
Suécia e da Polónia, no seguimento da confrontação militar da
Geórgia com a Rússia na Ossétia do Sul. A Parceria de Leste teve
como alvo seis países que eram antigas repúblicas da União
Soviética: três na região do Cáucaso (Arménia, Azerbeijão,
Geórgia) e três na Europa Central de Leste (Bielorússia, Moldávia,
Ucrânia). Não era intencionado que estes fossem convidados para uma
adesão completa à UE, mas antes atraídos para uma posição em que
estivessem sob o controlo da UE através dos chamados Acordos de
Associação, cada um deles centrado num Acordo Profundo e
Compreensivo de Mercado Livre (APCML). O principal alvo do esforço
era a Ucrânia. Sob o Acordo de Associação negociado com a Ucrânia,
mas não assinado, a economia industrial da Ucrânia teria sido
desmantelada, o comércio com a Rússia teria sido ferozmente atacado
(com a Rússia a terminar o seu regime de mercado livre com a
Ucrânia, para impedir que os seus mercados fossem inundados através
da Ucrânia) e os jogadores dos mercados europeus teriam se agarrado
às exportações agrícolas e de matérias-primas da Ucrânia. O
mesmo regime de austeridade mortífera que foi imposto aos estados
mediterrânicos da Europa sob a burla do resgate da Troika teria sido
imposto à Ucrânia.
Mais do que isto, o Acordo
de Associação exigia "convergência" em assuntos de
segurança, com integração em sistemas de defesa europeus. Sob tal
acordo melhorado, os acordos de tratados de longo prazo sobre o uso
por parte da Marinha Russa dos cruciais portos da Crimeia no Mar
Negro teriam sido terminados, dando ultimamente à OTAN uma base
avançada na fronteira imediata da Rússia.
Enquanto
as reportagens ocidentais promoviam as manifestações na Praça da
Independência de Kiev (Maidan Nezalezhnesti, ou Euromaidan como é
agora chamada) como inicialmente pacíficas, o facto é que, desde o
início, os protestos incluíram assumidos neonazis de núcleo duro,
"hooligans" futebolísticos de direita e veteranos de
guerra "Afghansy" das guerras no Afeganistão, na Chechénia
e na Geórgia. De acordo com o membro do parlamento ucraniano Oleh
Tsaryov, 350 ucranianos regressaram ao país vindos da Síria em
Janeiro de 2014, depois de lutarem ao lado dos rebeldes sírios,
incluindo grupos ligados à al-Qaeda como a Frente al-Nusra e o
Estado Islâmico do Iraque e da Síria (EIIS).
Logo
no fim-de-semana de 30 de Novembro-1 de Dezembro de 2013, os autores
dos distúrbios estavam a atirar cocktails
Molotov e apoderaram-se da Câmara
Municipal de Kiev, declarando-a um "quartel-general
revolucionário". Manifestantes do Partido
Svoboda da oposição, anteriormente
chamados Socialistas-Nacionalistas, marcharam sob a bandeira vermelha
e negra da Organização de
Nacionalistas Ucranianos de Stepan Bandera (ONU-B),
os colaboradores nazis que exterminaram judeus e polacos como um
adjunto da máquina de guerra nazi e em cumprimento das suas próprias
ideias radicais sobre pureza étnica, durante a Segunda Guerra
Mundial.
A
máxima do Partido Svoboda, "Ucrânia para os ucranianos",
era o grito de guerra de Bandera durante a colaboração da ONU-B com
Hitler após a invasão nazi da União Soviética. Foi sob essa
máxima que execuções em massa e limpezas étnicas foram cometidas
pelos lutadores fascistas de Bandera. Fontes ucranianas relataram que
o Partido Svoboda estava a efectuar treinos paramilitares durante o
Verão de 2013 - meses antes do Presidente Yanukovych ter tomado a
sua decisão de rejeitar o Acordo de Associação da UE.
O
carácter neonazi, racista e anti-semita do Svoboda não desencorajou
os diplomatas ocidentais - incluindo a Secretária de Estado
Assistente dos EUA para os Assuntos Europeus e Euro-asiáticos
Victoria Nuland - de se encontrarem publicamente com o líder do
partido Oleh Tyahnybok,
que tinha sido expulso do movimento Nossa Ucrânia em 2004 pelos seus
discursos fortes contra "moscovitas e judeus" - usando
nomes ofensivos e depreciativos para descrever ambos.
O
reavivar fascista de Bandera tem vindo a decorrer à vista de todos
desde a "Revolução Laranja" de 2004, quando Viktor
Yushchenko foi instalado como
Presidente da Ucrânia através de uma campanha de rua apoiada por
interesses estrangeiros em muito financiada pela Fundação
Renascença Internacional de George Soros e mais de 2,000 outras
organizações não governamentais europeias e norte-americanas,
depois de ter sido oficialmente declarado o derrotado numa luta
presidencial renhida com Viktor Yanukovych. A 22 de Janeiro de 2010,
uma das últimas acções de Yushchenko como Presidente, depois de
perder a sua reeleição para Yanukovych por uma larga margem, foi
nomear Stepan Bandera um Herói da Ucrânia, a qual é uma alta honra
de Estado. A segunda mulher de Yushchenko, Kateryna
Chumachenko, foi ela própria um membro
do grupo juvenil da banderista ONU-B em Chicago, onde ela nasceu, de
acordo com relatos de notícias. Nos anos 1980, Chumachenko chefiou
os escritórios de Washington do Comité do Congresso Ucraniano da
América (no qual a influência da ONU-B era grande na altura, de
acordo com a Enciclopédia de Internet da Ucrânia) e do Comité
Nacional de Nações Cativas, antes de se mudar para o Gabinete para
os Direitos Humanos do Departamento de Estado. Em Janeiro de 2011, o
Presidente Yanukovych anunciou que o estatuto de Herói da Ucrânia
de Bandera tinha sido oficialmente revogado.
A
ONU-B: Um Pouco de História
O
legado da ONU-B de Bandera é crítico para entender a natureza da
insurreição armada que agora decorre na Ucrânia. A Organização
de Nacionalistas Ucranianos foi fundada em 1929, e dentro de quatro
anos, Bandera tornou-se o seu líder. Em 1934, Bandera e outros
líderes da ONU foram presos pelo assassinato de Bronislaw Pieracki,
o Ministro polaco dos Assuntos Internos. Bandera foi libertado da
prisão em 1938 e imediatamente entrou em negociações com o
Quartel-General da Ocupação Alemã, recebendo fundos e tratando de
providenciar treino Abwehr para 800 dos seus comandos paramilitares.
Por altura da invasão nazi da União Soviética em 1941, as forças
de Bandera consistiam em pelo menos 7,000 lutadores, organizados em
"grupos móveis" que se coordenavam com as forças alemãs.
Bandera recebeu 2.5 milhões de marcos alemães para realizar
operações subversivas dentro da União Soviética. Depois de ter
declarado um estado ucraniano independente sob a sua direcção em
1941, Bandera foi preso e enviado para Berlim. Mas manteve as suas
ligações e o seu financiamento nazis, e os seus "grupos
móveis" foram abastecidos e foi-lhes dada cobertura aérea
pelos alemães durante o resto da guerra.
Em
1943, a ONU-B de Bandera efectuou uma campanha de exterminação em
massa de polacos e judeus, matando uns estimados 70,000 civis durante
apenas o Verão desse ano. Apesar de Bandera estar ainda na altura a
comandar as operações da ONU-B desde Berlim, o programa de limpeza
étnica foi dirigido por Mykola Lebed,
o chefe da Sluzhba Bespeki, a organização de polícia secreta da
ONU-B. Em Maio de 1941, num plenário da ONU em Cracóvia, a
organização emitiu um documento, "Luta e Acção da ONU
Durante a Guerra", o qual declarou, em parte, "moskali,
polacos, judeus são hostis para nós e devem ser exterminados nesta
luta". ("Moskal" é calão ucraniano depreciativo para
"moscovitas", ou russos.)
Com
a derrota dos nazis e o fim da guerra na frente europeia, Bandera e
muitos líderes da ONU-B acabaram em campos de pessoas deslocadas na
Alemanha e na Europa Central. De acordo com Stephen Dorrill na sua
conceituada história do MI6, MI6:
Inside the Covert World of Her Majesty's Secret Intelligence Service,
Bandera foi recrutado para trabalhar para o MI6 em Abril de 1948. A
ligação para os britânicos foi arranjada por Gerhard
von Mende, um antigo nazi de topo que
tinha chefiado a Divisão do Cáucaso do Ministério do Reich para os
Territórios Ocupados de Leste (Ostministerium). Von Mende recrutou
muçulmanos do Cáucaso e da Ásia Central para lutar ao lado dos
nazis durante a invasão da União Soviética. Após o final da
Segunda Guerra Mundial, ele trabalhou para os britânicos através de
uma companhia de fachada, a "Research Service on Eastern
Europe", a qual era uma agência de recrutamento principalmente
para insurgentes muçulmanos que operavam dentro da União Soviética.
Von Mende foi instrumental no estabelecimento de um grande centro de
operações da Irmandade Muçulmana em Munique e em Genebra.
Através
de von Mende, o MI6 treinou agentes da ONU-B e largou-os dentro da
União Soviética para efectuar operações de sabotagem e de
assassinato entre 1949 e 1950. Um relatório do MI6 de 1954 elogiou
Bandera como "um trabalhador do submundo profissional com um
passado terrorista e com noções impiedosas acerca das regras do
jogo".
Em
Março de 1956, Bandera foi trabalhar para o equivalente alemão da
CIA, a BND, então chefiada pelo Gen. Reinhardt Gehlen, o chefe dos
serviços secretos militares alemães na Frente de Leste durante a
Segunda Guerra Mundial. Mais uma vez, von Mende foi um dos seus
patrocinadores e protectores. Em 1959, Bandera foi assassinado pelo
KGB na Alemanha Ocidental.
O assassino de topo
da ONU-B de Bandera, Mykola Lebed,
o comandante no local da polícia secreta do grupo, chegou ainda mais
longe após o final da Segunda Guerra Mundial. Lebed foi recrutado
pelo Corpo de Contra-Espionagem do Exército dos EUA (CCE) em
Dezembro de 1946, e por altura de 1948, estava na lista de pagamentos
da CIA. Lebed recrutou aqueles agentes da ONU-B que não foram com
Bandera e o MI6, e participou em vários programas de sabotagem por
trás da Cortina de Ferro, incluindo a "Operação Cartel"
e a "Operação Aerodinâmica". Lebed foi trazido para a
cidade de Nova Iorque, onde estabeleceu uma companhia de fachada da
CIA, a "Prolog Research Corporation", sob o controlo de
Frank Wisner, que era o chefe da Direcção de Planos da CIA durante
os anos 1950. A Prolog operou até aos anos 1990, tendo sido em muito
reavivada quando Zbigniew Brzezinski era o Conselheiro de Segurança
Nacional de Jimmy Carter.
Em
1985, o Departamento de Justiça dos EUA lançou uma investigação
ao papel de Lebed no genocídio durante a guerra na Polónia e na
Ucrânia Ocidental, mas a CIA bloqueou a investigação e esta foi
eventualmente largada. Contudo, em 2010, após a publicação de
milhares de páginas de registos de guerra, os Arquivos Nacionais
publicaram um relatório documental, Hitler's
Shadow: Nazi War Criminals, U.S. Intelligence, and the Cold War,
de Richard Breitman e Norman Goda, o qual incluiu um relato detalhado
da colaboração nazi durante a guerra de Bandera e de Lebed e do
envolvimento destes em execuções em massa de judeus e polacos.
É
este legado Bandera-Lebed, e as redes que se formaram no período
pós-guerra, que estão no centro dos recentes acontecimentos na
Ucrânia.
Denunciando
A
25 de Janeiro de 2014, vinte e cinco líderes ucranianos de partidos
políticos e organizações cívicas e religiosas, incluindo a antiga
candidata presidencial e membro do parlamento Natalia Vitrenko,
enviaram uma carta aberta ao Secretário-geral das Nações Unidas e
aos líderes da UE e dos EUA, a condenar publicamente o apoio
ocidental à campanha neonazi de realizar um golpe sanguinário
contra um governo eleito legitimamente.
A
carta aberta lia, em parte: "Vocês devem perceber que, ao
apoiar as acções das guerrilhas na Ucrânia ... vocês próprios
estão directamente a proteger, a incitar e a encorajar neonazis e
neofascistas ucranianos".
"Nenhum
destes opositores (Yatsenyuk, Klitschko e Tyahnybok) esconde que
estão a continuar a ideologia e as práticas da ONU-APU ... Aonde
quer que as pessoas da Euromaidan vão na Ucrânia, elas disseminam,
para além das máximas acima mencionadas, símbolos neonazis,
racistas … Confirmando também a natureza neonazi da Euromaidan
está o constante uso de retratos dos executores sanguinários do
nosso povo, Bandera e Shukhevych - agentes da Abwehr."
A
carta aberta fazia a pergunta aos líderes ocidentais: "Deixaram
a ONU, a UE e os EUA de reconhecer a Carta e o Veredicto do Tribunal
Internacional de Crimes de Guerra de Nuremberga, em que os nazis
hitlerianos e seus ajudantes próximos foram condenados? Deixaram os
direitos humanos de ser um valor para os países da UE e da
comunidade internacional? É a devoção dos nacionalistas ucranianos
a Hitler e aos seus assassínios em massa de civis agora considerada
democracia?"
Apenas
nos dias recentes, com cenas de violência em grande escala por parte
de manifestantes armados a atravessar finalmente o nevoeiro da
propaganda, é que os média ocidentais pegaram no carácter neonazi
da desestabilização em curso. A revista Time,
colocou, a 28 de Janeiro, no título da sua cobertura feita desde
Kiev "Rufias de Direita Estão-se a Apoderar da Insurreição
Liberal da Ucrânia", caracterizando um grupo de "hooligans"
neonazis chamado Spilna Sprava ("Causa Comum", mas as
iniciais ucranianas soletram-se "SS") como estando perto do
centro dos protestos.
No
dia seguinte, a 29 de Janeiro, o The
Guardian colocou num título "Na
Ucrânia, Fascistas, Oligarcas e Expansão Ocidental Estão no Centro
da Crise", com o rematar: "A história que nos é contada
acerca dos protestos que decorrem em Kiev tem uma ligação à
realidade feita apenas muito por alto". O repórter do The
Guardian Seumas Milne escreveu
candidamente, "Você nunca saberia através da maior parte das
reportagens que nacionalistas de extrema-direita e fascistas têm
estado no centro dos protestos e dos ataques a edifícios
governamentais. Um dos três principais partidos da oposição a
chefiar a campanha é o anti-semita de direita dura Svoboda, cujo
líder Oleh Tyahnybok afirma que uma 'máfia moscovita-judaica'
controla a Ucrânia. O partido, agora a gerir a cidade de Lviv,
liderou uma marcha iluminada por tochas de 15,000 pessoas no início
deste mês em memória do líder fascista ucraniano Stepan Bandera,
cujas forças lutaram ao lado dos nazis na Segunda Guerra Mundial e
participaram em massacres de judeus".
A
Counterpunch
publicou também, a 29 de Janeiro, um artigo de Eric Draitser,
"Ucrânia e o Renascimento do Fascismo", que começou com o
aviso: "A violência nas ruas da Ucrânia é muito mais do que
uma expressão de ira popular contra um governo. É, em vez disso,
meramente o último exemplo da ascensão da mais insidiosa forma de
fascismo que a Europa viu desde a queda do Terceiro Reich ... Numa
tentativa de tirar à força a Ucrânia da esfera de influência
russa, a aliança EUA-UE-OTAN aliou-se, não pela primeira vez, com
fascistas"."
Aproveitando para deixar aqui alguns acrescentos,
ResponderEliminar1) Por me ter baseado no artigo tal como ele foi publicado na revista em causa, onde tal não está presente, omiti-o na tradução. Mas, quer a página HTML onde este texto também foi publicado, quer a própria capa da última edição desta revista, contêm o antetítulo "Perigo de Terceira Guerra Mundial". E, quem quiser saber o quão real é esse mesmo perigo, pode começar por aqui.
2) A propósito de veteranos de guerra que estão a ser usados nestas "manifestações", reparem (aqueles que souberem ler a chamada "linguagem corporal") na calma com que estes "manifestantes" reagem, quando são encurralados pela polícia, depois de andarem a praticar uma muito séria forma de crime.
3) Por falar em colaboradores nazis, talvez alguns queiram pesquisar na Internet sobre o que andou o mencionado Sr. George Soros - que também financia o referido Spilna Sprava (SS) - a fazer na sua adolescência.
4) E, quem quiser ver provas flagrantes do carácter neonazi destes manifestantes, pode procurar na Internet por imagens de manifestações dos mencionados grupos e também por imagens como esta, do mencionado líder Oleh Tyahnybok, e depois outras como estas, em que aparece a mesma pessoa ao lado de um dos seus muito conhecidos apoiantes ocidentais.
E, já agora, Dr. Milhazes,
ResponderEliminarSe me permite uma sugestão,
Neste caso - por se tratar, essencialmente, de um texto sobre factos históricos e que relata alguns aspectos relativos a acontecimentos decorrentes - penso que não haja muita necessidade para tal...
Mas, pelo menos nos textos de opinião que são enviados pelos seus leitores...
Talvez seja boa ideia, colocar, no início ou no fim desses mesmos textos que são enviados para a sua "secção/correio do leitor", uma nota de que o conteúdo dos textos não reflecte necessariamente a opinião do autor deste blogue.
Pois, foi até por causa de um desses mesmos textos que eu estive meses sem consultar este seu blogue. Depois de ler um texto anti-Putin que tinha sido enviado por um dos seus leitores, que considerei ridículo, e por pensar eu, na altura, que você o estava a publicar porque subscrevia o que nesse mesmo texto era dito.
Isso é propaganda antiucrania desses kremlinistas e russófilos. A revoluçao ucraniana é uma revoluçao soberana. A Rússia quer acabar com a Ucrania como país soberano. A Rússia já tentou destruir seu povo, sua língua, religião e cultura... Isso é uma agressao a sua pátria. O povo tem o direito de lutar pelo seu país. O que esses russófilos querem é destruir a soberania ucraniana com essas generalizaçoes. Isso é só um tentativa de denegrir a imagem da revolução. Os nacoilalistas ucranianos lutaram, ao mesmo tempo, contra nazistas e bolchevista. Foi uma defesa da pátria. O que está acontecendo na Ucrania, hoje, é uma defesa da pátria. É autodeterminação dos povos. Todos tem direito a sua patria. Como esses russófilo amorais podem defender o corrupto do atual presidente da Ucrânia? Em poucos anos de governo os filhos de Yanokovich já são as pessoas mais ricas da Ucrânia. Propaganda barata esse artigo!
ResponderEliminarFernando Negro,
ResponderEliminarpare de dizer mentiras e fazer campanha antiucraniana contra o pobre e oprimido povo ucraniano. Vc já imaginou se o presidente de Portugal proibisse os portugueses de falar portugues? É isso que acontece na Ucrania. Os políticos de lá, além de ladroes, autoritários e assassinos, querem matar o pouco de cultura ucrania que sobreviveu ao imperialismo russo-soviético.
ResponderEliminarEuropeista.
Pretende dizer que a U E e a NATO estão interessadas em levar a liberdade e a properidade ao povo Ucraniano, aquilo que negam aos seus próprios povos?
Se pretende saborear a liberdade e a prosperidade que essas duas instituições dispensam às sua populações, convido-o a ir acampar pacificamente em qualquer praça de um país Europeu tal como os Ucranianos estão fazendo em Kiev há mais de dois meses.
Garanto-lhe que não precisa destruir nada, para ser escorraçado da forma mais violenta que possa imaginar.
E porque não rende também o seu tributo aos milhares de Portugueses que passam fome, e-lhes negado o direito à saude ao ensino, ao trabalho, àqueles que trabalharam uma vida inteira e hoje são roubados nas suas reformas, aos que vivem na rua, segundo estudos 5% dos sem abrigo são pessoas com curso superior.
Pois é Europeista o seu problema reside no facto de ter sido adestrado para desempenhar um papel que a sua inteligencia não lhe permite executar.
Precisa mais uma horas de treino, sabe?
Ao anonimo que me escreveu...
ResponderEliminarO que eu não entendo é alguém falar em defesa da soberania e apoia o que a Rússia faz com os ucranianos. Vc defende a soberania de Portugal, claro, a soberania do seu país deve ser respeitada, a soberania de país alheio nao... ah sim, muito compreensível sua posição.
Nen fala com esses otario isola ese troll desgracado
ResponderEliminarnunca li um texto tão primitivo como este, desde a menção da OUN-B, que hoje em dia são meia-duzia de reformados; a história da esposa do ex-presidente V. Yuschenko (que claramente apoia o regime do Yanukovych), até a crítica da Spilna Sprava na base da sua abreviatura, parecem as traduções (más) do propagandista russo Dmitri Kiseliov...
ResponderEliminarTal como suspeitava, o chefe da "Executive Intelligence Review", Lyndon Hermyle LaRouche, Jr. é um belo exemplo de uma pessoa psicologicamente instável. Ele acredita que o atentado de 1995 em Oklahoma City é uma tentativa británica de "dominar os EUA":
ResponderEliminarhttp://en.wikipedia.org/wiki/Lyndon_LaRouche
O Fernando Negro é um paspalho armado em sabichão.
ResponderEliminarTodos nós sabemos que o 11/9 foi um trabalho interno, isso é inquestionável. Todos nós sabemos que há uma cabala financeira internacional que manipula as economias e suga os recursos dos paises.
Mas o Fernandinho espalha-se ao comprido chamando a isso de "Fascismo" e "Nazismo", precisamente as únicas ideologias até hoje que verdadeiramente combateram a oligarquia financeira mundial. Não foram os bastardos comunas, mas sim os fascistas e nazis, esses sim eram um afronta ao grande capital.
Mas o Fernando só engana quem quer ser enganado.
Europeísta das 23:44.
ResponderEliminarPor favor não entre em contradições.
Afinal quem está a interferir nos assuntos internos da Ucrânia em grande escala?
São os Russos, ou são a U E e os EUA?
SE o senhor não quer ou não tem capacidade de comprender quem interfer mais que quem então vamos começar a tratar o assunto de outra maneira.
Diga por favor quantos dirigentes Russos já manifestaram apoio publico ao governo Ucraniano.
Ao contrário daquilo que tem acontecido com os principais dirigentes de países Ocidentais, têm hi-do ao local encorajar os manifestantes a prosseguir com os actos de vandalismo.
Mais; alinham par a par com neonazis assumidos.
Esclareça-me, quando e quais os manifestantes que devem ser apoiados?
Não sabe que na Albania já houveram dois levantamentos populares, sofucados com a ajuda das tropas da NATO?
Ignora o que se passou recentemente na Bosnia?
Não foram forças da NATO que auxiliaram a policia local a sofucar a rebelião popular?
No seu entender quem são os manifestantes bons e os maus.
Mas porque que as pessoas tem a mania de falar do que não sabem.
ResponderEliminarOh Fernando Negro vê se vais morrer longe lá prós lados da Sibéria.....
Andam nazis por aqui. Na Ucrânia não sei que a desinformação é grande, a propaganda maior. Mas que aqui andam não haja duvidas, como essa de o "Fascismo e o Nazismo" terem sido as duas unicas ideologias a combaterem a Oligarquia Financeira.
ResponderEliminarNem uma linha escrita se lê com esse objecivo. Todas as acções politicas foram precisamente o contrário.
Hitler contou com o apoio de vários capitalistas e financeiros alemães. Alguns forçou mas sempre manteve. Usou trabalho escravo em várias empresas alemãs. Judeus, franceses, comunistas, tudo ia para lá parar.
Que horrível o artigo! Que parvo o autor! Comunista-esquizofrênico!
ResponderEliminarDisso falam as pessoas que não sabem "patavina" da vida na Ucrânia, nem da sua história nem da cultura.
Não sabem o que vive o povo ucraniano. Que corrupção, pobreza e injustiça está a reinar no país. Lá porque sabemos lutar pelos nossos direitos, ao contrário dos portugueses (que seja dito), não quer dizer que somos nazi!
Qual dia 2 de Fevereiro? Os confrontos e manifestações já estão a decorrer desde Novembro!
Qual ONU-B? Isso já foi há tanto tempo! Apoiaram nazis, sim, e sabe porque? Porque entre os dois males (comunismo-nazismo) tiveram que escolher o menor!
Eu sou ucraniana e estou orgulhosa disto! Estou a escrever esta mensagem com uma enorme revolta e dor no meu coração. Quando o meu povo está a chorar os seus filhos falecidos nos confrontos vocês aqui falam das hipotéticas guerras nucleares. Que paranóia! Todo esse artigo, Sr Fernando Negro (mesmo negro), a mim pareceu-me uma convulsão e último suspiro dum comunista-dinossauro. Leia a história e abre a sua mente para a vida actual! Os comunistas estão a ser extintos no mundo inteiro e por alguma razão!
Que fatalismo propagandistico o que e certo e que a o partido comunista ucraniano ta bem caladinho... Pudera... Isto e uma visao tao fanatica quanto outros fanaticos que por ai andam na ucrania...
ResponderEliminarNão sei bem o que hei-de chamar a esta prosa exótica, mas ocorre-me delirante. Eles andem aí...
ResponderEliminarVocês estão todos toldados da cabeça, e a propaganda é o vosso hobby!
ResponderEliminarUns dizem que uns são fascistas e outros dizem que afinal os outros é que são fascistas...
E que tal decidirem-se?
A mim parece-me que têm vodka a mais nas vossas tolas, e que o interesse do momento vos dá asas á imaginação com alguns dados históricos...
ainda não perceberam que tudo se resume a interesses de poder?
Tudo isto não passa de influência entre a Russia e a UE, e de uma nova forma de usar as fragilidades locais? Fascistas e Stalinistas e Europeus neo liberais, todos defendem uma coisa: o exercício de um poder, absoluto, independentemente da ideologia e das táticas...
Vocês estão todos toldados da cabeça, e a propaganda é o vosso hobby!
ResponderEliminarUns dizem que uns são fascistas e outros dizem que afinal os outros é que são fascistas...
E que tal decidirem-se?
A mim parece-me que têm vodka a mais nas vossas tolas, e que o interesse do momento vos dá asas á imaginação com alguns dados históricos...
ainda não perceberam que tudo se resume a interesses de poder?
Tudo isto não passa de influência entre a Russia e a UE, e de uma nova forma de usar as fragilidades locais? Fascistas e Stalinistas e Europeus neo liberais, todos defendem uma coisa: o exercício de um poder, absoluto, independentemente da ideologia e das táticas...
Vale tudo para manter o COLONIALISMO RUSSO ... depois dos soviéticos que até chegaram a berlim , os novos continuam com a garra em METADE DA EUROPA e 1 / 3 da ÁSIA . Nem a GEORGIA se conseguiu isolar desses ESTADOS NEO COMUNAS !!!!! O FASCISMO NEGRO RUSSO terá a RESPOSTA DEVIDA .
ResponderEliminarDEPOIS DE LER OS COMENTÁRIOS, TENHO UMA PERGUNTA A FAZER.
ResponderEliminarPOR ACASO ALGUEM SE QUESTIONOU QUE PUTIN E O SEU GOVERNO É DE EXTREMA DIREITA
É isso mesmo Marcoss, têm vodka a mais ...e são cobardes, pois só ladram "anónimamente".É tudo malta do lindo partido"SVOBODA"...enormes "DEMOCRATAS"...e nada "CORRUPTOS"...só querem o "bem" do povo...de um lado e do outro têm as mãos porcas de sangue. Têm muitas valas comuns, e ainda muitos ossos para levantar.E então no armário, ui, os esqueletos.Basta.
ResponderEliminarVejo por aqui, é muita desinformação e ignorância, inclusive duns que se acham tão espertos que já "fizeram o filme todo" da situação. Presunção e água benta...
ResponderEliminarO que eu sei - e sei pouco, mas nomeadamente informações pessoais de ucranianos amigos - é que na Ucrânia, independentemente dos vários governos que passaram - a corrupção é generalizada, paga-se por baixo da mesa para ser tratado no hospital público gratuito ou apenas para passar na fronteira sem problemas, ainda que se tenha tudo legal. E sei que há muita pobreza - se assim não fosse, com a crise que grassa em Portugal, eles já tinham todos regressado, mas uma grande parte continua por cá, mesmo a viver de subsídos ou biscates, nalguns casos.
O PC ucraniano apoiava o corrupto Ianukovitch, que acaba de ser deposto, o que mostra bem o papel duma certa esquerda tradicional, de que falo mais abaixo.
E parece que a ditadura burocrática (e também corrupta, embora de forma mais escondida) da UE mais o império do dólar falso (EUA) acabaram por se entender com o Putin para novas eleições e (talvez) tentar manter uma Ucrânia unida tipo terra-de-ninguém entre o neo-capitalismo plutocrático russo e o império neoliberal do dólar e do euro.
Quanto ao facto de grupos neonazis dirigirem parte dos revoltosos, parece confirmar-se, não querendo isso dizer que a maioria dos manifestantes seja fascista.
Leio nesta notícia (http://www.jpost.com/Jewish-World/Jewish-News/Despite-calls-for-neutrality-in-Ukraine-protests-young-Jews-are-on-the-front-lines-334907) que também havia jovens judeus a lutar nas barricadas.
A ascenção de neofascistas na Ucrânia, na Hungria, na França, Grécia e em muitos outros países, é um facto.
Tal fica a dever-se ao descontentamento e desorientação das populações face a uma ordem mundial (globalização) opressiva para os povos, que põe em caiusa a identidade nacional de cada um, e as chamadas políticas de austeridade e asfixia económica, que mais não são que uma forma do grande capital financeiro internacional se apropriar de fatias do rendimento das classes médias, que no passado progrediram com o crescimento do capitalismo mundial. Mas hoje, com a ascenção do antigo Terceiro Mundo, este toma para si uma fatia crescente do rendimento mundial, e o grande capital financeiro, depois das perdas da crise de 2008, vê-se obrigado recuperá-lo nas classes médias e nos países.
Que bom que era ter colónias, não era? Hoje já não dá e o grande capital financeiro tem que se virar pra outros lados.