sábado, junho 14, 2014

Irresponsabilidade ou traição na queda do avião ucraniano?


O derrube do avião militar de transporte ucraniano Il-76 em Lugansk pelos separatistas pró-russos mostra não só que estes estão cada vez melhor equipados, mas torna claras falhas gritantes nas actividades das Forças Armadas da Ucrânia.
Como é que os oficiais ucranianos não previram que o aparelho poderia ser abatido num aeroporto em cujos arredores actuam os separatistas e utilizam armas capazes de abater helicópteros e aviões de vários tipos?
Porque é que soldados de tropas especiais, que não são muitos na Ucrânia, são expostos a riscos altíssimos e desnecessários? Compreendo se as distâncias na Ucrânia fossem tão grandes como na Rússia ou na China, mas, neste caso, não havia urgência em utilizar meios aéreos, podiam ter sido empregues meios terrestres!
Também não se pode pôr de lado o facto de os separatistas pró-russos estarem à espera do avião, ou seja, terem recebido informações de homens seus infiltrados nas forças armadas ucranianas. A experiência da Crimeia mostrou que no seio dos militares ucranianos havia traidores, e não foram poucos, mas os actuais comandos militares e civis parecem não ter aprendido a lição.

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia promete impedir “as violações das fronteiras realizadas pela Ucrânia”, mas não fala quanto ao facto de o território russo ser um dos principais pontos de apoio dos separatistas. Porque se Moscovo realmente fechasse as fronteiras a sério, os separatistas não se aguentariam durante muito tempo. Mas o Kremlin parece continuar interessado na desestabilização no país vizinho. 

32 comentários:

Unknown disse...

http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/2014/06/a-guerra-e-seus-horrores-se-constroem.html?m=1

Pippo disse...

Acho que foi mesmo incompetência por parte dos ucranianos de Kiev. Eles esquecem-se que os ucranianos também têm equipamento militar, infelizmente não muito sofisticado nem abundante, caso contrário não seria o regabofe que tem sido com os Su-25 e os Mi-24/35 aos quais se deve em boa parte os recentes sucessos militares da Junta.

Continuo sem compreender a sua ânsia para que Moscovo feche as fronteiras com as regiões separatistas. Parece que, para si, os separatistas são um alvo a abater e que o governo de Kiev é que é o bom e o que tem de ser aceite por toda a população. Será mesmo assim?

Dado que Kiev tem um enorme arsenal, efectivos mais numerosos e um claro apoio por parte dos seus vizinhos ocidentais e dos EUA, é natural, desejável até, que Moscovo arme e apoie da melhor forma aqueles que não lhe são hostis, mais que não seja para equilibrar as coisas, sangrar a famigerada Guarda Nacional (a tal que cometeu crimes de guerra, fielmente relatados naquele artigo que eu traduzi mas o JM não quis publicar) e colocar o exército em xeque.

Se isso lhe causa confusão, não deveria, pois ambos os lados têm a mesma legitimidade, e se uns têm "legitimidade" para impor o seu governo a todo o país através da violência, então a população têm legitimidade para responder a essa mesma violência pela via armada.

Unknown disse...

http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/2014/06/lugansk-em-alerta-para-bombardeios-da.html?m=1

Unknown disse...

http://apaginavermelha.blogspot.com/2014/06/crise-ucraniana-os-crimes-de-stepan.html?m=1

Anónimo disse...

"Porque se Moscovo realmente fechasse as fronteiras a sério, os separatistas não se aguentariam durante muito tempo. Mas o Kremlin parece continuar interessado na desestabilização no país vizinho."

Dr. Milhazes, já achava que pecava por falta de imparcialidade no que respeita a questão Ucraniana. Se duvidas houvesse ficaram desfeitas com esta sua afirmação.

Mas desde quando é que a Rússia destabilizou a Ucrânia?

Que eu saiba foram os EUA e a UE que injetaram lá 5000 milhões de dólares para promover uma revolução colorida, mas sobre isto o Dr. Milhazes pouco ou nada fala!



Paulo disse...

Não se compreende porque seria desejável apoiar o terror criminoso dos separatistas apoiados pelo mafioso da Chechenia, o Kadyrov.

Entretanto, parece que o nosso camarada Pipo, que já é conhecido por tentar impor a lei do Pipo (também conhecida como lei da rolha) sempre que alguém não alinha com a sua litania fanática e conspiranóica ainda não percebeu que na Ucrânia houve eleições.

Eu sei que para os camaradas como o Pippo, isso das eleições é uma idiotice burguesa, porque o que importa mesmo é a legitimidade revolucionária, mas mesmo assim, lembro, que no leste da Ucrânia a participação nas urnas (mesmo sob ameaça do terror assassino da Russia fascista e dos seus esbirros terroristas) a participação foi superior à portuguesa no mesmíssimo dia.

Houve mais ucrânianos a votar enfrentado a Russia fascista, que portugueses a votar, enfrentando apenas o desgaste dos sapatos.


Um governo legítimo, eleito por uma maioria, e com a garantia de observadores internacionais, tem uma legitimidade confirmada que vem do povo.

O terror, esse não tem legitimidade, a não ser a legítimidade das armas, da droga e do apoio de um estado fascista, controlado por um dirigente corrupto que veio da KGB para roubar o povo russo.

Anónimo disse...


Olha Milhazes já há algum tempo que topei a tua raça.

Sempre de falinhas mansas e com tretas do choradinho uma conversa já um bocado estafada, mas já não consegue esconder que não passa de um mercenário sem escruplos ou de um autentico idiota que come com prazer a propaganda que lhe dão a boca com umas verdinhas a adoçar a ementa.

Deixo o link abaixo para se congratular com os actos com que voçe e complacente e você tanto gosta. Como bonus tem uma mulher gravida assassinada mais o embrião de uma nova vida que não teve a oportunidade de abrir os olhos e conhecer o mundo pois foi abortada aquando o assasinato de sua mãe por aqueles que voce tanto gosta.

http://www.globalresearch.ca/como-criminosos-neo-nazis-apoiados-pelo-regime-em-quieve-mataram-habitantes-de-odessa-evidencia-fotografica/5381263

Dou-lhe 2 hipoteses
Censure este comentario e revele a sua face
Ou publique e responda em sua defesa

Unknown disse...

http://juliosevero.blogspot.com.br/2014/06/patrocinador-do-golpe-na-ucrania-e.html?m=1

Anónimo disse...

Quando dezenas de "rebeldes" são mortos, silêncio. Quando dezenas de membros da Guarda Nacional são mortos, uma grande revolta e tristeza. Interessante.
Parece que o melhor meio é esmagar os revoltosos do leste, em vez de buscar uma solução negociada. Ou seja, impor a vitória militar, em vez de buscar uma solução política que inclua os direitos de TODOS os ucranianos, e não apenas de um grupo sobre outro. Afinal, democracia não é só voto, mas também o respeito a TODOS os grupos do país, inclusive minorias.

Astromac disse...

Caro Pippo,

Então é desejável que Moscovo arme e apoie os separatistas? Não pensei que descesse tão baixo, ao ponto de desejar mais conflito e mortes dos pobres ucranianos. Independentemente da vontade do povo, a haver uma separação destas regiões do resto da Ucrânia isso devia ser feito pela via pacífica e democrática (por exemplo como o referendo na Escócia), e não pela via sangrenta das armas. O incitamento militar russo só faz a vida pior aos habitantes da Ucrânia, para melhor servir os interesses russos.

Se houvesse uma clara expressão (pela via democrática e do diálogo) da população do Leste da Ucrânia em favor da separação, tenho poucas dúvidas que o governo em Kiev a aceitaria mais cedo ou mais tarde. Mas muito provavelmente este apoio popular não existe (ou então só é visto com uma pistola apontada à cabeça), e portanto a via das armas é a única desta gente. Mas até Moscovo já está a perder a paciência com os bandidos de leste, e lentamente estão a escorraçar fantoches como Ponomarev e substituí-los pelos seus próprios russos que controlam.

A verdade é que muito poucos ucranianos de leste querem ser uma nova Transdnistria ou Ossétia do Sul. Dado que a Rússia já mostrou que não irá anexar estas regiões, há duas opções de futuro: serem um estado fantoche russo subsídiodependente como a Transdnistria, ou continuarem na Ucrânia como antigamente (ao contrário do que diz a propaganda, os falantes russos nunca foram descriminados na Ucrânia). Para uma pessoa sensata a escolha é obvia.

Quem acha que o governo de Kiev tem a mesma legitimidade dos "governos" de Donetsk e Luhansk ou é muito ingénuo ou muito burro.

chukcha disse...

Caro Paulo,

meia duzia de paragrafos e a mesma quantidade de falsidades:

"apoiados pelo mafioso da Chechenia, o Kadyrov."

Que eu saiba o Vostok teve na sua genese o clã Yamadayev, o que quer dizer que não serão muito amigos do Kadyrov (consta que se andam a matar uns aos outros), está tudo na wikipedia, é só procurar que encontra...
Além do mais Kadyrov afirmou publicamente que se tivesse tropas suas no terreno estas estariam a avançar para Kiev, que é onde está o inimigo. E o Kadyrov quando promete, cumpre! Note-se que ele sozinho salvou os 2 refens, jornalistas da LifeNews, presos pela Junta em Kiev.
Quanto a drogas, acho que o Ramzan nem sequer bebe...

" isso das eleições é uma idiotice burguesa, porque o que importa mesmo é a legitimidade revolucionária"
Está a referir-se a MAIDAN e a sua Legitimidade. Ou ao presidente eleito constitucionalmente, Yanukovitch? Pois...

"no leste da Ucrânia a participação nas urnas (mesmo sob ameaça do terror assassino da Russia fascista e dos seus esbirros terroristas) a participação foi superior à portuguesa no mesmíssimo dia."

MENTIRA! Segundo a comissão Eleitoral da Ucrânia, abriram 426 das 2430 mesas de voto. Menos de 20% e a maioria em pequenas vilas (excepto Mariupol). Metropoloes como Dontesk e Lugansk não tiveram um único voto.
Até lhe diria quantas pessoas votaram nos distritos de Donetsk e Lugansk, mas essa informação nunca foi divulgada (nem resultados globais regionais). Nada mal para as 1 as elições da história da humanidade em que no momento do fecho das urnas, e sem um voto contado, se atribuiu o vencedor e se determinou a participaçao eleitoral!
cf. http://online.wsj.com/news/articles/SB10001424052702304811904579583413180447156

"Um governo legítimo, eleito por uma maioria, e com a garantia de observadores internacionais, tem uma legitimidade confirmada que vem do povo."

NÃO NO DONBASS QUE VOTOU NO REFERENDO!

E terrorista é quem bombardeia as suas cidades, o seu próprio povo, quem os queima vivos, e que come rações de combate cedidas por governos estrangeiros... E não aqueles que gozam do apoio das populações, que lhes coze um borcht e lhes vai levar ao chekpoint!

Anónimo disse...


"O terror, esse não tem legitimidade, a não ser a legítimidade das armas, da droga e do apoio de um estado fascista, controlado por um dirigente corrupto que veio da KGB para roubar o povo russo."

E qual o tipo de terror que acha que tem legitimidade?

Assassinar senhoras grávidas de modo macabro no seu posto de trabalho, queimar dezenas de pessoas em espaços fechados, enforcar de forma cruel cidadãos indefesos, alvejar policias e manifestantes na Maidan com o objetivo de incriminar as forças da ordem (governo de então) bombardear indiscriminadamente cidades , sabotar redes de abastecimento de água de gás e de electricidade privando as populações desses serviços.

ISSO JÁ TEM TODA O LEGITIMIDADE ?



Por outro lado devia ter a hombreidade de dizer quem foi que iniciou a a violência e o terror na Ucrânia!



Mais; se considera que se deve respeitar o acto eleitoral do dia 25 de Maio para o presidente da Ucrânia.

E porque motivo menospreza o plebiscito do dia 11 onde uma percentagem muito superior de cidadãos manifestou livre e abertamente a sua opinião?



Ou também é daqueles que consideram que os actos eleitorais só são válidos quando vencem os que partilham os seus ideais, mesmo recorrendo a todo o tipo de vigarices ?


Se Putin é fascista por ter sido funcionário do KGB.

E o que será Turchinov como chefe do SBU ?


Nazi! É precisamente isso que tem demonstrado ser com a brutalidade que tem usado contra uma parte considerável da população Ucraniana.


Carlos Carapeto










Anónimo disse...



José Milhazes e como foram parar às mãos do exercito Ucraniano os sofisticados misseis anti-tanque Millan (de fabrico NATO)?

Quem foi que os forneceu e com que objetivo?

Mais; porque razão se encontravam armazenados prontos a usar mesmo junto à fronteira da Rússia ?

Tiveram azar, foram capturados por as milicias e agora estão a destruir aqueles que se destinavam "proteger".

Sim; no paiol que os milicianos tomaram próximo de Lugansk foram capturados centenas desses misseis.


Mas isso não divulga a imprensa oficial nem quem está ao seu serviço.


As verdades compromentem!

Só mais um pormenor. E quem está a alimentar os soldados Ucranianos com milhares de rações de combate?


Carlos Carapeto.

chukcha disse...

Só 1 nota:

"ao contrário do que diz a propaganda, os falantes russos nunca foram descriminados na Ucrânia)"

"They lost their lives because they defended men and women, children and the elderly who found themselves in a situation facing a threat to be killed by invaders and sponsored by subhumans,"

via CNN http://edition.cnn.com/2014/06/15/world/europe/ukraine-crisis/?hpt=hp_t1

SUB-HUMANOS!!!!

Imagina se fossem DISCRIMAINADOS!!!

Mas a culpa é do Putin, que é lhes que lhes cozinha o Borcht.

https://www.youtube.com/watch?v=mq-Wd8J9s_s

(agora com "subtitles" sofriveis em amaricoço)...

chukcha disse...

Quanto às fornteiras e às armas...

1. Eu acho uma piada fantásica um país que consegue perder cidades inteiras, batalhões do exercito, se procupe com outro (um bocado maior)fechar as fronteiras.
E SE ALGUÉM NA UCRÂNIA SE TIVESSE LEMBRADO DE FECHAR À CHAVE AS SEDES DO SBU E DOS EDIFICIOS ADMINISTRATIVOS? Agora culpar a Rússia, porque não há um chinês na Ucrânia que venda um aloquete a 200 grivnas é abusar da pachorra das pessoas...

2. O Exercito kievita teve deserções até mais, não. Pelo menos 6 bases militares (GN e exercito foram tomadas em Donbass), mais a base da guarda fronteiriça em Lugansk com dezenas de blindados e afim armamento, que não foram destruidos (reportado amiude pelos midia internacionias)

3. A sério. 3 T64? 3? Porque não 30? o Preço é o mesmo... Ainda por cima sem suporte aereo, na autoestrada, de Lugansk para Donetsk, 3 blindados que a Russia não usa (mas que havia amiude nas bases conqiustadas)... pois...

4. Isto é um ponto que não vale a pena discutir, mas se a Rússia invadiu a Ucrânia com 3 tanques dos anos 70, acredito que para chegar a Lisboa num mês, bastará 1 divisão blindada.

a SÉRI: PUTIN DAI PRIKAZ, DO LISSABONA!

(eu às vezes acho que a maior parte dos nossos comentadores pan-banderistas anda com os copos...)

Pippo disse...

"Não pensei que descesse tão baixo, ao ponto de desejar mais conflito e mortes dos pobres ucranianos."

Descida por descida, meu caro Astromac, parece que você desce ainda mais pois ainda não o vi aqui a condenar os bombardeamentos diários, através de artilharia e meios aéreos, às cidades do Leste da Ucrânia. Aliás, nem você condena nem, em verdade se diga, o JM o condena. Mas condenam quando as milícias abatem os soldados e os milicianos que, provenientes do Oeste, vêm impor a SUA vontade e o SEU governo ao Leste do país.

"a haver uma separação destas regiões do resto da Ucrânia isso devia ser feito pela via pacífica e democrática (por exemplo como o referendo na Escócia)"

E houve um referendo! Houve um referendo, ou tem andado a dormir este tempo todo? Houve um referendo, mas os seus amiguinhos não lhe reconhecem a legitimidade. E o separatismo não foi feito de forma violenta, o que desencadeou a violência foi quando os seus amigos fascistas e NATO-lovers tentaram impor, pela violência, o seu governo ILEGÍTIMO a TODA a Ucrânia, depois de terem deposto, SEM ELEIÇÕES E À REVELIA do direito interno e da vontade de TODA A POPULAÇÃO, o governo LEGÍTIMAMENTE eleito.

"Se houvesse uma clara expressão (pela via democrática e do diálogo) da população do Leste da Ucrânia em favor da separação, tenho poucas dúvidas que o governo em Kiev a aceitaria mais cedo ou mais tarde."

Mas HOUVE! Anda distraído ou passa-se algo mais grave consigo?

"A verdade é que muito poucos ucranianos de leste querem ser uma nova Transdnistria ou Ossétia do Sul."

A sério? Entrevistou-os? Falou com eles? Ou é o que lhe diz a CIA/SBU e os seus porta-vozes nacionais, tipo Nuno Rogeiro e imbecis do género, que nem sabem distinguir a porcaria de um 2S9 Nona de um BMD-2?

"Quem acha que o governo de Kiev tem a mesma legitimidade dos "governos" de Donetsk e Luhansk ou é muito ingénuo ou muito burro."

Diria mesmo mais: só mesmo um BURRO é que pode achar legítimo um governo imposto por uma revolta ilegal e ilegítima e que tenta estender o seu poder a todo o país matando a população que se lhe opõe, que é o que faz o governo de Kiev.

chukcha disse...

" verdade é que muito poucos ucranianos de leste querem ser uma nova Transdnistria ou Ossétia do Sul. Dado que a Rússia já mostrou que não irá anexar estas regiões, há duas opções de futuro: serem um estado fantoche russo subsídiodependente como a Transdnistria, ou continuarem na Ucrânia como antigamente (ao contrário do que diz a propaganda, os falantes russos nunca foram descriminados na Ucrânia). Para uma pessoa sensata a escolha é obvia."

Com 1 PEQUENA DIFERNEÇA:
O Donbass representa 30% do PIB da Ucrânia, 1/3!

30% da riqueza de toda a Ucrânia vem do Donbass, via Rússia. E eles sabem isso!

E... bom, a Russia, aquela merda é mau, mas os salários são 2x os da Ucrânia, e as pensões (não contributivas) bom, tendo em conta as "despesas comunais"... hahaha representam 3x o poder de compra, ants de chegar a austeridade o FMI...

SIM porque vem aí o FMI! Sim professores, sim polícias, vem aí o FMI para a Ucrânia!!!!


Vai ser bonita a festa pá!!!!!
Eu continuo a achar que kharkov
é bem mais russo que Donetsk...

A Ucrânia acabou - MAIDAN MATOU-A!

chukcha disse...

" verdade é que muito poucos ucranianos de leste querem ser uma nova Transdnistria ou Ossétia do Sul. Dado que a Rússia já mostrou que não irá anexar estas regiões, há duas opções de futuro: serem um estado fantoche russo subsídiodependente como a Transdnistria, ou continuarem na Ucrânia como antigamente (ao contrário do que diz a propaganda, os falantes russos nunca foram descriminados na Ucrânia). Para uma pessoa sensata a escolha é obvia."

Com 1 PEQUENA DIFERNEÇA:
O Donbass representa 30% do PIB da Ucrânia, 1/3!

30% da riqueza de toda a Ucrânia vem do Donbass, via Rússia. E eles sabem isso!

E... bom, a Russia, aquela merda é mau, mas os salários são 2x os da Ucrânia, e as pensões (não contributivas) bom, tendo em conta as "despesas comunais"... hahaha representam 3x o poder de compra, ants de chegar a austeridade o FMI...

SIM porque vem aí o FMI! Sim professores, sim polícias, vem aí o FMI para a Ucrânia!!!!


Vai ser bonita a festa pá!!!!!
Eu continuo a achar que kharkov
é bem mais russo que Donetsk...

A Ucrânia acabou - MAIDAN MATOU-A!

Pippo disse...

Falando agora de outras coisas importantes:

Russian gas giant Gazprom was forced to implement a prepayment regime for gas deliveries because of Ukraine’s blackmailing during negotiations, Gazprom CEO Alexei Miller said Monday.

http://en.ria.ru/russia/20140616/190562382/Kievs-Blackmail-Pushes-Gazprom-to-Switch-to-Prepayment-Scheme.html

Se a Rússia, à imagem dos EUA em relação a Kiev, começar a fornecer material "não letal" aos separatistas, e se a Gazprom mantiver a sua posição, não sei como é que a economia ucraniana se manterá, e com ela o funcionamento do aparelho militar.

Mas claro que Kiev poderia estabelecer conversações honestas com as províncias separatistas, não fosse a sua mentalidade a do totalitarismo ucraniano do "É tudo nosso, a bem ou a mal".

Pippo disse...

Desta eu não sabia!

O Primeiro Ministro do governo de Kiev, Arseny Yatsenyuk, referiu-se aos separatistas ucranianos como sendo “sub-humanos”.

Contudo, parece que isso não constitui qualquer problema para Washington pois a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Jen Psaki, limitou-se a dizer que “I think the Prime Minister behavior and his leadership has been consistently in support of a peaceful resolution.”, ou seja, parece que a utilização por parte das autoridades kievitas da linguagem nazi não é, de modo nenhum, censurável.

Igualmente curioso é a referência à actuação do PM de Kiev com vista à "resolução pacífica" do conflito. Algo me diz que os habitantes de Lugansk, Donetsk, Slavyansk e a meia centena de cremados em Odessa não concordarão com esta visão da coisa.

https://www.youtube.com/watch?v=wY2ghdAUpf4

JM, o que tem a dizer acerca disto? Se fossem russos a referirem-se assim a ucranianos, provavelmente valeria uma pequena reportagem.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Pippo, leia, http://www.newsru.com/russia/16jun2014/dugin.html

PortugueseMan disse...

e se a Gazprom mantiver a sua posição, não sei como é que a economia ucraniana se manterá, e com ela o funcionamento do aparelho militar...

Já não há economia meu caro. As opções que estão a tomar, a meu ver são para evitar isso mesmo, que as pessoas pensem na economia.

O país vai implodir e parece que a única preocupação de quem manda é que fique registado que a culpa de tudo é da Rússia.

Vai ficar um país gigantesco mergulhado no caos.

Se por um lado os russos já garantiram a não adesão à NATO, o Ocidente (ou parte dele), garante que se não conseguem isso, pelo menos conseguem que a Rússia fique com imensos problemas na fronteira, problemas de imagem e que certos laços que estão a ser criados com a Europa fiquem danificados.

O resultado não é mau para ambas as partes, mas isto vai ser à custa do sacrifício da Ucrânia.

O país deixou de ser viável e mesmo as autoridades ucranianas já perceberam que estão sem saída.

O FMI não vai meter dinheiro no país, a Europa não quer subsidiar o gás, e o dinheiro não entra, porque o principal parceiro económica é a Rússia.

Se até à chegada do Inverno, a situação não estiver definida, vamos ter uma situação grave na Europa, ou mais concretamente para a sua economia. A Ucrânia terá que desviar o gás destinado à Europa.

E os países que estão no fim do pipeline, são os que vão começar aos berros, pois cada um vai tirar a parte que pagou e o último, fica com o que houver, o que deve ser nada, dada a dimensão da Ucrãnia e das suas necessidades.

E isto com uma Europa que está com a sua economia em sérias dificuldades, basta olhar para as taxas de juro praticadas pelo BCE, a coisa não está nada bem, isto anda tudo preso por arames.

Nós vamos ter um preço a pagar pelas nossas opções tomadas na Ucrânia e da maneira como as coisas estão a ir, vai ser uma factura pesada.

A Ucrânia é um país gigantesco que está pregado na cruz e a ser queimado vivo.

Unknown disse...

http://voltaire77.blogspot.com.br/2014/06/ucrania-crise-e-pano-de-fundo-para-o.html?m=1

E Tavares disse...

Rogo para que o nr ...sim esse o rogeiro nao seja aqui chamado, o expert, professor, literado o iluminado que em 1990 e 1991 fez carreira com a fatinha campos no ferreira todos da mesma escola que por aqui vamos vendo mas esse agora em relaçao ao Iraque nem pio sao esses vermes que tornam este planeta num lugar pouco recomendado .... pro favor Pippo ou PM ... e para os demais ...

Pippo disse...

"Pippo, leia, http://www.newsru.com/russia/16jun2014/dugin.html"

Sim, eu sei, até o seu amigo Dmytro Yatsyuk/Jest Nas Wielu publicou isso, de forma histérica, no seu blog.

Agora aquilo que me interessa e que também lhe deveria interessar: o Dugin é o PM da Rússia? Não é, é um professor.
E o Yatsenyuk, é o PM da Ucrânia? É. Tem poderes políticos. E manda matar pessoas.

Mas se quer comparar um professor universitário a um primeiro-ministro, tudo bem.

Já agora, o José Milhazes condena ou não condena de forma veemente os bombardeamentos efectuados pelas forças kievitas?
Condena ou não a utilização, por parte das forças de Kiev, de helicópteros de combate, aviões de ataque ao solo, carros de combate, peças de artilharia e sistemas de lançamento de mísseis contra os ucranianos?
Condena ou não a cremação de cerca de 50 manifestantes pacíficos em Odessa?

Condena ou não a imposição, pela violência, de um governo que é considerado ilegítimo por duas províncias etnicamente distintas da Ucrânia?

É que eu só lhe vejo a lamuriar-se quando é o bicho-papão Rússia a poder arcar com as culpas (a Rússia é que fornece os mísseis terra-ar, a Rússia é que fornece a porcaria dos T-64 - que são fabricados em Kharkov! -, a Rússia é que faz isto e aquilo), mas nunca o vejo a apontar o dedo de forma igualmente veemente quando a culpa reside em Kiev.

E é Kiev quem anda a massacrar a população do Leste!

Pippo disse...

De tudo isto, o que eu vejo aqui é que se quer, dê por onde der, atribuir o máximo de responsabilidades à Rússia neste conflito:

É à Rússia que se deve o colapso económico da Ucrânia;
É à Rússia que se deve a má governação na Ucrânia;
É à Rússia que se deve a corrupção na Ucrânia;
É à Rússia que se deve o nacionalismo xenófobo e anti-russo da Ucrânia;
É à Rússia que se deve a revolta da Maidan;
É à Rússia que se deve a criação de milícias neo-nazis na Ucrânia;
É à Rússia que se devem os disparos de autoria suspeita na Maidan;
É à Rússia que se deve a deposição do presidente democraticamente eleito da Ucrânia;
É à Rússia que se deve o descontentamento generalizado contra o novo governo - ilegítimo - de Kiev;
E é à Rússia que se devem as chacinas, os bombardeamentos e a utilização massiva de artilharia, veículos blindados, aviões e helicópteros de ataque por parte das forças de Kiev contra os revoltosos e a população do Leste da Ucrânia.

A Kiev e ao "Ocidente", o máximo que se pode apontar são "algumas responsabilidades". Eles não são responsáveis pela efusão de sangue mas, se porventura o forem, ... a Rússia tem de ser, obrigatoriamente, muito mais responsabilizada! Dê por onde der!

É triste e hipócrita, mas parece ser mesmo esta a opinião "correcta" e vigente. Infelizmente.

g_afim disse...

Leio os comentários aqui postados e começo a achar que muita gente se esqueceu como começou este festival todo. Então eu relembro: quando houve a possibilidade de assinar um acordo qualquer entre a Ucrânia e a União Europeia, A RÚSSIA AMEAÇOU. Resultado: não houve acordo, ucranianos não gostaram e manifestaram-se. O resto escuso de contar.
Eu concordo que se não houvesse ajuda por parte da Rússia, estas batalhas entre separatistas e exército ucraniano já tinham tido outro rumo, mas também tenho que concordar que as forças armadas na Ucrânia já deram provas de serem patéticas e incompetentes. Mas não há dúvida, a Rússia vais querer continuar a desestabilizar, porque se não quisesse isto já tinha acabado.

Agora vamos falar de presidentes, referendos e eleições legitimas. O presidente Ianukovitch foi eleito constitucionalmente, foi deposto (e mais tarde revelou ser um servo da Rússia) pelas manifestações feitos na praça Maidan. Agora vêm dizer que o Poroshenko não foi legitimamente eleito:
1º Aqui também toda a gente quer correr com o Passos Coelho e dizem que ele já não tem legitimidade para governar. Porque haveria de ser diferente na Ucrânia? Só lá eles passaram aos actos.
2º Referendos: Estamos a falar do quê? Daqueles eventos programados em cima do joelho? Para preparar eleições decentes é preciso tempo e ordem. Com os referendos acontece o mesmo. As eleições da Ucrânia foram feitas um bom tempo depois do Ianukovich ser deposto.
3º Os separatistas não reconhecem o novo presidente? Problemas o deles! Ninguém os impediu de votar. Eles não só não votaram como também não deixaram ninguém votar. Eles abstiveram-se e obrigaram outros a fazer o mesmo.

Os manifestantes da praça Maidan foram apelidados todos, sem exceção, de fascistas. acredito que tenha havido por lá uma boa dose estrema-direita e neo-nazis mas não acredito que a grande maioria dos manifestante o seja. Os manifestantes eram contra a corrupção e contra a influência estrangeira. Quando isto começou, para quem foi a culpa? Para o EUA, o culpado do costume, dando a entender que os ucranianos não têm vontade própria.

A Ucrânia não acabou, querem é acabar com ela, o que é diferente.

Miguel Lopes

PS: Jonatan Souza: se me põe aqui referências ao blog daquele pseudo-curandeiro de "maleitas gay" de seu nome Júlio Severo, não está à espera que eu dê credito a todos os outros links que posta, pois não?

Pippo disse...

Petro Poroshenko propôs um cessar fogo unilateral com vista a um plano de paz para a Ucrânia.

Discursando numa academia militar em Kiev, Poroshenko disse que "O plano começará com a minha ordem para um cessar fogo unilateral (...) posso dizer que o período de cessar fogo será singularmente curto. Antecipamos que imediatamente a seguir, terá lugar o desarmamento das formações militares ilegais [uma das designações dadas pelo regime de Kiev às milícias separatistas do Leste do país]."

Os revoltosos da República Popular do Donetsk reagiram à proposta de Poroshenko com desprezo e descrença. Muitos suspeitam que o movimento é um mero ardil.

Mikhail Verin, comandante do Exército Ortodoxo Russo , uma das milícias mais poderosas no Donetsk, disse que Poroshenko estava a "enganar a Rússia e a União Europeia", tentando ganhar tempo para reposicionar as suas forças para efectuar novos ataques contra os seus homens.

Alexander Khodakovsky, comandante da mais poderosa milícia separatista, o Batalhão Vostok, disse que o exército ucraniano já havia violado um cessar-fogo temporário acordado na terça-feira, disparando morteiros na quarta-feira à tarde contra posições separatistas perto de Snezhnoye.

Se houver um cessar-fogo, disse o comandante da milícia Roman Ivlev, todas as forças de Kiev deverão retirar-se das Repúblicas Populares do Donetsk e de Lugansk antes de um processo de paz poder começar.

A União dos Veteranos do Donbass, liderada por Ivlev, é uma milícia que comporta mais de 1.000 ex-militares, policias e membros da polícia anti-motim Berkut, todos, portanto, ucranianos.

Ivlev disse ainda que as promessas de paz das autoridades foram "usados ​​para trazer reforços e retirar os feridos". "Não vamos baixar as armas pois, assim que o fizermos, eles virão e apanhar-nos-ão de mãos nuas", disse ele.

"Depois dos eventos em Odessa, a Ucrânia morreu aqui (...) A Ucrânia nunca mais existirá por estes lados."


Nota aparte:
Um comissão de investigação da Rússia está a investigar o ministro do Interior da Ucrânia e um governador regional bilionário por suspeita de crimes relacionados com a operação militar no Leste.

Vladimir Markin, porta-voz do comité, disse num comunicado que Arsen Avakov e Ihor Kolomoisky estavam "literalmente a afogar o país com o sangue de seu próprio povo" e disse que eles estavam sendo investigados por uma série de acusações.

Ainda que a Rússia, teoricamente, não tenha jurisdição para investigar crimes cometidos no estrangeiro, os precedentes estabelecidos pela Espanha, ao investigar crimes cometidos no Chile sob Pinochet, e pelo EUA, ao perseguirem e deterem cidadãos estrangeiros em países terceiros, como o recente caso verificado na Líbia é disso exemplo, poderão dar-nos uma luz sobre a possível evolução deste caso judicial.

Pippo disse...

Dando provas da sua “seriedade” e “compromisso com a paz”, as forças armadas de Kiev lançaram uma nova "operação anti-terrorista" contra o povo de Donetsk e Luhansk após lhes terem dado um prazo de três horas (provavelmente o tal “cessar-fogo unilateral”) para que os separatistas depusessem as armas.

Os panfletos largados na cidade de Krasny Liman, diziam “vocês serão todos destruídos! Não receberão mais nenhum aviso!!". Um outro panfleto, destinado à população civil, dizia que "os combatentes querem esconder-se atrás de vocês", avisando-os para abandonar a cidade.

Já são aos milhares os refugiados que, fugindo aos combates, se dirigem para a Rússia, ignorando o facto, largamente publicitado pelos média ocidentais, de que a culpa é toda da Rússia.

Face à recusa dos ucranianos em depor as armas, as forças de Kiev prontamente atacaram Krasny Liman e várias outras cidades, entre elas Kramatorsk. Há relatos de vítimas provocadas, sobretudo, por disparos de artilharia, a arma preferida por Kiev para punir os que não se lhe submetem.

Enquanto se processam estes acontecimentos, Anders Fogh Rassmussen, Secretário-Geral da NATO, acusou a Rússia de não só estar a concentrar forças junto à fronteira com a Ucrânia como ainda de estar por detrás dos grupos ambientalistas que contestam a extracção de gás natural através do processo de fractura de xisto…

Em reacção ao absurdo destas acusações, a Greenpeace (que dificilmente poderá ser acusada de conluio com Moscovo) respondeu que “The idea we’re puppets of Putin is so preposterous that you have to wonder what they’re smoking over at Nato HQ”.

Andrew Pendleton, membro dos Friends of the Earth, ironizou: “Perhaps the Russians are worried about our huge wind and solar potential and have infiltrated the UK government.”

Unknown disse...

Rapaz eu não obrigo você a ler nada lê se quiser assim como qualquer outro que participa deste site mas não sou obrigado amigo a colocar o que te agrada e nem sei o que te agrada se tem problemas com julio severo vá resolver com ele agora se todos os participantes do site tem aversão ao "pseudo-curandeiro de maleitas gay"este é só ignoralo hora,

Pippo disse...

"Leio os comentários aqui postados e começo a achar que muita gente se esqueceu como começou este festival todo. Então eu relembro: quando houve a possibilidade de assinar um acordo qualquer entre a Ucrânia e a União Europeia, A RÚSSIA AMEAÇOU. Resultado: não houve acordo, ucranianos não gostaram e manifestaram-se. O resto escuso de contar."

Miguel Lopes, se nos quer "recordar" coisas, fará melhor em contar a história verdadeira.

A Rússia não ameaçou de coisa nenhuma. O que ela fez foi por as coisas preto no branco, ou seja, se a Ucrânia ia assinar um acordo de exclusividade com a UE (porque era isso que se iria passar), a Rússia deixaria de apoiar a economia ucraniana. Ponto.

Portanto, a Ucrânia, que queria o melhor dos dois mundos, teve de escolher: ou uma associação à UE que lhe traria "algo", daqui a uns anos, mas não dinheiro, ou uma associação à Rússia, que lhe daria dinheiro e gás de imediato.

O Ianukovitch escolheu uma bóia de salvação em lugar de uma ilha "paradisíaca" ao longe; a malta que queria a "ilha" e/ou que é russófoba (e não me diga não não existem ou que são "uma minoria" pois foram eles, e não os outros, quem derrubou o presidente eleito), revoltada, fez o que fez.

E o resto já se conhece, ou deveria ser conhecido.


"Os separatistas não reconhecem o novo presidente? Problemas o deles! Ninguém os impediu de votar. Eles não só não votaram como também não deixaram ninguém votar. Eles abstiveram-se e obrigaram outros a fazer o mesmo."

O mesmo pode-se dizer do separatismo:
Parte da população quer que a sua terra deixe de ser parte da Ucrânia. Os habitantes do resto do país não o aceitam? Problemas o deles! Ninguém os impede de o aceitar. Não só eles não são das regiões em causa como não têm - nem podem ter! - voto na matéria. Mas como votaram num presidente, agora obrigam os outros a aceita-lo... através da violência.

Mas isto você deve achar democrático.

g_afim disse...

Cara o Jonathan:
Eu não o proíbo de publicar o que quer que seja, aliás nem tenho poder para isso. Apenas lhe estou a dizer que as suas fontes não são muito confiáveis. Volta e meia aprece um doido qualquer a fazer propaganda do blog a esse senhor no espaço de comentários do DN e eu, por curiosidade, visitei o blog. Digamos que fiquei impressionado com a quantidade de disparates...

Caro Pippo
Talvez Putin tenha sido subtil (mas lembro-me na altura ter ouvido a palavra ameaça) mas mesmo assim, aconteceu o que aconteceu. Ao Putin não lhe interessava perder o controlo da Ucrânia (e depois os EUA é que são imperialistas).
Quando diz "a malta que queria a "ilha" e/ou que é russófoba (e não me diga não não existem ou que são "uma minoria" pois foram eles, e não os outros, quem derrubou o presidente eleito), revoltada, fez o que fez" está a falar de quem? De toda a gente que esteve nos protestos da praça Maidan e que vieram de vários pontos do país para dizerem também têm uma palavra dizer e que não querem mais corrupção? É que diz bem que o presidente derrubado foi eleito. Pois foi. Se os ucranianos fossem todos russófobos ele não teria sido eleito.

"Parte da população quer que a sua terra deixe de ser parte da Ucrânia. Os habitantes do resto do país não o aceitam? Problemas o deles! Ninguém os impede de o aceitar. Não só eles não são das regiões em causa como não têm - nem podem ter! - voto na matéria. Mas como votaram num presidente, agora obrigam os outros a aceita-lo... através da violência"
Continuo a dizer, não votaram porque não quiseram. Tinham vários candidatos à escolha (não é como a tão sonhada Rússia, em que têm Putin e a oposição é para turista ver). Os separatistas estavam à espera que as forças armadas russas entrassem em força na Ucrânia e reclamassem territórios como fez na Geórgia.
Na população há quem esteja a favor e quem esteja contra. E que diz bem é parte, não é toda.
Agora uma pergunta: quem começou com a violência nas zonas separatistas? As coisas não são feitas assim. Com invasões de edifícios públicos e com referendos feitos em cima do joelho. Os separatistas (muitos deles nem ucranianos russófonos são) não podem rasgar um país em bocados só porque não gostam do que se passa na capital.