Ramzan Kadirov, dirigente checheno
As
notícias transmitidas pelos militares russos visam demonstrar que a
sua intervenção na Síria será muito mais eficaz do que a da
coligação liderada pelos Estados Unidos. Alguns analistas já
concluíram que, em apenas um dia, a Rússia fez mais estragos ao
Estado Islâmico do que os Estados Unidos em um ano de
bombardeamentos.
Seja
como for, agora que a Força Aérea russa começou a bombardear na
Síria, em Moscovo já se começa a discutir quando é que as
operações militares irão terminar. Isto se a Rússia não se
aftolhar no pântano da guerra.
Alexei
Puchkov, dirigente do Comité da Duma Estatal da Rússia para
Relações Internacionais, deu o seguinte prognóstico: “Há sempre
o risco de , mas, em Moscovo fala-se de três ou quatro
meses”.
Porém,
mais tarde, este conhecido rosto da política externa russa
acrescentou ter sido mal interpretado e retirou o prognóstico quanto
à duração desta operação militar especial. Puchkov descartou
também a possibilidade da realização de uma operação militar
terrestre, mas prevê uma intensificação dos bombardeamentos
aéreos.
Claro
que esse prognóstico era demasiadamente optimista pois, a
confirmar-se, colocaria muitas perguntas: qual a capacidade militar
da Rússia, qual a solidez do regime sírio, o que andou a fazer a
coligação formada pelos EUA, etc.?
Essas
perguntas também deverão merecer resposta, mas quando as coisas se
tornarem mais claras.
No
entanto, há ainda previsões ainda mais favoráveis a Moscovo desde
que Putin dê ouvidos a Ramzan Kadirov, dirigente da Chechénia,
república muçulmana do Cáucaso russo.
Este
antigo assassino de soldados russos nas guerras da Chechénia, que
hoje diz ser o mais fiel dos guerreiros de Putin, revelou uma solução
milagrosa para a situação em torno da Síria, afirmando que os
jiadistas do Estado Islâmico fugirão imediatamente caso saibam que
irão ser enviados soldados chechenos para a região.
“Eu
não falo apenas por falar. Eu, enquanto muçulmano, checheno,
patriota da Rússia, declaro que, em 1999, quando a república foi
invadida por esses diabos que hoje existem, nós jurámos no Corão
que iríamos lutar contra eles [terroristas], estejam onde estiverem.
Não falo apenas por falar, peço que nos autorizem a partir para lá
e a participar nessas operações especiais”, declarou Kadirov a
uma rádio russa.
“Conhecemo-los,
nós aqui aniquilámo-los, combatemos contra eles. E eles
conhecem-nos”, acrescentou, frisando que os jihadistas ainda não
sabem o que é uma “guerra real”.
Segundo
ele, os militares chechenos estão prontos para os combates e o
número de voluntários não pára de aumentar.
E
conclui: “Se nos ouvirem, será uma festa para nós. Mas a decisão
pertence ao Comandante Supremo”.
E
Putin até pode dar ouvidos a este conselho e deixar partir
voluntários para a Síria. O Presidente russo disse que não
tencionava enviar tropas para o terreno, mas não prometeu fechar as
fronteiras aos restantes. A Guerra Civil em Espanha foi um dos
exemplos utilizados para justificar a presença de tantos
“voluntários russos” no Leste da Ucrânia. E na Síria?
P.S.
A propaganda russa deixou de falar da Ucrânia e virou todas as
“armas” para a Síria. O conflito no Leste da Ucrânia está a
ficar cada vez mais congelado.
6 comentários:
Segundo um exilado sírio com quem conversamos em Vitória, no Brasil, a entrada da Rússia nos combates ajuda pois se os bombardeios ocorreram em parceria com a inteligência do governo os alvos serão os corretos. Já os bombardeios da coalizão liderada pelos estadunidenses, atingem prioritariamente áreas civis onde habitam apoiadores do regime de Assad.
Ou a inteligência da coalização não é tão inteligente assim, ou... tem muitas más intenções para aquele país!
Getúlio.
Olha, ninguém em sã consciência é a favor de guerra, mas acho que já está na hora dessa Terceira Guerra Mundial começar. Melhor resolver logo, já que o Ocidente quer tanto a guerra. E tomara que sobre uma bombinha atômica para você aí em Portugal, bem na sua casa. Afinal, Portugal faz parte da NATO e vc, que insuflou tanto a Guerra, tem que ter sua parte da festa, não?
aparentemente, a propaganda Russa também funciona bem na Europa (pelo menos em portugal), já que o assunto Ucrania também desapareceu dos (tele)jornais há bastante tempo.
Eu fico satisfeito quando um conflito fica "congelado", mas compreendo a sua opinião contrária. Espero que a pacificação na Ucrânia não lhe traga menos rendimentos - como jornalista, claro.
Vai lá, palhaço! entre no coro dos jornalistas comprados, conclame todos para a Terceira Guerra Mundial! vamos lá, matar e morrer para defender seus terroristas na Síria
Palhaço!
Entretanto, o comunismo está afanosamente a preparar-se para governar Portugal e parece que vai ter êxito. O que é que o caro José Milhazes diz a isto?
Enviar um comentário