sexta-feira, novembro 06, 2015

Atentado terrorista na origem da queda do avião russo

Segundo informações provenientes de fontes oficiais russas muito bem colocadas, o avião Airbus 321 da companhia aérea Kogolymavia, que transportava mais de 200 passageiro,foi derrubado devido à explosão de uma bomba colocada no porão das bagagens do aparelho. 
A carga explosiva, equivalente a 1,5 kg de trotil, teria partido o aparelho em duas partes, cujos fragmentos caíram no Deserto do Sinal.
Este atentado terrorista, segundo as mesmas fontes, foi organizado e realizado pela Irmandade Muçulmana do Egipto, organização islamista que já governou esse país, mas hoje actua na clandestinidade.
Por enquanto, o Kremlin ainda não reconheceu a versão do "atentado terrorista", pois está a preparar uma posição forte e dura face a esta operação que matou mais de 200 pessoas, entre elas havia cerca de 20 pessoas. 
Esta versão é reforçada pelo facto de o Conselho de Segurança da Rússia ter hoje ordenado a suspensão de todas as ligações aéreas com o Egipto e a Aeroflot, a maior companhia aérea russa, ter sido autorizada a voar para o Cairo, mas sem passageiros a bordo do aparelhos que deverão ser utilizados para retirar os milhares de russos que se encontram no Egipto. 
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse ainda que o Presidente russo tinha dado instruções para que fosse assegurado o regresso de todos os russos que estão no Egito e que para tal terá de haver cooperação com as autoridades egípcias para assegurar a segurança do espaço aéreo.
As agências de turismo suspenderam todas as vendas de férias para o Egipto.
A julgar pela reacção russa a tragédias semelhantes provocadas pela guerrilha separatista tchetchena, que derrubou vários aviões civis russos nos anos de 1990 e 2000, o Kremlin deverá aumentar o envio de aviões militares para a Síria e os ataques contra os extremistas do Estado Islâmico.
Esta catástrofe será também utilizada para mostrar à opinião pública russa e mundial a necessidade urgente da criação de uma coligação internacional de combate ao terrorismo no Médio Oriente.
Por outro lado, a morte de mais de 200 civis russos mostra que poderá ser muito alto o preço que a Rússia terá de pagar pela intervenção militar na Síria. Os terroristas, que muitos esperavam que lançassem a sua resposta a alvos militares russos, atacaram um ponto mais fraco: a aviação civil. A partir de agora, os aviões civis russos poderão não mais se sentir seguros nos países islâmicos e muçulmanos. O sistema falhou no Egipto e poderá faltar noutros países, cujas populações não simpatizam com a operação do Kremlin na Síria.
Quanto ao Egipto, isto é um rude golpe na indústria hoteleira e de turismo, cujos rendimentos constituíam grande parte do Produto Interno Bruto egípcio.

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