Mais um crime racista na Rússia

Nos últimos tempos, a cidade de São Petersburgo, capital do Norte da Rússia, tem estado no centro das atenções não só porque será o palco da cimeira dos oito mais ricos países do planeta, que se irá realizar no próximo mês de Julho, mas também pela frequência com que aí ocorrem ataques de cariz racista.

Hoje, um cidadão da Federação da Rússia de origem uzbeque, 46 anos, foi encontrado morto no seu automóvel, apresentando sinais de ter sido fortemente agredido na cabeça e esfaqueado.

"Presentemente, tentamos determinar os motivos do crime, não excluindo a possibilidade de ter sido realizado por motivos extremistas, porque no automóvel foram encontradas inscrições que nos permitem concluir isso" - declarou Serguei Romaniuk, funcionário do Ministério Público de São Petersburgo, acrescentando que "não se exclui a versão de assalto, porque do carro foi roubado o rádio".

Uma fonte da polícia disse à agência russa Interfax que no carro da vítima estavam desenhadas as palavras "Nós venceremos" e uma cruz suástica, símbolo do nazismo.

Entretanto, em Moscovo, Galina Kojevnikova, dirigente da organização de defesa dos direitos humanos, denunciou a realização de uma manifestação fascista no metropolitano da capital russa. Segundo testemunhas citadas por ela, um grupo de 30 a 80 jovens passeou-se entre duas estações centrais do metropolitano de Moscovo, gritando: "A Rússia é para os russos!".

A polícia moscovita diz não ter rebido nenhum aviso, nem queixa dos passageiros do metropolitano.