Portugal e Estónia são membros da União Europeia, mas portugueses e estónios pouco se conhecem. Para contrariar esta situação, estão a decorrer as jornadas da cultura portuguesa na Estónia, que abriram dia 7, com a inauguração da exposição Arte do Azulejo em Portugal, no edifício da Biblioteca Nacional de Talin, a capital do país báltico.
No dia 8, realizou-se um concerto do pianista Filipe Pinto-Ribeiro na Igreja de São Nicolau, templo do séc. XIV onde está instalado o melhor museu de arte antiga da Estónia. Os bancos do templo estavam cheios de ouvintes curiosos - Filipe Pinto-Ribeiro interpretou obras de Carlos Seixas, Bach, Vivaldi, Schostakovitch e do compositor estónio contemporâneo Arvo Pärt. Para o êxito do concerto contribuíram o ambiente envolvente (obras-primas da arte sacra estónia) e a acústica do templo.
No dia de Portugal, 10 de Junho, Pinto-Ribeiro deu um concerto em Palmse, quinta senhorial (na foto)transformada em museu a 100 quilómetros de Talin. O ambiente bucólico e romântico do local levaram a alterações do programa: Filipe tocou Mozart, Mussorgski, Glück e Pärt.
Um restaurante local ofereceu aos clientes vinhos e pratos portugueses, ou melhor, o que os cozinheiros estónios conseguiram fazer com os produtos locais. Os exportadores portugueses aproveitaram a ocasião para lançar produtos como o vinho, o azeite e o café de Portugal, bem como para atrair turistas estónios com as praias, o sol e a riqueza histórica.
Resta continuar o trabalho de divulgação de Portugal na Estónia, porque até agora quase nada se fez. Só em finais de 2005 Portugal abriu a sua representação diplomática na capital estónia. Os portugueses conhecem apenas o escritor estónio Jaan Kross, autor de O Louco do Czar; os estónios têm acesso a algumas poucas obras de Eça de Queirós, Fernando Pessoa e Fernando Namora.
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