Maniche e Ivanov – heróis com sinal contrário do Portugal – Holanda

A selecção russa de futebol não está presente no Campeonato do Mundo na Alemanha, mas a febre do “desporto rei” também chegou a estas bandas, tanto mais que alguns dos personagens centrais do acontecimento estão, de um modo ou de outro, ligados ao futebol russo.
Os comentadores desportistas e os amantes russos do futebol estão completamente surpreendidos com o jogo e, principalmente, com os golos de Maniche, jogador português que, por enquanto, ainda parece pertencer ao Dínamo de Moscovo.
Boris Bogdanov, enviado especial do diário Sport Express à Alemanha, interroga-se: “Será que aquele é o mesmo Maniche que vimos jogar no ano passado no Dínamo de Moscovo?”.
Iúri Moslatchenko, comentador desportivo do canal público de televisão ORT, lembrou que Maniche era “aquele jogador português que tinha passado pela Rússia e disse não gostar do país”, acrescentado que “trata-se de uma questão de gostos!”. Mas também ele acabou por render-se à exibição do médio luso.
Antes de passarmos para o trabalho do árbitro russo, Valentin Ivanov, é necessário assinalar que os russos [e isto deve ser comum a muitos povos] não gostam de criticar os seus compatriotas quando estão a trabalhar fora do país, mas, desta vez, Ivanov ultrapassou todas as barreiras.
“No segundo tempo, o jogo começou a tornar-se mais atraente, mas Valentin Ivanov começou a pretender descaradamente ao principal papel na partida, começando a sacar do bolso, com e sem motivo, cartões amarelos e vermelhos. Por vezes, olhando da bancada, parecia que o enviado da arbitragem russa simplesmente queria entrar na história do futebol como o árbitro com mais princípios! É ridículo, mas foi mesmo assim! Ivanov mostrou – imaginem só! – 16 cartões amarelos e 4 vermelhos! Talvez seja o recorde de todos os tempos e povos!” – exclama o diário electrónico newsru.com.
“Quase que lhe acabavam os cartões amarelos!” – comenta o utro.ru, recordando que o árbitro russo, no jogo entre a Suíça e França, já tivera abusado da “mostarda”, como são conhecidos na Rússia os cartões amarelos.