Ucrânia forneceu mísseis ao Irão e China

Serguei Ivanov, ministro da Defesa da Rússia, afirma que o seu país tem dados para afirmar que, há alguns anos atrás, uma empresa ucraniana forneceu 12 mísseis de cruzeiro de longo alcance. "A empresa ucraniana "Progress" forneceu, em 2000 e 2001, seis mísseis de cruzeiro X-55 à China e mais seis mísseis de cruzeiro ao Irão" - declarou Ivanov, acrescentando que se trata de "uma violação groseiríssima do regime de controlo de tecnologias de mísseis, em que a Ucrânia também participa".

Os mísseis X-55, também conhecidos por AS-15, foram produzidos na União Soviética e são capazes de portar armas nucleares e atingir alvos até 3.000 quilómetros. Potencialmente, esses mísseis poderão atingir os territórios do Japão e de Israel.

Victor Iuschenko, actual Presidente da Ucrânia, confirmou o facto da venda dos mísseis, mas salientou que isso ocorreu na época do seu antecessor Leonid Kutchma.

Em 2004, as autoridades policiais checas detiveram o homem de negócios russo Oleg Orlov, acusado de ter vendido mísseis X-55 à China, e entregaram-no à Ucrânia, onde se encontra na prisão à espera de julgamento. Dois dos seus sócios, o australiano Haider Sarfraz e o ucraniano Valeri Malev, morreram em acidentes de viação. O terceiro, o ucraniano Vladimir Evdokimov foi condenado a seis anos de prisão por um tribunal de Kiev.