domingo, julho 02, 2006

Serial killers soviéticos -1

Desde que o ex-cabo da GNR de Santa Comba Dão foi detido por suspeitas de ter assassinado três jovens, a expressão serial killer entrou no vocabulário nacional, embora em Portugal não haja registo de muitos assassinos em série. Os mais célebres actuaram sobretudo nos Estados Unidos e na antiga União Soviética.
Aqui apresentamos três textos publicados hoje no Público sobre o tema.
O maníaco de Vitebski
Guennadi Mikhassevitch matou, entre 1971 e 1984, 36 mulheres, doze das quais num ano. Normalmente, apanhava as vítimas na berma das estradas e estrangulava-as com cachecóis ou molhos de erva entrançados. Mikhassevitch parecia levar uma vida normal de pai de família: trabalhava numa oficina de reparações e até fazia parte da "mílicia popular", organização de pessoas que se ofereciam voluntariamente para ajudar a polícia. Enquanto o assassino matava uma mulher atrás de outra, a polícia soviética obrigou, recorrendo a torturas e espancamentos, 14 pessoas a reconhecerem a autoria de crimes que não cometeram: uma foi fuzilada, outra suicidou-se e uma terceira passou dez anos na prisão. Quando Mikhassevitch sentiu que a polícia estava próxima de descobrir o verdadeiro autor do crime, dirigiu às autoridades uma carta anónima onde afirmava que as mulheres eram mortas pelos maridos por infidelidade. E foi através da caligrafia que o criminoso foi descoberto. Os médicos explicaram tal agressividade com o "complexo de inferioridade sexual" e o tribunal condenou-o à morte.

Sem comentários: