A Internet é, sem dúvida, uma das maiores invenções do género humano, embora ajude a montar autênticas armadilhas aos ingénuos, aos descuidados ou simplesmente àqueles que “perdem a cabeça por umas saias”.
Nos últimos tempos, é cada vez maior o número de homens portugueses (e não só) que caiem em verdadeiras “estórias da Carochinha”, encenadas por elementos criminosos do Leste da Europa. Falamos desta região do mundo, porque é a que melhor conhecemos, mas casos semelhantes devem acontecer noutras paragens.
Homens portugueses, das mais variadas idades, embora mais frequentemente em idade já madura, procuram as mulheres do seu sonho através da Internet. E propostas de jovens bonitas, loiras, com o mais “sincero” sorriso nos lábios não faltam.
Começa a correspondência por via electrónica, o envio de fotos, conversas por “messenger” ou “skype”, e tudo acaba na marcação de um encontro numa cidade longínqua da Ucrânia, Rússia, etc.
O macho latino, neste caso um português com mais de 50 anos, abandona mulher e filhos, consegue um visto de entrada na Rússia (ou noutro país da antiga União Soviética) – documento que não é nada barato -, compra um bilhete de avião e parte à procura da felicidade na longínqua Sibéria ou na Crimeia. No fim de contas, espera-o uma jovem com idade entre 18 e 20 anos, que lhe disse que nunca conhecera ninguém assim e, por isso, deu-lhe o cognome de “ meu príncipe”.
Não era o “velho do Restelo”, figura criada pelo imortal Camões, que dizia aos portugueses para procurarem perto de casa aquilo que pretendiam encontrar na distante Índia?
Mas este português está completamente cativado pelas formas esbeltas, cabelos “cor da seara dourada” e pernas compridas da beldade eslava que lhe diz: “vem!”.
E ele vai, aterra numa cidade situada no fim do mundo e corre para a sala de saída do aeroporto, onde foi marcado o encontro tão esperado.
E, oh tão desagradável e cruel surpresa!, a princesa lá está à espera, mas acompanhada de dois “gorilas” que não têm ar de quem vem saudar o “cavaleiro andante português”, mas simplesmente extorquir-lhe o muito ou o pouco dinheiro que traz nos bolsos, esteja ele em forma de notas, cheques ou cartões de crédito.
Alguns conseguem escapar à armadilha, outros tentam resistir, e pagam pela ousadia, e terceiros simplesmente dão o que têm para salvar a pele.
Depois, toca a telefonar para as embaixadas de Portugal nesses países, que, às vezes, ficam a milhares de quilómetros do local da desgraça, a fim de pedir que os repatriem. Para isso, é necessário substituir os passaportes roubados ou destruídos pelo “séquito da Dulcineia”. Enfim, grandes dores de cabeças para todos.
P.S. Esta postagem baseia-se em numerosos factos reais e um deles está a ocorrer actualmente.
1 comentário:
Como dizia a publicidade: "O que é Nacional é bom".
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