“A explosão na escola foi provocada pelos serviços secretos, eles dispararam de lança-granadas. Essa ordem só podia ter sido dada por um homem: o Presidente Vladimir Putin” – declarou Ivanov, que fez parte da comissão parlamentar que investigou a crise de reféns em Beslan.
Segundo o deputado comunista, foi precisamente o disparo de lança-granadas que provocou o caos, fazendo com que a libertação dos mais de mil alunos e professores reféns terminasse na morte de 334 pessoas, a maioria das quais crianças.
Iuri Ivanov não é o único membro da comissão que discorda das conclusões tiradas por ela, que culpa os terroristas tchetchenos de terem provocado a primeira explosão e justifica as acções das tropas especiais russas durante a libertação dos reféns. O deputado Iúri Saveliev realizou uma investigação independente que diverge da versão oficial.
Ivanov considera que o Kremlin não queria permitir que o dirigente dos separatistas tchetchenos, Aslan Maskhadov (assassinado em 2005), iniciasse conversações com os terroristas, receando que ele conseguisse convencê-los a render-se. Neste caso, o prestígio de Putin ficaria fortemente abalado e, por isso, recusou-se a estabelecer conversações com os terroristas e declarou que o Governo não negoceia com eles.
Dmitri Peskov, representante do Kremlin, recusou a comentar as palavras do deputado comunista, acrescentando que as conclusões da comissão parlamentar são “sérias” e “desapaixonadas”.
Sem comentários:
Enviar um comentário