O Presidente da Ucrânia, Victor Iuschenko, não planeia adiar a data das eleições parlamentares antecipadas, marcadas para 27 de Maio, anunciou Igor Pukchin, vice-chefe do seu Secretariado.
“Quero declarar oficialmente que semelhante projeco não está e não pode estar a ser preparado. Visto que o artigo na Constituição reza claramente que as eleições antecipadas devem realizar-se num prazo de 60 dias” – declarou Pukchin ao comentar as numerosas informações da imprensa sobre a possibilidade de Victor Iuschenko vir a adiar o escrutínio para Outubro.
Pukchnin acrescentou que não vê vias legais para alterar a data das eleições.
O secretário do Conselho de Segurança da Ucrânia, Vitali Gaikuk (político próximo do Presidente Iuschenko), tem uma posição mais flexível: “outros mecanismos podem aparecer como resultado de um acordo político de todas as forças, se elas aceitarem participar nas eleições”.
“Neste caso, o Presidente não exclui que pode ser suspenso o seu decreto. Não anulado, mas suspenso” – sublinhou Gaiduk.
Victor Ianukovitch, Primeiro-ministro e adversário de Iuschenko, voltou, durante um comício na Praça da Independência, a apresentar uma das principais reivindicações da oposição: a realização de eleições parlamentares e presidenciais simultâneas.
“Se se realizarem eleições na Ucrânia, elas devem ser simultaneamente e parlmentares e presidenciais. As eleições devem ser realizadas no quadro da lei. A Constituição é a lei para nós” – declarou ele, e acrescentou: “Propusemos ao Presidente a via para sair da crise, apresentámos um pacote de propostas e, agora, estamos à espera de resposta. Ainda há tempo, ainda nos podemos sentar à mesa das conversações, ainda temos essa possibilidade”.
Victor Ianukovitch considerou também que as novas eleições não trarão melhores resultados para o Presidente e as forças que o apoiam.
“Esta equipa (de Iuschenko) só é capaz de intrigas, que fizeram em 2005-2006. Penso que ela não é capaz de construir a economia na Ucrânia e convencemo-nos disso em Março de 2006, quando vós desteis a vossa opinião nas urnas eleitorais” – sublinhou Ianukovitch perante uma multidão de cerca de 50 mil manifestantes.
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