Mais de três milhões de eleitores georgianos irão eleger no sábado o Presidente do seu país entre sete candidatos. As sondagens prevêem a reeleição do actual dirigente Mikhail Saakachvili (na foto) e a oposição promete desde já contestar os resultados.
Simultaneamente, os eleitores deverão manifestar-se a favor ou contra a adesão do seu país à Aliança Atlântica.
O escrutínio foi convocado pelo Presidente Saakachvili depois dos graves incidentes ocorridos em Tbilissi, capital da Geórigia, no início de Novembro passado, quando a polícia recorreu à força para dispersar manifestações da oposição, provocando dezenas de feridos.
Os adversários de Saakachvili exigiam a realização das eleições parlamentares nos prazos previstos na lei: Primavera de 2008, e não no Outono como pretende o dirigente georgiano, a revisão da legislação eleitoral e a libertação de todos os presos políticos.
O Presidente georgiano impôs o estado de emergência, convocou eleições presidenciais antecipadas e um referendo sobre a adesão do país à NATO, objectivo que goza do apoio da maioria do eleitorado.
Sondagens realizadas pelo Instituto Nacional BCG dão uma vitória à primeira volta a Mikhail Saakachvili com 61,1 por cento dos votos. Levan Gatchetchiladzé, candidato apoiado por vários partidos da oposição, poderá conseguir 5,2 por cento; o magnata georgiano de origem judaica, Badri Patarkatzichvili, obterá 2,9 por cento e Chalva Natelachvili conquistará 1 por cento.
Quanto aos restantes três candidatos: David Gamkrelidzé, Guia Maisachvili e Irina Sarichvili, nenhum deles deverá chegar ao 1 por cento dos votos.
O facto da oposição, que organizou grandes manifestações de rua em Tbilissi no início do mês de Novembro passado, se apresentar extremamente dividida no escrutínio facilitará a vitória de Saakachvili à primeira volta.
Eduard Chevarnadzé, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da União Soviética e Presidente da Geórgia, diz saber qual o nome do futuro dirigente do país, mas recusa-se a revelá-lo.
“Na realidade, ao cargo de Presidente pretendem dois ou três candidatos: Mikhail Saakachvili, Levan Gatchetchiladzé e David Gamkrelidzé, e Chalva Natelachvili também tem algumas possibilidades. Eu ainda não decidi em quem votar, mas o meu eleito será o futuro Presidente da Geórgia” – declarou Chevarnadzé.
Segundo ele, existe algum perigo de falsificação do resultado do escrutínio, mas sublinhou que “hoje, na situação actual, é impossível tornar-se Presidente com a ajuda de falsificações”.
O acto eleitoral contará com a presença de mais de 800 observadores estrangeiros e cerca de 500 das organizações não governamentais locais.
A campanha eleitoral, segundo os observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa, ficou marcada por algumas irregularidades. Por exemplo, “os órgãos de informação pública deram a Saakachvili 41 por cento do tempo dedicado à campanha eleitoral, sendo 99 por cento das reportagens e artigos favoráveis ou neutras em relação a ele”.
David Gamkrelidzé teve 17 por cento, Levan Gatchetchiladzé – 16 e Chalva Natelachvili – 13.
Além disso, os observadores denunciaram a distribuição por parte de Saakachvili de cheques entre os reformados e as famílias mais pobres para pagamento de electricidade, gás e medicamentos.
O magnata Badri Patarlkatsichvili é ainda mais farto, mas em promessas, caso seja eleito.
“A partir de Janeiro de 2008 e durante 18 meses, estou pronto a dar do meu bolso a cada desempregado 50 laris (25 euros) por mês, a pagar mensalmente 100 quilovates, o equivalente em gás natural e água a cada família. Estou pronto a comprar todas as colheitas de citrinos e uvas na Geórgia em 2008” – anunciou o oligarca, que se encontra refugiado em Londres.
Além disso, promete aumentar o salário mínimo para 300 laris (150 euros) e a reforma mínima para 120 laris (40 euros).
No que respeita ao referendo sobre a adesão à NATO, as sondagens apontam para uma grande vitória do “sim” com 84,2 por cento, recebendo o “não” apenas 9,5 por cento.
A Geórgia, situada na região da Transcaucásia, limita a norte e a leste com a Rússia, a leste e a sul com o Azerbaijão, a sul com a Arménia e a Turquia e a oeste com o Mar Negro.
Com poucos recursos naturais, muita corrupção e instabilidade política, a Geórgia constitui um dos Estados mais pobres saídos da antiga União Soviética.
Habitado por cerca de cinco milhões e meio de habitantes, este país é dilacerado pelo separatismo. Os dirigentes de duas regiões separatistas: Ossétia do Sul e Abkházia, apoiados por Moscovo, recusam-se a sentar-se à mesa das conversações com vista à reunificação da Geórgia.
As autoridades georgianas, e nomeadamente Mikhail Saakachvili, receiam que a proclamação unilateral da independência do Kosovo poderá ser um exemplo a seguir pelos separatistas no seu país.
Simultaneamente, os eleitores deverão manifestar-se a favor ou contra a adesão do seu país à Aliança Atlântica.
O escrutínio foi convocado pelo Presidente Saakachvili depois dos graves incidentes ocorridos em Tbilissi, capital da Geórigia, no início de Novembro passado, quando a polícia recorreu à força para dispersar manifestações da oposição, provocando dezenas de feridos.
Os adversários de Saakachvili exigiam a realização das eleições parlamentares nos prazos previstos na lei: Primavera de 2008, e não no Outono como pretende o dirigente georgiano, a revisão da legislação eleitoral e a libertação de todos os presos políticos.
O Presidente georgiano impôs o estado de emergência, convocou eleições presidenciais antecipadas e um referendo sobre a adesão do país à NATO, objectivo que goza do apoio da maioria do eleitorado.
Sondagens realizadas pelo Instituto Nacional BCG dão uma vitória à primeira volta a Mikhail Saakachvili com 61,1 por cento dos votos. Levan Gatchetchiladzé, candidato apoiado por vários partidos da oposição, poderá conseguir 5,2 por cento; o magnata georgiano de origem judaica, Badri Patarkatzichvili, obterá 2,9 por cento e Chalva Natelachvili conquistará 1 por cento.
Quanto aos restantes três candidatos: David Gamkrelidzé, Guia Maisachvili e Irina Sarichvili, nenhum deles deverá chegar ao 1 por cento dos votos.
O facto da oposição, que organizou grandes manifestações de rua em Tbilissi no início do mês de Novembro passado, se apresentar extremamente dividida no escrutínio facilitará a vitória de Saakachvili à primeira volta.
Eduard Chevarnadzé, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da União Soviética e Presidente da Geórgia, diz saber qual o nome do futuro dirigente do país, mas recusa-se a revelá-lo.
“Na realidade, ao cargo de Presidente pretendem dois ou três candidatos: Mikhail Saakachvili, Levan Gatchetchiladzé e David Gamkrelidzé, e Chalva Natelachvili também tem algumas possibilidades. Eu ainda não decidi em quem votar, mas o meu eleito será o futuro Presidente da Geórgia” – declarou Chevarnadzé.
Segundo ele, existe algum perigo de falsificação do resultado do escrutínio, mas sublinhou que “hoje, na situação actual, é impossível tornar-se Presidente com a ajuda de falsificações”.
O acto eleitoral contará com a presença de mais de 800 observadores estrangeiros e cerca de 500 das organizações não governamentais locais.
A campanha eleitoral, segundo os observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa, ficou marcada por algumas irregularidades. Por exemplo, “os órgãos de informação pública deram a Saakachvili 41 por cento do tempo dedicado à campanha eleitoral, sendo 99 por cento das reportagens e artigos favoráveis ou neutras em relação a ele”.
David Gamkrelidzé teve 17 por cento, Levan Gatchetchiladzé – 16 e Chalva Natelachvili – 13.
Além disso, os observadores denunciaram a distribuição por parte de Saakachvili de cheques entre os reformados e as famílias mais pobres para pagamento de electricidade, gás e medicamentos.
O magnata Badri Patarlkatsichvili é ainda mais farto, mas em promessas, caso seja eleito.
“A partir de Janeiro de 2008 e durante 18 meses, estou pronto a dar do meu bolso a cada desempregado 50 laris (25 euros) por mês, a pagar mensalmente 100 quilovates, o equivalente em gás natural e água a cada família. Estou pronto a comprar todas as colheitas de citrinos e uvas na Geórgia em 2008” – anunciou o oligarca, que se encontra refugiado em Londres.
Além disso, promete aumentar o salário mínimo para 300 laris (150 euros) e a reforma mínima para 120 laris (40 euros).
No que respeita ao referendo sobre a adesão à NATO, as sondagens apontam para uma grande vitória do “sim” com 84,2 por cento, recebendo o “não” apenas 9,5 por cento.
A Geórgia, situada na região da Transcaucásia, limita a norte e a leste com a Rússia, a leste e a sul com o Azerbaijão, a sul com a Arménia e a Turquia e a oeste com o Mar Negro.
Com poucos recursos naturais, muita corrupção e instabilidade política, a Geórgia constitui um dos Estados mais pobres saídos da antiga União Soviética.
Habitado por cerca de cinco milhões e meio de habitantes, este país é dilacerado pelo separatismo. Os dirigentes de duas regiões separatistas: Ossétia do Sul e Abkházia, apoiados por Moscovo, recusam-se a sentar-se à mesa das conversações com vista à reunificação da Geórgia.
As autoridades georgianas, e nomeadamente Mikhail Saakachvili, receiam que a proclamação unilateral da independência do Kosovo poderá ser um exemplo a seguir pelos separatistas no seu país.
1 comentário:
Estimado José Milhazes
Quero desejar-lhe um óptimo 2008, e com tudo de bom que nos habituou em 2007.
Forte abraço, do seu leitor assíduo
Francisco P.
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