As autoridades policiais da região russa de Kostroma aconselharam os sacerdotes ortodoxos a adquirirem armas de fogo a fim de travar a onda de assaltos de templos, informa a imprensa russa de hoje.
Um dos últimos assaltos a templos ortodoxos ocorreu no passado mês de Novembro na aldeia de Borok, tendo os larápios furtado oito ícones no valor de cerca de 57 mil euros. Nos últimos três anos, o templo do Nascimento de Cristo foi assaltado quatro vezes.
A polícia de Kostroma procura três mil ícones roubados dos templos locais, com um valor de cerca de 80 mil euros. No ano passado, nessa região foram registados 49 casos de roubo de objectos de culto ortodoxo.
“Para travar a onda crescente de assaltos aos templos, as autoridades policiais propõem montar em todos os templos sinalização e câmaras de vigilância” – escreve o diário Novie Izvestia. Além disso, a polícia apela aos sacerdotes que cuidem da sua segurança pessoal.
“Apelamos aos sacerdotes que adquirem à sua custa meios de defesa, incluindo armas de fogo” – declarou Larissa Barssukova, vice-chefe da polícia de Kostroma.
Esta proposta não foi recebida por unanimidade pelo clero ortodoxo.
O pároco do templo do Nascimento de Cristo, padre Feraponte, apoia a ideia, porque, segundo ele, “não se pode confiar muito na polícia”.
“A história do cristianismo conhece muitos casos em que os monges defenderam os seus rebanhos com armas na mão” – considerou ele.
Vladimir Viguilianski, porta-voz do Patriarcado de Moscovo, declarou que “o padre não tem direito a porte de arma, e muito menos a empregá-la, isso contradiz os cânones da Igreja”.
Porém, Viguilanski acrescenta que esse direito pode ser concedido às pessoas que guardam os templos, sublinhando que “se os guardas tiverem meios de defesa, isso poderá travar os ladrões”.
“É uma boa ideia. Ao contrário dos padres ortodoxos, os rabinos podem pegar em armas, por isso peço, com satisfação, uma metralhadora” – afirma Zinovii Kogan, presidente do Congresso das Comunidades e Organizações Religiosas Judaicas da Rússia.
Nafigulla Achirov, co-presidente do Conselho de Muftias da Rússia, discorda dessa posição, sublinhando que “desse modo, a polícia quer livrar-se da responsabilidade pela segurança da ordem social”.
A onda crescente de assaltos aos templos ortodoxos prende-se com o facto de a procura de ícones no mercado interno e externo de antiguidades ter aumentado bruscamente nos últimos anos.
“Normalmente, os ladrões interessam-se mais pelos ícones pequenos, até 50 centímetros de altura, que são de fácil transporte para o estrangeiro. Por isso, os ícones grandes do altar continuam nos seus lugares nas igrejas rurais” – declarou ao diário Novie Izvestia um hierarca da Igreja Ortodoxa Russa.
Um dos últimos assaltos a templos ortodoxos ocorreu no passado mês de Novembro na aldeia de Borok, tendo os larápios furtado oito ícones no valor de cerca de 57 mil euros. Nos últimos três anos, o templo do Nascimento de Cristo foi assaltado quatro vezes.
A polícia de Kostroma procura três mil ícones roubados dos templos locais, com um valor de cerca de 80 mil euros. No ano passado, nessa região foram registados 49 casos de roubo de objectos de culto ortodoxo.
“Para travar a onda crescente de assaltos aos templos, as autoridades policiais propõem montar em todos os templos sinalização e câmaras de vigilância” – escreve o diário Novie Izvestia. Além disso, a polícia apela aos sacerdotes que cuidem da sua segurança pessoal.
“Apelamos aos sacerdotes que adquirem à sua custa meios de defesa, incluindo armas de fogo” – declarou Larissa Barssukova, vice-chefe da polícia de Kostroma.
Esta proposta não foi recebida por unanimidade pelo clero ortodoxo.
O pároco do templo do Nascimento de Cristo, padre Feraponte, apoia a ideia, porque, segundo ele, “não se pode confiar muito na polícia”.
“A história do cristianismo conhece muitos casos em que os monges defenderam os seus rebanhos com armas na mão” – considerou ele.
Vladimir Viguilianski, porta-voz do Patriarcado de Moscovo, declarou que “o padre não tem direito a porte de arma, e muito menos a empregá-la, isso contradiz os cânones da Igreja”.
Porém, Viguilanski acrescenta que esse direito pode ser concedido às pessoas que guardam os templos, sublinhando que “se os guardas tiverem meios de defesa, isso poderá travar os ladrões”.
“É uma boa ideia. Ao contrário dos padres ortodoxos, os rabinos podem pegar em armas, por isso peço, com satisfação, uma metralhadora” – afirma Zinovii Kogan, presidente do Congresso das Comunidades e Organizações Religiosas Judaicas da Rússia.
Nafigulla Achirov, co-presidente do Conselho de Muftias da Rússia, discorda dessa posição, sublinhando que “desse modo, a polícia quer livrar-se da responsabilidade pela segurança da ordem social”.
A onda crescente de assaltos aos templos ortodoxos prende-se com o facto de a procura de ícones no mercado interno e externo de antiguidades ter aumentado bruscamente nos últimos anos.
“Normalmente, os ladrões interessam-se mais pelos ícones pequenos, até 50 centímetros de altura, que são de fácil transporte para o estrangeiro. Por isso, os ícones grandes do altar continuam nos seus lugares nas igrejas rurais” – declarou ao diário Novie Izvestia um hierarca da Igreja Ortodoxa Russa.
1 comentário:
Que bela catedral! Mas confesso que sinto falta daquela piscina a céu aberto onde dei vigorosas braçadas nos tempos da gloriosa pátria-mãe soviética... (que o Cristo Redentor me perdoe!)
Enviar um comentário