O presidente da Tchetchénia, Ramzan Kadirov, mostrou-se convencido que a afluência às urnas para a eleição de um novo parlamento regional, que decorre hoje, será de cem por cento ou mais.
“Estou convencido que os cidadãos da Tchetchénia cumprirão o seu dever cívico e irão hoje às urnas, tal como em anos anteriores, porque o povo tchetcheno sabe o valor da paz e da estabilidade. A influência não será inferior a cem por cento, mas poderá ser maior”, declarou Kadirov depois de ter votado na vila de Tzentaroi, sua terra natal.
Segundo o presidente, a eleição do Parlamento irá contribuir para a solução dos problemas urgentes que existem na república, um dos quais é o elevado número de desempregados.
“As eleições de hoje contribuirão para a solução desse e de outros problemas, porque todos os candidatos são patriotas da sua república e do seu país”, concluiu.
A Comissão Eleitoral Central da Tchetchénia, república russa do Cáucaso do Norte, veio dar razão a Kadirov.
“Posso supor que o presidente da Tchetchénia tem em vista uma situação em que as listas de eleitores irão aumentar até ao fim do escrutínio por umas ou outras razões”, explicou Igor Borisso, presidente dessa comissão.
O anterior Parlamento, que tinha duas câmaras e era constituído por 58 deputados, foi eleito em 2005 e dissolvido antecipadamente a fim de permitir a formação de uma nova Assembleia Legislativa com uma câmara e 41 deputados.
Das duas uma, ou os cadernos eleitorais são de elástico e pode votar quem estiver na Tchetchénia hoje, ou a guerrilha separatista saiu das florestas, vestiu-se à civil e decidiu votar na Rússia Unida, partido dirigido por Kadirov na Tchetchénia e por Vladimir Putin na Rússia.
Os resultados deste escrutínio, se as coisas continuarem assim, também será previsível, mas vou esperar pela contagem.
Aconselho as empresas que organizam campanhas eleitorais em Portugal a estudar este fenómeno... Vai ser muito preciso para o ano
“Estou convencido que os cidadãos da Tchetchénia cumprirão o seu dever cívico e irão hoje às urnas, tal como em anos anteriores, porque o povo tchetcheno sabe o valor da paz e da estabilidade. A influência não será inferior a cem por cento, mas poderá ser maior”, declarou Kadirov depois de ter votado na vila de Tzentaroi, sua terra natal.
Segundo o presidente, a eleição do Parlamento irá contribuir para a solução dos problemas urgentes que existem na república, um dos quais é o elevado número de desempregados.
“As eleições de hoje contribuirão para a solução desse e de outros problemas, porque todos os candidatos são patriotas da sua república e do seu país”, concluiu.
A Comissão Eleitoral Central da Tchetchénia, república russa do Cáucaso do Norte, veio dar razão a Kadirov.
“Posso supor que o presidente da Tchetchénia tem em vista uma situação em que as listas de eleitores irão aumentar até ao fim do escrutínio por umas ou outras razões”, explicou Igor Borisso, presidente dessa comissão.
O anterior Parlamento, que tinha duas câmaras e era constituído por 58 deputados, foi eleito em 2005 e dissolvido antecipadamente a fim de permitir a formação de uma nova Assembleia Legislativa com uma câmara e 41 deputados.
Das duas uma, ou os cadernos eleitorais são de elástico e pode votar quem estiver na Tchetchénia hoje, ou a guerrilha separatista saiu das florestas, vestiu-se à civil e decidiu votar na Rússia Unida, partido dirigido por Kadirov na Tchetchénia e por Vladimir Putin na Rússia.
Os resultados deste escrutínio, se as coisas continuarem assim, também será previsível, mas vou esperar pela contagem.
Aconselho as empresas que organizam campanhas eleitorais em Portugal a estudar este fenómeno... Vai ser muito preciso para o ano
9 comentários:
Tudo pode acontecer... Não há controle por nenhuma organização, entidade reguladora externa certo? Assim torna-se complicado...
Sigo atentamente a sua análise sobre a Rússia e países vizinhos, e venho felicitá-lo mais uma vez pelo seu incansável trabalho.
A imagem deste facinora assassino a soldo do poder russo, irá ter o mesmo fim bem conhecido de todos.
Se com ferro matas, com ferros morreras, diz o ditado.
Sobre o assunto, so tenho a dizer que este tipo de eleições são uma autentica fantochada fascista.
pelo aspecto tem mesmo cara de mafioso...
Acho o rapaz um fraco, se for homem, garantiria ao Putin pelo menos 104% dos votos, assim parece a má vontade...
O rapaz não tem culpa de não saber contar a não ser pelos dedos...
Agora mais a sério: não poderá haver o caso de se estar a contar com chechenos que tenham sido não residentes, que ainda não estivesse inscritos nos cadernos eleitorais mas que pudessem vir a regularizar a sua situação até à data da votação?
Como não sei como é o sistema eleitoral na Rússia, é uma dúvida a colocar. Cá em Portugal existe um prazo, não sei como é por lá.
O JM poderá esclarecer-me quanto a esta dúvida?
Caro Pippo, na realidade, na Rússia, os cadernos eleitorais são muito "elásticos". Os tchetchenos que não vivem na Tchetchénia, mas nasceram lá, podem apresentar a identificação no dia da votação e serem inscritos nos cadernos eleitorais, o que dá origem ao aparecimento de afluências superiores a 100%. Esta regra estende-se a toda a Rússia, o que ajuda a tornar as eleições pouco transparentes.
Mas a questão é: podem votar em mais que um sítio ao mesmo tempo? É o que a expressão "elasticidade" parece indicar...
Caro Pippo, para uma pessoa votar numa secção de voto onde não está registada, deve levar do seu local de registo um documento especial. No entanto, é de salientar que, em regiões como a Tchetchénia, é fortemente empregue o chamado "recurso administrativo", ou seja, a capacidade das autoridades alterarem o resultado da votação a seu favor. Nomeadamente através de alterações nos cadernos eleitorais e, principalmente, na contagem de votos.
Pois, não sei como será esse "recurso administrativo", mas acredito que em certos locais se possam "facilitar" inscrições... A questão será então a de se saber até que ponto um indivíduo pode votar em mais que uma secção de voto.
Num país onde a dupla votação seja possível (como ocorreu em pelo menos uma das novas democracias instauradas pelos EUA no Médio Oriente, não me lembro se no Iraque se no Afeganistão, por causa da tinta usada para marcar os dedos dos votantes), os resultados eleitorais ficam postos em causa.
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