segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Músicos portugueses actuam em Moscovo e São Petersburgo




Três músicos portugueses participarão em concertos de música clássica em Moscovo e São Petersburgo, organizados com o apoio do Instituto Camões e da embaixada de Portugal na Rússia.
No próximo dia 07 de Fevereiro, a Orquestra de Câmara Kremlin, dirigida pelo maestro Misha Rakhlevski, e o solista português Rui Lopes (na foto da direita) interpretarão obras para fagote e orquestra na Galeria de Arte Glazunov, na capital russa.
Segundo o programa distribuído à imprensa, do concerto constam obras de Cláudio Carneyro (Memento para orquestra de cordas), Jean Françaix (Divertimento para fagote e orquestra de cordas), Heitor Villa-Lobos (Ciranda das Sete Notas) e Antonin Dvorak (Serenata para orquestra de cordas, op.22).
Natural de Santa Maria da Feira, Rui Lopes iniciou os seus estudos musicais na Academia de Música de Santa Maria, onde terminou o Curso Complementar em Piano.
Obteve a Licenciatura em Fagote na Escola Superior de Música do Porto, com o Professor Hugues Kesteman, e concluiu os Diplomas de Solista e de Orquestra, ambos com nota máxima e distinção, na Musik-Akademie der Stadt Basel (Suíça).
Nos últimos dois anos estudou com Marco Postinghel no Richard-Strauss-Konservatorium, em Munique.
No dia 14 de Fevereiro, o maestro português João Tiago dirigirá a Orquestra Sinfónica Kapella de São Petersburgo, interpretando obras de compositores portugueses: Eurico Carrapatoso (Modos de Expressão Limitada), Vianna da Motta (Abertura D.Inês de Castro) e Joly Braga Santos (Sinfonia n.1 em ré menor, op.8, "Aos heróis e mártires da última guerra mundial").
Depois de cantar durante oito anos no Coro da Gulbenkian e de ocupar o cargo de maestro-assistente da Orquestra do Algarve, o maestro João Tiago ingressou, em 2004, na Faculdade de Direcção de Orquestra do Conservatório de São Petersburgo.
Dirigiu a Orquestra do Teatro de Ópera do Conservatório de São Petersburgo e a Orquestra Sinfónica de Tomsk, na Sibéria.
Nos dias 20 e 21 de Agosto, a soprano lusa Lara Martins (na foto da esquerda) irá interpretar, na Galeria de Arte Glazunov, obras de Anton Arensky (Variações sobre um tema de Tchaikovsky), João de Sousa Carvalho (Ária de Nicea da Ópera Testoride Argonauta), Franz Schubert (Salve Regina, Ave Maria).
Lara Martins terminou o curso superior de canto na Guidhall School of Music and Drama em Londres. A sua actividade de solista abrange vários tipos de repertório desde a ópera, a canção e ainda a música sacra.

5 comentários:

Anónimo disse...

Que bela soprano. E ainda por cima ela canta! Precisava?

Unknown disse...

Caro José Milhazes, não tenho noção das iniciativas conjuntas entre o Instituto Camões e a Embaixada de Portugal em Moscovo na divulgação da cultura Portuguesa na Rússia (basicamente ou em Moscovo ou em Peter) mas julgo que a música tem sido a parte mais visível de algo que, infelizmente, tarda em ser mais regular e promovido.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Andre, de vez em quando realiza-se algum evento interessante. Diz que é raro, talvez tenha razão, mas a explicação talvez esteja na falta de meios financeiros. Somos um país pequeno e temos poucas Marizas, Dulces Pontes ou Mísias, para encherem os palcos com concertos comercialmente rentáveis.

MSantos disse...

Muitas vezes somos exaustivamente conhecidos só pelo fado, negligenciando toda a restante tradicional e típica música portuguesa, e não concordo quando o JM diz que temos poucos artistas.

Temos grandes músicos e grupos como é o caso dos Madredeus que apesar da saída da Teresa ainda conservam a tonalidade tradicional, não tivessem eles ainda a participação desse nosso "gigante low-profile" de nome Rodrigo Leão.

Houvesse vontade e mesmo até em termos económicos provavelmente haveria retorno.

Outra "frente" a atacar seria a nossa gastronomia e vinhos.

Cumpts
Manuel Santos

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Manuel Santos, tem razão. Eu queria dizer que temos poucos artistas conhecidos no mundo, talvez devido à nossa fraqueza económica e ao mau trabalho de divulgação,
A gastronomia e vinhos é uma excelente ideia, mas em Moscovo continua a não haver um restaurante português e os vinhos são raros e caros, salvo o Vinho do Porto. Mas continua a poder comprar-se em Moscovo pera rocha e começou a vender-se Café Delta. Finalmente, Sr. Nabeiro, já não era sem tempo! Tarde, mas chegou!