sábado, abril 04, 2009

Enquanto o barco se afunda...


O Presidente da Ucrânia, Victor Iuschenko, está disposto a avançar para eleições presidenciais antecipadas, mas se elas forem realizadas ao mesmo tempo que as parlamentares.
“Estou pronto a tomar a decisão sobre eleições presidenciais antecipadas. Porque essa decisão depende hoje de mim”, declarou Iuschenko, durante a visita a um quartel das Forças Armadas da Ucrânia.
Mas o dirigente ucraniano acrescentou que só estará de acordo se forem realizadas eleições parlamentares no mesmo dia e segundo uma nova lei eleitoral.
Segundo o Presidente Iuschenko, ele está pronto a apresentar, na próxima semana, um projecto de alterações à lei eleitoral, que prevê o “sistema proporcional de eleições com listas abertas”.
Até agora, o Parlamento (Rada Suprema) era formado de duas formas: metade dos deputados era eleita em listas partidárias e a outra, em círculos uninominais.
Além disso, Iuschenko exige que os deputados aprovem uma lei que lhes retire a imunidade parlamentar.
“Penso que seria uma manifestação bonita daqueles que vão para eleições com mãos limpas, que não temem responder perante a lei”, precisou.
Victor Iuschenko defendeu também a aprovação de uma nova Constituição do país, que divida mais equitativamente os poderes entre o Presidente, o Governo e o Parlamento.
Alexandre Lavrinovitch, vice-presidente da Rada Suprema da Ucrânia, diz existirem condições para “a realização de eleições parlamentares e presidenciais antecipadas”.
O Partido das Regiões, a principal força da oposição a Iuschenko e à primeira-ministra Iúlia Timochenko, trouxe os seus apoiantes para as ruas de Kiev para exigir a demissão de ambos.
Discursando perante mais de dez mil manifestantes, o líder do partido, Victor Ianukovitch, decidiu dar “mais uma possibilidade ao Governo, sublinhando que irá exigir a sua demissão se até 14 de Abril a primeira-ministra não apresentar um programa de combate à crise.

A primeira-ministra Iúlia Timochenko declarou também estar disposta a abandonar o cargo se for criada uma nova coligação governamental.

Mas para que alguma coisa se mexa, é preciso chegar a um acordo, o que é difícil imaginar na actual Ucrânia.

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