Ludmila Zikina, uma das maiores vozes da canças popular russa, faleceu ontem aos 80 anos em Moscovo vítima de problemas cardíacos, informam as agências russas.
Ludmila Gueorguevna faleceu há uma hora atrás. Ela faleceu no hospital. Nos últimos tem, ela sofria de problemas cardíacos”, declarou Ksenia Rubtsova, directora da Fundação Ludmila Zikina.
A Artista do Povo da União Soviética, Ludmila Zikina, começou a sua carreira de intérprete no Coro Popular Russo de Piatnistski em 1947, tendo passado por outro coro importante como o Coro da Canção Russa da Rádio da URSS. Em 1960. iniciou uma carreira a solo, que a ela aos mais distantes recantos da União Soviética e do planeta.
“Amo-te Rússia”, “Corre o rio Volga”, “Vésperas nos arredores de Moscovo” são algumas das canções que fizeram um ícone de Ludmila Zikina, conhecida pela sua voz límpida e penetrante, que fazia chorar plateias.
Zikina, durante a sua carreira, gravou mais de duas mil canções populares russas, obras de compositores soviéticos e russos, bem como romanças russas. Editou discos com uma tiragem total superior a seis milhões de exemplares.
A cantora era, na era soviética, um dos símbolos do seu país, tão conhecida no estrangeiro como as matrioskas ou o caviar russo, tendo actuado em praticamente todos os países europeus, incluindo Portugal, bem como na América do Norte, América Latina, etc.
Além de Artista do Povo da URSS, título máximo que podia ser atribuído no seu país aos intelectuais, Ludmila Zikina foi premiada com a “Ordem da Honra” (1967) e a “Ordem de Lénine” (1979).
A sua popularidade não sofreu com o fim da União Soviética, tendo sido acarinhada e apoiada pelos três presidentes russos. Foi condecorada com as ordens “Pelos Serviços prestados à Pátria” do III, II e I graus, de “Veterana do Trabalho”, “Ordem do Apóstolo Santo André”.
A 20 de Maio de 1999, o Governo da Rússia decidiu chamar “Ludmila Zikina” a um diamante de 55,02 quilates, que se encontra no Fundo de Diamantes do Kremlin.
No passado 10 de Junho, o 80º aniversário de Ludmila Zikina foi festejado com um monumental concerto, organizado por Svetlana Medvedeva, esposa do Presidente russo.
Apoiada por outros artistas, a cantora ainda interpretou alguns dos temas que a imortalizaram.
Para mim, faleceu uma das grandes referências da música soviética e russa, um pouco da minha juventude. Quando me reunia com amigos russos, nos meus anos de estudante, bastava haver uma guitarra (se houvesse um piano, melhor ainda) para passar longas horas a cantar e nunca se passava ao lado das canções interpretadas por Ludmila Zikina.
Cruzei-me uma vez com ela no corredor do edifício onde a cantora viva, pois era vizinha de uma amiga da universidade. Tinha um ar imponente, sempre muito bem apresentada, enfeitada com ricos brincos e anéis, mas sempre muito simples, cumprimentou-nos com um enorme sorriso.
Os que a conheceram mais de perto dizem que Ludmila Zikina era uma mulher muito simples, como as mulheres russas do campo, de onde ela também era originária.
"Corre o rio Volga, Corre o rio longamente, e eu tenho apenas 17 anos. Por entre as neves alvas, corre o rio Volga..."
As comparações nem sempre são fiéis, seguras, mas, no caso de Ludmila Zikina, posso dizer, para os meus leitores que não ouviram a sua voz, que faleceu a "Amália Rodrigues russa".
Ludmila Gueorguevna faleceu há uma hora atrás. Ela faleceu no hospital. Nos últimos tem, ela sofria de problemas cardíacos”, declarou Ksenia Rubtsova, directora da Fundação Ludmila Zikina.
A Artista do Povo da União Soviética, Ludmila Zikina, começou a sua carreira de intérprete no Coro Popular Russo de Piatnistski em 1947, tendo passado por outro coro importante como o Coro da Canção Russa da Rádio da URSS. Em 1960. iniciou uma carreira a solo, que a ela aos mais distantes recantos da União Soviética e do planeta.
“Amo-te Rússia”, “Corre o rio Volga”, “Vésperas nos arredores de Moscovo” são algumas das canções que fizeram um ícone de Ludmila Zikina, conhecida pela sua voz límpida e penetrante, que fazia chorar plateias.
Zikina, durante a sua carreira, gravou mais de duas mil canções populares russas, obras de compositores soviéticos e russos, bem como romanças russas. Editou discos com uma tiragem total superior a seis milhões de exemplares.
A cantora era, na era soviética, um dos símbolos do seu país, tão conhecida no estrangeiro como as matrioskas ou o caviar russo, tendo actuado em praticamente todos os países europeus, incluindo Portugal, bem como na América do Norte, América Latina, etc.
Além de Artista do Povo da URSS, título máximo que podia ser atribuído no seu país aos intelectuais, Ludmila Zikina foi premiada com a “Ordem da Honra” (1967) e a “Ordem de Lénine” (1979).
A sua popularidade não sofreu com o fim da União Soviética, tendo sido acarinhada e apoiada pelos três presidentes russos. Foi condecorada com as ordens “Pelos Serviços prestados à Pátria” do III, II e I graus, de “Veterana do Trabalho”, “Ordem do Apóstolo Santo André”.
A 20 de Maio de 1999, o Governo da Rússia decidiu chamar “Ludmila Zikina” a um diamante de 55,02 quilates, que se encontra no Fundo de Diamantes do Kremlin.
No passado 10 de Junho, o 80º aniversário de Ludmila Zikina foi festejado com um monumental concerto, organizado por Svetlana Medvedeva, esposa do Presidente russo.
Apoiada por outros artistas, a cantora ainda interpretou alguns dos temas que a imortalizaram.
Para mim, faleceu uma das grandes referências da música soviética e russa, um pouco da minha juventude. Quando me reunia com amigos russos, nos meus anos de estudante, bastava haver uma guitarra (se houvesse um piano, melhor ainda) para passar longas horas a cantar e nunca se passava ao lado das canções interpretadas por Ludmila Zikina.
Cruzei-me uma vez com ela no corredor do edifício onde a cantora viva, pois era vizinha de uma amiga da universidade. Tinha um ar imponente, sempre muito bem apresentada, enfeitada com ricos brincos e anéis, mas sempre muito simples, cumprimentou-nos com um enorme sorriso.
Os que a conheceram mais de perto dizem que Ludmila Zikina era uma mulher muito simples, como as mulheres russas do campo, de onde ela também era originária.
"Corre o rio Volga, Corre o rio longamente, e eu tenho apenas 17 anos. Por entre as neves alvas, corre o rio Volga..."
As comparações nem sempre são fiéis, seguras, mas, no caso de Ludmila Zikina, posso dizer, para os meus leitores que não ouviram a sua voz, que faleceu a "Amália Rodrigues russa".
6 comentários:
Conheci a música de Zykina há muito pouco tempo, e me deparo agora com a sua morte. Apesar de me considerar muito crítico da Rússia em diversos aspectos, a voz dessa mulher era uma das coisas que me faziam admirar profundamente a grandeza e as coisas boas que esse país tinha a oferecer ao mundo.
Saudações e grande abraço do Brasil, Ludmila Zykina!!!!
Açguém se lembra do magnifico sketch de Herman Jose com uma russa a cantar fado, uma mistura de Amália e Zykina? Como ambas estão já falecidas, espero que não levem a mal a piada.
JM, eu não conhecia a senhora, de cantores russos só me lembro de um, de ascendência judaica e de cujo nome não me lembro (acho que exa Alexandre "qualquer-coisa").
Agora, (in)felizente, acabo de saber da existência da Ludmila. Fui ver ao youtube e estou neste exacto momento a ouvir "Techet reka Volga".
De facto, a sua voz lembra a da Amália no seu auge! Que voz excelente!
Caro Pippo, deve estar a referir-se a Alexandre Rosenbaum
BINGO!
Esse mesmo :o) Lembro-me que os mais russófilos dos meus colegas (todos esles espanhóis e argentinos, pois eu era o único luso no Pushkin) o ouviam amiúde.
O Pippo sabe tanto da Rússia e não conhecia esta senhora? Francamente...
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