quarta-feira, julho 01, 2009

Jogadores russos são obrigados a seguir o destino de Dostoevski


Vinte anos depois de na URSS ter sido autorizada a abertura do primeiro casino, a Rússia encerrou, às 24 horas de terça-feira, as casas de jogos, atirando os jogadores para os casinos virtuais ou clandestinos em todo o país.
A 01 de Janeiro de 2007, na Rússia entrou em vigor uma lei que ordena o encerramento dos casinos situados fora de quatro “zonas especiais de jogo” até 01 de Julho de 2009. Porém, as autoridades não cumpriram a segunda parte da lei, a criação das “zonas especiais” até à data.
No papel, estas foram criadas no Extremo Oriente e na região das Montanhas de Altai, na fronteira com a China; no distrito de Kalininegrado, enclave russo no Báltico; e na fronteira entre os distritos de Krasnodar e Rostov no Don, no sul do país, mas nada foi feito para construir aí novos casinos.
Segundo os proprietários dos casinos, esta medida lançou para o desemprego cerca de 350 mil trabalhadores, numa altura em que a falta de emprego é cada vez mais aguda na Rússia. Em Moscovo, fecham hoje as portas 29 casinos e 486 salas de jogo.
O Ministério das Finanças da Rússia reconheceu que, em 2008, os “jogos de azar” trouxeram impostos no valor de 26,4 mil milhões de rublos, ou seja, mais de 400 milhões de euros.
A fim de fazer cumprir a lei, as autoridades russas concentraram tropas especiais do Ministrério do Interior nas grandes cidades, onde se encontra o maior número de casinos e salas de máquinas.
Porém, os gerentes dos casinos não têm dúvidas de que os jogos de azar, que fazem movimentar anualmente mais de três milhões de euros, não desaparecerão, mas apenas se adaptarão à nova situação.
Parte significativa dos jogadores passarão a jogar na Internet e algumas das casas de jogo foram transformadas em “clubes de poker”, que não são proibidos pela nova lei. Além disso, muitas das máquinas de jogo foram adaptadas para a venda de bilhetes de lotaria.
As empresas que mantinham casinos e salas de jogo não tencionam mudar para as “zonas especiais”, pois a criação de novos locais requer grandes investimentos, mas admitem mudar-se para países vizinhos da Rússia, onde as leis do jogo são mais liberais.
A Moldávia, Roménia, Bulgária e Montenegro poderão ser alguns países para onde poderão os descendentes das personagens do famoso romance “Jogador”, de Fiodor Dostoevski.
No séc. XIX, o grande escritor russo, viciado no jogo, ia fazer apostas para os casinos na Alemanha, pois os jogos de azar eram proibidos no seu país.
Tatiana Dmitrieva, directora do Centro de Psiquiatria Social e Jurídica de Moscovo, considera que esta proibição irá fazer aumentar o número de pacientes dos psiquiatras.

19 comentários:

Anónimo disse...

E chamam a isto Liberdade? O jogo é como o tabaco, como a droga, como o álcool, só se vicia quem é fraco e não consegue controlar a mente.

xatoo disse...

as lojas-casino eram uma praga social. Em cada esquina havia uma. É uma boa intervenção do Estado, acabar com o forrobódó; se não fosse para regular as causas dos males da sociedade, para que raio serviria o Estado?

Gilberto disse...

O fato é que os cassinos são usados para lavagem de todo o tipo de dinheiro imundo, ainda mais na Russia.

Mas o que há, de fato, por trás dessa medida de proibir eu tenho minhas dúvidas...

Anónimo disse...

outra opinião:
foreverputin.blogspot.com

Anónimo disse...

Ao acabar com esses antros,os valores elevam se na pessoa humana.Aos elevarem se os valores os matrimonios sao fortalecidos e mais duradouros pois deixa de haver vicios que corroem as relações.
As relações sendo solidas e duradouras faz aumentar o consumo pois são 2(homem e mulher) que dividem as suas despesas sobrando mais $,logo consomem mais,ha mais escoamento dos produros das empresas,ha mais procura do mercado imobiliario e maior probabilidade de ter filhos aumentando assim a taxa de natalidade rejuvenescendo a população de forma assim a evitar o envelhecimento da população e o sua dependencia de reformas do estado estourando assim a segurança social.
Putin foi esperto!
NN

Unknown disse...

senhor joze

vc que intede bem a situação desse pais qual ea visao deles sobre israel?

Gilberto disse...

Sensacional, o Anonimo! hauhauhuaahauuah

Anónimo disse...

NN
que delírio!

Anónimo disse...

NN

Sem palavras
Já ganhou

Anónimo disse...

Gilberto Mucio: a Rússia podia-te dar 1 milhão de dolares e mil condecorações que mesmo assim havia defeitos. A mesma coisa se vivesses na América ou em qualquer parte do mundo. Vê se cresces.

Jest nas Wielu disse...

Dados da Aljazeera English (vi ontem):

Entre 300.000 à 400.000 pessoas ficam no desemprego (só em Moscovo há 550 casinos). Os casinos pagam de impostos 2 biliões de USD por ano.

Resultado provável: o negócio dos jogos de azar passará para a clandestinidade e vai enriquecera APENAS as máfias, mais o polícia / FSB corruptos, que servirão de “guarda – chuvas” para eles.

Os políticos / estadistas russos “pró – ocidentais” fizeram tanto trabalho para puxar este negócio da zona cinzenta para a economia legal e agora num único passo acabou tudo. Viva a mãe – Rússia…

Sérgio disse...

Aqui fica mais um tema interessante:


APELO À EUROPA PARA SE REUNIFICAR PODERÁ VIR A DIVIDI-LA
A proposta de resolução “Da reunificação da Europa dividida” apresentada aos delegados à 18ª sessão da Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), a decorrer nestes dias em Vilnus, capital da Lituânia, coloca, de facto, no mesmo plano o nazismo e o comunismo. Esta resolução poderá provocar uma reacção contrária e dividir novamente a Europa.
A proposta é de autoria da Lituânia e Eslovénia, países onde a tese dos “crimes do comunismo” está muito em voga. Se a Lituânia é afectada pelo síndrome de ocupação soviética, a Eslovénia responsabiliza por todos os seus problemas o regime de Tito. Ninguém contesta que o estalinismo deixou uma marca negativa mas identifica-lo com o nazismo equivale a adulterar a história. Os lituanos e os eslovenos, tal como os delegados de outros países, dispostos a votar a favor da resolução em causa devem ter esquecido que os seus povos conseguiram sobreviver como nação no século XX só graças à Grande Vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazi.
Os apelos de repensar a história, muito frequentes ultimamente, visam colocar novas barreiras divisórias na Europa, entendendo-se pela Europa una a União Europeia e a NATO. A Rússia não é vista nesta correlação de forças como país parceiro, antes como potência pérfida empenhada em se impor à Europa velha. Vamos ouvir a opinião do historiador Aleksei Tchadov.
Este processo tem como objectivo de longo alcance a criação de um mito sobre o surgimento da actual “Europa Una”. A ideia é simples. Não houve nenhuma vitória sobre o nazi-fascismo. O que houve, na realidade, foi uma luta entre dois regimes totalitários sanguinários, desumanos e cruéis: o nazi-fascista e o soviético, e o vencedor foi aquele que era o mais sanguinário. A metade dos povos da Europa ficou escravizada por 40 anos e só se libertou em consequência das revoluções de veludo de 1989 – disse o historiador.
O objectivo de todas estas especulações é explicar às pessoas comuns o que está na origem de todos os seus problemas do passado e do presente. Algo semelhante se verifica em termos de fornecimentos de recursos energéticos e empenho de empresários russos em actuar na Europa Ocidental. Em reféns destas posições ficam os líderes sensatos de países desenvolvidos. Basta lembrar as recentes comemorações dos 65 anos do desembarque das forças aliadas na Normandia. Muito se falou da contribuição desta batalha para o curso da Segunda Guerra Mundial e só o Presidente dos EUA recordou as vítimas sofridas pela União Soviética na luta contra o nazismo, embora os promotores das solenidades não se tivessem dado o trabalho de convidar a Rússia.


02.07.2009

retirado em http://www.ruvr.ru/main.php?lng=prt&q=6846&cid=58&p=02.07.2009&pn=1

Sérgio disse...

O sr. Milhazes tem cada colega historiador, é de rir até dizer chega.

Sérgio disse...

Os Russos adoram desempenhar o papel de vitima, para os distraidos.

Sérgio disse...

Aqui fica outra, deixem lá ficar os observadores "independentes" Russos.


MOSCOVO EXORTA O OCIDENTE A REPENSAR A SITUAÇÃO NO TRANSCÁUCASO
O Ocidente deve repensar a situação criada no Transcáucaso, atender às novas realidades e assumir posições correspondentes à actualidade. Foi com esta posição que a delegação russa chegou a Genebra para participar nas consultas sobre a segurança e estabilidade no Cáucaso.
Como o governo georgiano e os seus aliados não encaram objectivamente a situação no Transcáucaso, a situação na região se torna cada vez mais tensa. Os observadores da ONU retiraram-se da Abkházia e da Geórgia porque a proposta de resolução sobre a prorrogação da missão da ONU não foi aceita por estas duas repúblicas nem pela Rússia por negar a soberania da Abkházia e da Ossétia do Sul. Ao mesmo tempo, o compromisso proposto por Moscovo para manter a presença internacional no Cáucaso foi bloqueado pelos parceiros ocidentais do governo georgiano. Como resultado, neste período difícil a região ficou sem observadores independentes – afirma o senador Vassili Likhatchev, presidente da Comissão para os Assuntos Internacionais do Conselho da Federação (senado).
- A votação no Conselho de Segurança das Nações Unidas pôs em evidência a falta de desejo do Ocidente de aceitar as realidades existentes e de encarar a Ossétia do Sul e a Abkházia como países independentes. Por isso, decidiram encerrar a missão das Nações Unidas naquela região. No que respeita a outras estruturas, nomeadamente a União Europeia, as perspectivas da cooperação mantêm-se. A Federação da Rússia espera poder contar com uma posição objectiva destes organismos internacionais em relação à situação geopolítica existente e a sua colaboração activa e positiva na solução dos problemas daquela região – disse o senador.
Uma vez que a ONU e a OSCE se retiram da região, o formato das consultas de Genebra deve mudar. A necessidade de realizar consultas surgiu depois da guerra desencadeada pela Geórgia contra a Ossétia do Sul em Agosto do ano passado. Segundo o plano de paz Medvedev-Sarkozi, os encontros dos representantes da União Europeia, OSCE, ONU, Rússia, EUA, Geórgia, Abkházia e da Ossétia do Sul deveriam contribuir para a estabilização do Transcáucaso. No entanto, as cinco rondas decorridas não contribuíram muito para a aproximação das posições das partes. A questão fundamental, ou seja, a conclusão de um acordo de não-emprego da força entre a Geórgia, Ossétia do Sul e a Abkházia é contestada pela Geórgia e continua pendente. Desta feita, a Rússia, Ossétia do Sul e a Abkházia, muito interessadas em pacificar a região, pretendem colocar de forma mais rígida esta questão nas consultas com os seus parceiros.


01.07.2009

Sérgio disse...

"- A votação no Conselho de Segurança das Nações Unidas pôs em evidência a falta de desejo do Ocidente de aceitar as realidades existentes e de encarar a Ossétia do Sul e a Abkházia como países independentes."


Claro que a culpa é do Ocidente, mas como terá votado a amiga China, e e o porquê de mais nehum país reconhecer essas regiões.

Sérgio disse...

Eu se fosse a Turquia tinha cuidado com os amigos que anda a fazer.


"A Turquia está se tornando importante parceiro energético da Rússia
A Turquia pode vir a ser importante parceiro da Rússia na esfera energética. Ontem o vice – primeiro ministro Igor Sechin propôs ao ministro da energética e dos recursos naturais da Turquia Taner Ildiz a cooperação na construção do gasoduto “Torrente do Sul”.
O nosso comentarista Viacheslav Soloviov vem com pormenores do evento.
A Turquia já recebe uma grande quantidade de combustível azul através do gasoduto “Torrente azul”. Ambas as partes estão interessadas no aumento da sua potencia, o que pode ser feito, em particular, mediante a construção de uma segunda via do gasoduto, — a “Torrente azul – 2”, — e seu prolongamento através do território da Turquia, para a região mediterrânea, até o território de Israel. E agora vem uma proposta prospectiva de participar da construção do gasoduto pelo fundo do mar Negro a fim de transportar o gás russo para Bálcãs, contornando os países que efetuam o seu trânsito, e,especialmente, o mais problemático deles, a Ucrânia. Aliás, aí existe mais um problema. Trata-se da provável participação da Turquia na construção do gasoduto “Nabucco”, que deve transportar o gás azerbaijano para a Europa, contornando a Rússia. Washington e Bruxelas fazem lobby ativo para levar a cabo este projeto. Igor Sechin declarou que semelhantes projetos devem ser analisados, em primeiro lugar, sob o ponto de vista da conveniência econômica e em conformidade com a base de recursos existente. Neste plano, a situação da Rússia, — ao contrário dos participantes potenciais do projeto “Nabucco”, — é perfeitamente normal. Apenas as reservas da península de Iamal, uma das maiores jazidas de gás da Rússia, chegam a 11 trilhões de metros cúbicos. Além disso, é preciso levar em conta que a idéia de colaboração entre a Rússia e a Turquia na realização do projeto “Nabucco” é vantajosa para ambos os países, — apontou na entrevista à nossa radioemissora o diretor do departamento de informação analítica da agência RBK Aleksandr Iakovlev. Mas na via da sua concretização há numerosos empecilhos.
Creio que por enquanto não existe via reta para incorporar a Turquia no fornecimento do gás russo à Europa e para a colaboração com este país. Embora o gasoduto “Nabucco” fosse ultimamente alvo de criticas acirradas e houve, inclusive, quem falasse do congelamento deste projeto, todavia ele é estrategicamente vantajoso para o Ocidente. Este projeto, — se, mesmo, não está orientado diretamente contra a Rússia, — visa equilibrar a sua influência no tocante ao gás na parte sul da Europa, na região transcaucasiana e na Ásia Central. Não creio que os países ocidentais renunciem ao projeto “Nabucco”. Isto diz respeito também à Turquia em vista dos seus interesses na Ásia e na região transcaucasiana e dos seus vínculos estreitos com a União Europa e com os EUA. Trata-se, portanto, de um jogo político muito sério, em que estão implicados fatores econômicos em forma de diversificação do mercado de gás.
Mesmo assim, existe a esperança de que a proposta da Rússia resulte mais atraente para a Turquia. Semelhantes exemplos já existem. Por exemplo, há pouco a Rússia ganhou licitação para a construção de uma central atômica na Turquia. E agora são discutidas questões de redução do seu custo sem diminuir exigências em relação à sua segurança."


02.07.2009

Sérgio disse...

Até parecem pessoas de bem, não parece. O que não fazem pelos Europeus e pelo interesse Europeu. tanta abnegação...


A RÚSSIA E O AZERBAIJÃO DÃO A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A GARANTIA DA SEGURANÇA ENERGÉTICA DA EUROPA
A Rússia e o Azerbaijão dão a sua contribuição para a garantia da segurança energética da Europa. É precisamente assim que se pode avaliar o acordo sobre o fornecimento do gás azerbaijano para a Rússia, assinado ontem. O chefe do consórcio russo “Gasprom” Alekssei Miller declarou por este motivo o seguinte:
- Hoje foi aberta uma página na cooperação entre a Rússia e o Azerbaijão. Foram assinados documentos juridicamente obrigatórios sobre as condições de aquisição do gás azerbaijano pelo “Gasprom”. No acordo foi determinado o preço básico, que os nossos parceiros azerbaijanos consideram atraente no plano comercial. No decurso das conversações foi acordado que o “Gasprom” será incluído na lista de compradores potenciais do gás, produzido pela segunda etapa da jazida “Chakh – Deniz”, e terá vantagem em relação a demais compradores, desde que todos eles vierem com propostas iguais. Portanto, outros compradores potenciais do gás da jazida “Chakh – Deniz – 2” terão que oferecer condições comerciais mais atraentes do que “Gasprom”. Estamos certos de que “Gasprom” dispõe de boas posições nas conversações sobre a cooperação de longo prazo na aquisição do gás azerbaijano. Vamos partir na nossa colaboração dos princípios de vantagem mútua.
A vantagem econômica do consórcio russo consistirá na otimização do sistema de transportes. O gás azerbaijano será consumido pelas regiões meridionais vizinhas da Rússia, o que permitirá liberar uma parte do gás, extraído na Rússia, e fornecê-lo para a Europa. Os interesses do Azerbaijão também são respeitados, pois para o fornecimento do seu gás será utilizada uma infra-estrutura já existente, o que dispensa grandes investimentos. O preço do gás será atrelado aos preços dos contratos europeus de “Gasprom”. O Azerbaijão irá diversificar os trajetos de fornecimento de gás, ampliando os mercados da sua colocação. O acordo permitirá a Bacu exigir condições mais vantajosas dos demais compradores potenciais do gás. Disso depende diretamente o destino do gasoduto planejado “Nabucco”, que irá fornecer gás a Europa contornando o território russo. É sabido que Washington e Bruxelas fazem lobby intenso para concretizar este projeto.
Aliás, tanto Moscou, como Bacu ressaltam que este acordo de gás entre os dois países foi imposto por considerações pragmáticas e não por razões políticas. Na opinião do presidente Dmitri Medvedev este é um exemplo da segurança energética, pela qual nós todos aspiramos tanto.

Jest nas Wielu disse...

A Comissão russa que deveria combater as falsificações históricas que prejudicam a Rússia ainda não começou a funcionar, mas os Academia de Ciências da Rússia já enviou o circular que solicita a criação das listas dos “falsificadores”, daqui a nada, podemos esperar que FSB será solicitado a actuar na matéria:
http://www.svobodanews.ru/content/
article/1766749.html

p.s.
O responsável do circular proíbe publicar a sua própria carta na imprensa e tenta desvalorizar a situação, mas vejo que a Rússia está apenas à um passo do início das grandes purgas ideológicas dentro até quem sabe, fará das suas fronteiras nacionais.
http://windowoneurasia.blogspot.com
/2009/07/window-on-eurasia-moscows-extremist.html