As esposas de quatro marinheiros que continuam a bordo do navio Arctic Sea depois da sua libertação dos piratas enviaram uma carta ao primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, onde pedem o regresso dos marinheiros à pátria.
“Pedimo-lhe que contribua para o regresso urgente dos nossos maridos a casa, por enquanto estão vivos”, escrevem as esposas dos marinheiros na missiva publicada hoje na imprensa russa.
“Já passaram 49 dias depois da libertação dos marinheiros por forças da Marinha da Rússia. Eles acabaram por não serem substituídos, embora uma nova tripulação esteja pronta a trabalhar. Não sabemos para onde levam o cargueiro. Os nossos maridos precisam de apoio médico e psicológico urgente, encontram-se há 74 dias em isolamento informativo absoluto”, acrescenta-se na carta assinada por Elena Zaretskaia, Victoria Chumik, Irina Kuznetsova e Lídia Volova.
Elas recordam ao primeiro-ministro que há muito receberam cartas do Comité de Investigação da Procuradoria-Geral da Rússia informando que “os marinheiros iriam regressar a casa depois do fim das investigações”, oficialmente ter minadas no passa 16 de Setembro.
O cargueiro Arctic Sea, que oficialmente transportava madeira da Finlândia para a Argélia, foi desviado no Mar Báltico em finais de Julho, tendo a sua tripulação enviado as últimas notícias no dia 28 de Julho, quando o navio passava pela costa portuguesa.
Dmitri Medvedev, Presidente da Rússia, ordenou o envio de navios de guerra e submarinos para encontrarem o navio, cuja tripulação era constituída por 15 marinheiros russos, tendo este sido detectado perto das águas de Cabo Verde.
Após o resgaste do cargueiro das mãos de alegados piratas, foi anunciado que o Arctic Sea seria rebocado para o porto russo Novorrossiski, no Mar Negro, mas, mais tarde, os militares russos tentaram entregá-lo em Las Palmas aos proprietários, uma empresa finlandesa pertencente a homens de negócios russos.
A empresa recusa-se a recebê-lo, alegando dificuldades financeiras, e o cargueiro continua a navegar sem rumo conhecido.
Todas as peripécias que envolveram o desaparecimento e a recuperação do navio levaram alguns analistas a suspeitar que o Arctic Sea podia transportar ilegalmente mísseis S-300 para o Irão ou outros “materiais perigosos”.
Porém, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Procuradoria-Geral da Rússia continuam a jurar que o cargueiro transportava “apenas madeira”.
P.S. Que prenda merecerá a pessoa que conseguir advinhar qual o papel das autoridades russas neste caso tão enigmático? Isto já ultrapassou todos os limites do bom senso...
4 comentários:
Interessante pedido. Porque não pediram ao Presidente? Foi ele que mandou os navios.
Talvez porque não vejam nele o poder supremo.
Pois. E assim se vai safando o mafarrico...
Pois é, sr Milhazes. Esses malandros, claro, devem ter mandado s-300 à Coreia do Norte para matar de lá defensores de direitos humanos na Rússia. E, sem dúvida, ao mesmo tempo anexar todas as ex-republicas soviéticas, porque, como dizia um senhor muito sábio, "eles nem encobrem isto" (as suas intenções):)
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