Liudmila Alekseeva, dirigente dá organização não-governamental Grupo de Helsínquia de Moscovo, considera que os activistas das organizações russas não governamentais necessitam de ajudam internacional.
“A ajuda mais rápida, eficaz e real que nos podem prestar do Ocidente é, antes de tudo, a concessão de vistos ou refúgio aos que correm perigo de vida. Pedimos muito que organizem esse organismo”, declarou ela numa conferência sobre direitos humanos organizada na representação da Comissão Europeia em Moscovo.
Segundo ela, “é preciso dar a essas pessoas a possibilidade de se refugiarem e enviarem parentes seus para lugares seguros enquanto exista perigo”.
Ella Pamfilova, dirigente da Comissão de Direitos do Homem junto do Presidente russo, considerou, na mesma conferência, que o fraco desenvolvimento das instituições democráticas e a corrupção generalizada travam a formação de uma sociedade civil na Rússia.
“Somos obrigados a constatar que nenuma alteração qualitativa ocorreu em matéria de direitos humanos e de liberdades fundamentais. Duas falhas estruturais empedem-nos de progredir neste domínio. O primeiro consiste no fraco desenvolvimento das nossas instituições democráticas de base. Este é o principal problema político”, disse.
Para Ella Pamfilova, a corrupção endémica constitui o segundo maior obstáculo à formação da sociedade civil na Rússia.
“Nós temos um nível de arbitrariedade extremamente alto. Esse fator estimula a corrupção que paralisa, por sua vez, o funcionamento normal da sociedade”, frisou.
“Os nossos tribunais não são independentes como deviam ser. Estamos igualmente preocupados pela falta de eleições livres e de concorrência política”, acrescentou, concluindo que “os numerosos partidos políticos russos não dependem dos seus eleitores, mas dos seus dirigentes”.
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