Os marinheiros russos libertaram hoje os dez piratas somalis que tinham capturado, na véspera, o petroleiro Universidade de Moscovo, porque o Direito Internacional não permite julgá-los, declarou um porta voz do Ministério da Defesa russa, citado pelas agências russas.
“Infelizmente, hoje, na Somália não há regras para perseguir judicialmente os piratas que atuam na região e, por isso, eles escapam à justiça de qualquer Estado e do Direito Internacional”, acrescenta a fonte.
Segundo esta, uma hora depois de os piratas terem sido libertados, a sua lancha desapareceu dos radares.
A notícia foi recebida com espanto em Moscovo, porque, na véspera, o Presidente russo, Dmitri Medvedev, prometeu que “os piratas serão severamente punidos”.
Mikhail Voitenko. diretor de la revista digital "Boletim Naval. Sovfrakht”, condenou esta decisão das autoridades russas, considerando que se trata de “um mau exemplo”, pois é um sinal aos piratas que poderão continuar a atacar navios.
O especialista em questão marítimas, em declarações à rádio Eco de Moscovo, chamou a atenção para o facto de, na Internet, ter surgido a informação não confirmada de que os piratas somalis teriam sido assassinados durante a operação militar.
O petroleiro russo de bandeira liberiana “Moskovski Universitet”, que transportava 86 mil toneladas de crude para a China, foi sequestrado ontem por piratas somalis no setor oriental do Golfo de Aden, a 350 milhas da costa. O capitão ainda conseguiu enviar um sinal de pedido de ajuda ao navio de combate a submarinos russo “Marechal Chapochnikov”, que realiza uma missão de combate contra a piratiraria no Cordo de África.
O navio foi libertado após uma intervenção desse navio e a tripulação salva.
3 comentários:
Vamos lá ver as acções que o Kremlin vai tomar no Conselho de Segurança da ONU, no sentido de promover o julgamento destes piratas no Tribunal Penal Internacional (ou numa instância judicial temporal).
Se calhar eram os piratas amigáveis...
Se calhar puseram alguma providência cautelar ao Presidente...
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