Os preços de produtos alimentares como o leite e o trigo serraceno estão a provocar a escassez e uma brusca subida de preços na Rússia. Os retalhistas acusam os produtores e intermediários, mas estes devolvem as acusações e culpam também os incêndios e seca.
A oferta de leite na rede comercial cobre a procura em 70-80 por cento, escreve hoje o diário Nezavissimaia Gazeta.
Peritos do grupo de distribuição X5Reital, que conta com várias cadeias de distribuição a grosso e com mais de 1300 supermercados na Rússia, consideram que o consumo de leite aumentou em 40 por cento durante o mês de Agosto. Em parte, este aumento deveu-se ao fato de os médicos recomendarem beber mais leite nas regiões atingidas pelos incêndios florestais.
No mesmo período, o preço de venda do leite ao consumidor subiu, em média, 10 por cento.
Quanto ao trigo serraceno, um dos cereais mais consumidos no país, ele desaparece rapidamente das prateleiras das lojas e supermercados.
“Neste campo observa-se a maior subida dos preços: entre 40 e 60 por cento”, declarou Mikhail Susov, porta-voz do X5ReitalGroup.
“A indústria transformadora e intermediários, alegando consequências da seca, sobem os preços do leite comprado aos produtores, o que provoca o aumento dos preços a retalho”, lê-se numa nota do centro de imprensa da Tzentrosoiuz da Rússia.
A Tzentrosoiuz é constituída por uma rede de empresas que compram, transformam e realizam produtos agrícolas em 76 regiões do país.
As grandes empresas retalhistas pedem ao Governo russo que investigue “se os fornecedores aumentam os preços por razões justificadas ou por especulação e se há permissas económicas para o aumento de preços”.
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