O Irão não tenciona cumprir as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovadas em arrepio das normas jurídicas internacionais, declarou, hoje, Asghar Soltanieh, enviado do Irão junto da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA).
Soltanieh encontra-se há dois dias em Moscovo para encontros com jornalistas russos com vista a esclarecer a posição de Teerão sobre a problemática nuclear.
“O Irão não cumpriu e não irá cumprir as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, porque não têm força e base jurídica, foram aprovadas em arrepio das normas jurídicas internacionais. Pensamos que o CS da ONU, enquanto instrumento utilizado pelos países ocidentais e, nomeadamente, pelos Estados Unidos, enquanto instrumento para pressionar Teerão, entrou num beco sem saída”, declarou Soltanieh.
Ele frisou que o Irão está pronto a ajudar a comunidade mundial a “sair desse beco sem saída”.
“Estamos prontos a ajudar a comunidade mundial e o CS da ONU da situação criada se os países ocidentais, em primeiro lugar os EUA, deixarem de exercer pressão em órgãos competentes como o Conselho de Segurança e a AIEA, para a realização dos seus objetivos políticos”, precisou Soltanieh.
O diplomata iraniano acrescentou que Teerão está pronto a conversações sobre todos os aspetos da ordem do dia internacional, incluindo as questões de desarmamento, não difusão de armas nucleares e a questão da troca de urânio fracamente enriquecido por urânio enriquecido até 20 por cento.
Em Julho de 2010, Mahmud Ahmadinejad, Presidente do Irão, disse que as novas sanções do CS da ONU não iriam influir no desenvolvimento do programa nuclear do seu país.
2 comentários:
Parece-me que das três uma: ou o regime iraniano tem alguma na manga; ou tem as costas quentes; ou então está a jogar poker.
O ter algo na manga traduz-se na possibilidade de estar mais avançado na pesquisa nuclear do que se pensa, ou na possibilidade de ter novas instalações (secretas) onde desenvoverá as armas.
O ter as costas quentes será o ter o apoio de países como a China ou a Rússia. Qual é a posição de Moscovo face a estas declarações?
Quanto à hipótese do jogo de poker... parece-me que este Regime e este Presidente iraniano arriscam demasiado, sobetudo no que diz respeito a Israel, que actualmente vê-se entre a espada e a parede e, para mais, está preso dentro de um jogo democrático no qual os partidos religiosos, mercê da demografia, têm cada vez mais poder.
Não auguro nada de bom para o Médio Oriente.
Os Iranianos têm mais tradição em jogar xadrez e estão a conseguir por os adversários em Xeque
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