quinta-feira, abril 21, 2011

José Estaline, ditador comunista soviético, também chorava


O ditador comunista soviético José Estaline chorou pelo menos duas vezes durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), escreve Lavrenti Béria, chefe da polícia política NKVD-KGB da União Soviética, nas suas memórias que irão ser publicadas em breve.
Béria afirma ter visto lágrimas nos olhos do ditador a 23 de Setembro de 1943, quando foi informado da forma como os soldados soviéticos combatiam em Estalinegrado, cidade batizada em sua honra.
Estaline voltou a chorar a 10 de Maio de 1945, no dia a seguir à capitulação da Alemanha nazi perante as tropas soviéticas em Berlim.
“Ontem à noite estivemos em casa de Koba (mais um dos pseudónimos de Estaline). Novamente nós três. Klim (Vorochilov), eu e Gueorgui (Malenkov). Viatcheslav (Molotov) estava longe, na América. E de novo Koba não estava igual a si mesmo. Estava mais meigo e até deixou escapar uma lágrima. Eu também não me reconheci a mim próprio. Nem acredito que nos livrámos de fardo tão pesado!”, escreve o carrasco de milhões de soviéticos.
Segundo Béria, Estaline, a um mês do início da guerra entre a União Soviética e a Alemanha, não acreditava que Hitler fosse atacar o seu país, não obstante todas as provas em sentido contrário.
Quando Andrei Jdanov, um dos dirigentes do Partido Comunista Soviético, contou a Béria que Estaline duvidava que Hitler iria correr um “grande risco”, o chefe da polícia política respondeu: “talvez assim seja, mas as informações da fronteira são muito más, não se transferem tantas tropas sem razão. Eles reforçam pontes de madeira com ferro. Para quê? Desinformação? Um c...! Eles estão a preparar-se bem”.
Lavrenti Béria escreve também que, em Agosto de 1942, aconselhou Estaline a “emborrachar” Churchill para que este aceitasse criar mais rapidamente a segunda frente de combate contra os nazis.
“Koba contou-me que o meu conselho sobre Churchill serviu. Churchill concordou, apanhou uma borracheira e foi-se embora. Koba contava e ria-se. Viatcheslav também se ria e Kilim Vorochilov desatou às gargalhadas”, recorda Béria
“Depois Koba disse: “Tudo corre bem quando conheces antecipadamente as fraquezas do inimigo”, frisa.
Georgiano de origem, tal como Estaline, Lavrenti Béria foi chamado a Moscovo para trabalhar na direção da polícia política soviética em 1938, tendo sido fuzilado depois da morte do ditador comunista soviético, em 1953.

1 comentário:

Anónimo disse...

Youtube: A União Soviética e o Nazismo.