domingo, abril 10, 2011

Tomados por assaltantes de ourivesaria em Barcelos

Pelos vistos, a segurança das pessoas e bens é um problema cada vez maior em Portugal e, na semana passada, senti isso ao visitar uma ouriversaria na rua central de Barcelos.
Não, eu não fui testemunha de um assalto a uma ouriversaria, embora isso não fosse nada de extraordinário num país onde esse se transforma num crime comum.
A estória a outra. Eu e um grupo de amigos russos (dois homens e três mulheres) entrámos numa ouriversaria, pois uma das mulheres ficou encantada com as filigranas minhotas em prata.
Enquanto a empregada da ouriversaria mostrava as peças pretendidas pelas mulheres, o empregado (presumo que seja marido) movimentava-se nervosamente da loja para um compartimento interior. Talvez pensasse que tinha entrado um grupo de romenos na loja com intenções criminosas.
Verdade seja dita, o empregado não é obrigado a distinguir o romeno do russo, nem mesmo quando entre os estrangeiros está um português que fala com o sotaque do Norte.
Uma das pessoas que estava comigo entendeu o que se estava a passar e perdeu imediatamente a vontade de comprar o que quer que fosse, mas as mulheres russas compraram algumas peças.
Compreendo as preocupações e receios dos ourives, mas fiquei triste porque, além de sermos olhados como potenciais assaltantes, a ouriversaria chama-se "Milhazes". 
Não é minha, nem tenho nada a ver com ela (talvez o dono seja um dos parentes muito afastados), mas, mesmo assim, fiquei triste. Ser olhado como assaltante na Ouriversaria "Milhazes". 
A segurança no nosso país anda mesmo pelas ruas da amargura.

2 comentários:

Anónimo disse...

Vai mal, mas pode ficar bastante pior.

António Reis disse...

enfim...