Putin dá prioridade ao desenvolvimento dos setores de mísseis e espacial

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, considerou hoje que o desenvolvimento do setor de misséis e espacial constitui uma prioridade para a Rússia.

“Do ponto de vista da capacidade de defesa do país, o setor de mísseis e espacial, tenho em visto o Espaço militar, é uma prioridade absoluta paralelamente à indústria nuclear e à sua parte militar”, declarou ele num encontro com dirigentes sindicais do Instituto de Investigação de Dimensões Físicas.

Ao responder a uma pergunta de um dos participantes do encontro, Putin revelou que, no presente ano, o financiamento desse setor aumentou em mais de 30 por cento, atingindo 3,8 mil milhões de euros.

“Este é, sem dúvida, uma das vantagens concorrentes da economia. Tenho em vista o Espaço militar e o Espaço comercial. No campo dos foguetões, temos vantagem absoluta e alguns dos nossos parceiros têm de suar muito para atingir as nossas posições e parâmetros. Mas, em alguns casos, já temos de andar atrás”, precisou.

Porém, o primeiro-ministro russo sublinha que “não nos devemos esquecer dos armamentos convencionais.

Vladimir Putin afirmou também que as centrais nucleares da Rússia são as mais seguras, mas frisou que as autoridades deverão controlar esse setor.

“No que respeita à segurança da energia atómica, é uma das pedras fundamentais do desenvolvimento desse tipo de energia em geral. Todos os estudos das nossas centrais pela Agência Internacional de Energia Atómica mostraram que as nossas medidas de segurança são as melhores do mundo. Posso dizer isto com orgulho e responsabilidade total”, acrescentou.

Segundo ele, não há limites para a perfeição, temos de trabalhar constantemente”.

Putin considerou que o principal erro cometido pelos especialistas japoneses na central nuclear Fushima-1 foi “não terem encontrado atempadamente fontes de energia de reserva”.

“Os nossos reatores atómicos podem trabalhar sem fontes externas de energia durante três dias. Isso é suficiente para tomar medidas operativas de reação. Em princípio, os especialistas dizem que podem aumentar esse prazo até cinco dias, mas isso ficará mais caro”, notou.

O dirigente russo anunciou que o seu país irá aumentar a fatia do setor nuclear na produção total de energia de 16 para 25 por cento, chamando a atenção para o facto desse indicador ser superior a 80 por cento em França.