quinta-feira, novembro 10, 2011

Só um milagre pode salvar a sonda Phobos-Grunt

Só um milagre poderá salvar a sonda Phobos-Grunt que foi lançada, durante a madrugada de quarta-feira, a bordo do foguetão Zenit, do cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão, declarou uma fontes dos serviços espaciais à agência Interfax.
“Os especialistas tinham prevenido que o sistema de comando da estação interplanetária não estava totalmente preparado. O risco de fracasso devido a uma situação extraordinária era muito grande. Infelizmente, os piores prognósticos realizaram-se”, acrescentou essa fonte.
Segundo ela, “o ciclograma de elaboração da trajetória interplanetária é muito complicada, deve ter em conta numerosos fatores balísticos e, por isso, o controlo automático deveria trabalhar idealmente”.
O perito citado pela Interfax considera “não científica” a versão de que o fracasso do lançamento da sonda se deveu à influência da passagem de um gigante asteróide no sistema de direção do aparelho.
Vladímir Popovkin, presidente da agência espacial russa Roskosmos considera que o incidente não ditou o "fracasso" da missão ao realçar que os especialistas têm agora 72 horas para carregar um novo programa de voo no computador central da Fobos-Grunt.
Caso os especialistas não consigam salvar a sonda durante três dias, os acumuladores de energia deixarão de funcionar e o aparelho acabará por cair na Terra.
Um dos aparelhos da sonda  contém cobalto radioativo, mas os especialistas dizem que isso não constitui qualquer perigo.
“A quantidade de cobalto que se encontra na sonda Phobos-Grunt é muito pequena e não constitui qualquer perigo”, precisou uma fonte da agência Ria-Novosti.
Este pode ser o quarto fracasso da Roskosmos em 2011 no lançamento de naves espaciais.
Se fosse bem sucedida, seria a primeira missão interplanetária russa com êxito desde 1986.
O aparelho é destinado à recolha de amostras do solo de Phobos, onde aterrará ao fim de quase um ano após o seu lançamento. As amostras são esperadas na Terra em 2014.
A missão espacial propõe-se determinar se Phobos é um asteroide bloqueado na órbita de Marte ou se este pequeno corpo celeste, de 18 quilómetros de diâmetro, foi 'arrancado' do planeta vermelho.
De acordo com a Roskosmos, determinar a origem de Phobos, o maior dos dois satélites marcianos, permitirá compreender melhor os mecanismos de formação do sistema solar.
A última missão interplanetária bem sucedida pela Rússia, na altura URSS, foi em 1986, com as sondas Vega, que exploraram o planeta Vénus e o cometa Halley.

4 comentários:

PEDRO disse...

Marte está amaldiçoado para os Russos.
Já durante o tempo Soviético, muitas sondas falharam apesar da insistência.

Espero que ainda consigam reabilitar o aparelho, que até leva consigo uma outra sonda chinesa.

E se se confirmar a falha é uma grande chatice. Estas coisas saem muito caro, e demoram muito tempo a produzir.

MSantos disse...

Esperemos que aconteça.

Mas é desde já muito improvável e provavelmente a sonda ficará perdida.

Cumpts
Manuel Santos

Jest nas Wielu disse...

Não foi o asteróide, não, foram os georgianos com ajuda dos estónios e ucranianos a realizarem este acto da russofóbia aguda!

PEDRO disse...

"Não foi o asteróide, não, foram os georgianos com ajuda dos estónios e ucranianos a realizarem este acto da russofóbia aguda!"


O Jest, está sempre a bombar, que castiço é este garoto.