sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Putin acusa Ocidente de querer substituir regime político no Irão

O primeiro-ministro e candidato a Presidente da Rússia considera que o Ocidente tentar substituir o regime no Irão sob o pretexto do combate à difusão das armas de destruição massiva.
“Também considero que, sob o pretexto da luta contra a difusão de armas de destruição massiva através do aparecimento de um novo membro possível do clube nuclear, o Irão, fazem-se tentativas de outro carácter, cujo objetivo é outro: substituir o regime”, declarou ele num encontro com especialistas em segurança nacional.
Putin frisou que “temos semelhantes suspeições” e que, por isso, “temos uma posição significativamente diferente da que nos tentam apresentar como via principal de desenvolvimento do problema iraniano”.
“As nossas posições coincidem numa posição: não estamos interessados em que o Irão se transforme numa potência nuclear”, acrescentou.
Um dos especialistas presentes perguntou-lhe se a Rússia não tem uma posição pouco autónoma face ao problema do Irão e Putin discordou: “A autonomia da nossa posição manifesta-se, nomeadamente, no facto de termos levado até ao fim o nosso trabalho na construção da Central de Busher”.
“Não obstante a pressão sobre nós, trabalhámos e iremos continuar a trabalhar de forma independente nesse plano”, precisou.   
Segundo ele, a Rússia não irá agir de forma agressiva.
“Iremos agir em cooperação com os nossos parceiros na arena internacional. É preciso sentir sempre quem tem as nossas posições e encontrar aliados em cada período e sobre cada problema”, acrescentou.
Putin acusou os Estados Unidos de não quererem dialogar com a Rússia sobre a criação de um escudo antimíssil e de querer ter o “monopólio da invulnerabilidade”, mas promete que o seu país irá reagir.
“Claro que é preciso neutralizar as ameaças à nossa segurança nacional, mas é necessário fazer isso de forma a não criar novas ameaças de carácter global, não destruir o equilíbrio de forças estratégicas”, explicou.
O dirigente russo diz que não tenciona renunciar a nenhum dos meios de defesa militar e que o seu país não tenciona reduzir os gastos em armamentos.

8 comentários:

Anónimo disse...

Sr. Milhazes,
desculpe por ser fora do assunto, mas acho que vale divulgar: o recurso Street View do google maps e google earth agora inclui Moscovo/Moscou e São Petersburgo.

Grato!

Europeísta disse...

Igual como ele faz na Geórgia, Ucrania, Moldávia, Uzbequistão?

PEDRO disse...

Um bom artigo, Sr Milhazes.

Eu sou 100% contra a ingerência americana em qualquer pais. É obsceno que isso aconteça.

E só há um pais que já usou armas nucleares e com a agravante de ser contra civis, e não contra infra-estruturas militares.Foram os EUA em Hiroxima e Nagasaki.

Será que!!!! Por serem os Americanos a usar a Bomba ela é mais democrática e portanto aceitável?

Parece que perante alguns comentadores e politólogos ocidentais assim é.

Ou seja se os Americanos usarem uma bomba atómica como (Alegadamente) o fizeram no Iraque em 2003/2004 (Faluja) é algo democrático e que contribui para o progresso da humanidade e da democracia.

Em suma um pais que não aprovar no seu território uma cadeia de McDonalds(Comida com Veneno), ou a Coca-Cola é um estado pária, anti-democrático, Extremista etc etc...


.... Enfim o mundo cada vez me mete mais mete nojo....

Anónimo disse...

Quero ver o que a Rússia fará quando os Eua e Israel atacar o Irão....

Anónimo disse...

O problema da Rússia é que a palavra dos seus atuais líderes valem tanto quanto uma moeda de 3 rublos: não vale nada! Não completaram-se dois anos desde que a Rússia juntou-se a EUA, Inglaterra e França para boicotar uma tentativa de solução negociada para a crise nuclear.

http://www.reuters.com/article/2010/05/16/us-iran-nuclear-deal-idUSTRE64F29P20100516

Turquia e Brasil lideraram os esforços e conseguiram sérios compromissos de Teerã, mas os esforços foram boicotados, inclusive pela Rússia. Certamente Moscou incomodara-se com o papel decisivo de países de fora do Conselho de Segurança para tratar desse assunto. Pois bem, agora os mesmos dirigentes russos posam de anti-belicistas e favoráveis à negociação.
Síria e Iran sabem que essa Rússia não é nem de longe o que foi a União Soviética. Nesses "silovikis" não se pode confiar. E vão mudar de postura ao primeiro afago que os EUA ou a Europa lhes dirigir. As forças de equilíbrio na questão do Irã são China e Índia. A Rússia protagoniza um teatro de mau-gosto!

Anónimo disse...

Gente Putin esta certa ora EUA quer dominar o mundo, agora vejam o Iraque muitas mentiras depois líbia e deram armas as rebeldes da Síria. La na áfrica já a guerra matarão milhares cadê a OTAN na síria e o petróleo que OTAN esta de olho, mas agora Rússia de Putin e china acabaram a farra dos petroleiros e sua secretária EUA dona de ações dos mesmos, chega de teatro americano vai se ferrar cúpulas de hipócritas.

Anónimo disse...

Gente Putin esta certa ora EUA quer dominar o mundo, agora vejam o Iraque muitas mentiras depois líbia e deram armas as rebeldes da Síria. La na áfrica já a guerra matarão milhares cadê a OTAN na síria e o petróleo que OTAN esta de olho, mas agora Rússia de Putin e china acabaram a farra dos petroleiros e sua secretária EUA dona de ações dos mesmos, chega de teatro americano vai se ferrar cúpulas de hipócritas.

Anónimo disse...

Os imperialistas estadunidenses aceitam apenas eleições de regimes inócuos, inermes, fantoches, subservientes, favoráveis e sequazes do Império. Ademais, o governo eleito por esses povos das nações do mundo livre que não aceitam se sujeitarem aos caprichos dos Estados Unidos da América do Norte, serão sempre rotulados ou assacados de totalitário, tirânico, ditadura e seus inimigos.