terça-feira, junho 12, 2012

Oposição aprova Manifesto da Rússia Livre









Dezenas de milhar de pessoas manifestam-se no centro da capital russa para contestar o que consideram ser a política repressiva do Presidente Putin e exigir eleições gerais antecipadas.
Moscovo acordou sob fortes chuvadas, mas elas não foram capazes de desmotivar opositores de todas as cores.
Bandeiras brancas, azuis, vermelhas, pretas, faixas com inscrições para todos os gostos. Os comunistas ostentam “Lenine, Estaline, socialismo”, enquanto que os nacionalistas portam um grande pano com a inscrição:  “Putin marca passo com a América. Vende-nos, mas promete salvar-nos”.
É difícil imaginar uma coexistência pacífica entre forças políticas tão dispares e diferentes: liberais e conservadores, estalinistas, trotskistas e anarquistas, monárquicos e nacionais, representantes das minorias sexuais juntaram-se uma vez mais, quando muitos analistas consideravam que a oposição estava dividida por falta de programa e perspetivas.
Mas elas voltaram a existir depois do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter assinado, na semana passada, uma lei que limita fortemente o direito dos russos a manifestações, aumentando fortemente as multas por realização de manifestações ou qualquer outro tipo de agrupamento ilegal.
Além disso, na véspera da manifestação, a polícia de Moscovo realizou buscas em casas de conhecidos dirigentes da oposição e chamou hoje alguns a depor, para que não possam participar na manifestação.
Estas medidas não só fizeram que a oposição se voltasse a unir, como fez com que muitos cidadãos sem partido tenham saído para a rua a fim de protestar contra o “arbítrio de Putin”.
“Eu estava na minha casa de campa dos arredores de Moscovo a descansar, mas, depois da pouca vergonha de ontem, decidi juntar-me ao protesto e exigir que Putin e a sua camarilha deixem o poder”.
“Rússia sem Putin!”, “Putin é um ladrão!”, “Putin que vá fazer esqui para a Sibéria!”, “Um dois três, Putin chegou a tua vez!”, gritam, entretanto, os manifestantes.
É de salientar a participação de um grande número de jovens entre os manifestantes, facto que contradiz as afirmações de que defendem que a juventude está motivada para a luta política.
“Aqui está em jogo o nosso futuro, não queremos continuar a viver assim, queremos ser nós a decidir esse futuro”, declarou Nastia, aluna de uma das universidades de Moscovo à Lusa.
“Realização de novas eleições gerais! Realização de eleições democráticas”, “Abaixo o poder dos serviços secretos!”, gritam os manifestantes em redor.
Milhares de polícias encontram-se nas ruas de Moscovo, dezenas de camiões, camionetas da polícia, ambulâncias estão estacionadas nas proximidades das ruas onde a oposição se manifesta.
Entre os manifestantes, alguns jovens ofereciam aos manifestantes bilhetes grátis para os camiões celulares da polícia, que, por enquanto, ainda não foram necessários.
Os organizadores da manifestação tentaram cumprir à letra todas as normas para que as autoridades não tenham motivo de queixa.
Os participantes da manifestação da oposição russa na capital russa apoiaram o Manifesto da Rússia Livre, onde exige novas eleições gerais e revisão da Constituição. No manifesto, lido no comício realizado após da manifestação por Evguenia Tchirikova, uma das dirigentes da oposição, exige-se a “demissão de toda a direção da Rússia, a dissolução do Parlamento e a preparação de um novo projeto de Constituição”. A oposição propõe também a elaboração e aprovação de uma nova lei que irá regular as eleições parlamentares. Depois da eleição de um novo Parlamento, este deverá preparar uma nova Constituição e levá-la a referendo. O novo Parlamento deverá também convocar novas eleições do Presidente da Rússia, “cujos poderes e prazos de permanência no poder serão seriamente reduzidos”. Os opositores exigem também que tribunais, procuradoria e polícia “sejam limpos de pessoas que cometeram crimes”. As ações de protesto irão continuar até que o poder dê ouvidos aos protestos. “Um comité de coordenação, constituído por representantes de diferentes forças políticas e da sociedade civil, eleito segundo um esquema transparente, chamará a si a responsabilidade pela preparação e realização de ações de protesto”, acrescentou Tchirikova. “Segundo ela, “todas as formas de protesto cívico pacífico devem ser utilizados: marchas, comícios, greves, campanhas de desobediência civil e de pressão cívica sobre os órgãos do poder. A manifestação reuniu as mais variadas forças da oposição, cujas bandeiras formaram um autêntico arco-íris. Segundo a polícia, os opositores conseguiram reunir cerca de 15 mil pessoas. Mikhail Fedotov, Comissário para Direitos Humanos junto do Presidente da Rússia, fala em cerca de 100 mil e a oposição em cerca de 200 mil. O Partido Rússia Unida já veio desvalorizar mais esta onda de protesto. “A manifestação realizada foi menor do que as anteriores tanto quanto à quantidade dos participantes, como no que respeito ao sentido. No lugar da Marcha de Milhões, conseguiram juntar alguns milhares de pessoas”, declarou Alexei Tchesnakov, membro do Conselho Geral do partido controlado por Vladimir Putin.

28 comentários:

PEDRO LOPES disse...

Que bandalheira autêntica!!!!

Estalinistas e Leninistas misturados com activistas de extrema-direita.

É isto que o Ocidente apoia e financia? É isto que usam no ocidente para denegrir a imagem da actual liderança do Kremlin?

Haja paciência!!!!
Toda a gente com mais de 2 neurónios sabe o motivo destas palhaçadas.

Esses slogans que ostentam deviam ser outros.

Deviam usar slogans tipo:

"Putin, privativa o Gás",
"Putin, privatiza o petróleo",
"Putin, privatiza os metais",
"Putin, fecha a industria de defesa",
"Putin, aceita empréstimos do FMI",
"Putin, privativa a rede eléctrica".
"Putin, dá a indepêndência á tchchénia, á ingushétia, á Siberia",


Estes seriam slogans mais honestos.

PALHAÇADA ABSOLUTA.

Eleições antecipadas? Qual o motivo?.

PEDRO LOPES disse...

Reparem que, pelo menos segundo o texto, não vemos aqui exposto qualquer proposta para o futuro da Rússia.
A única ideia politica destes peões é "Putin sai".
Existe algum plano politico, económico, social desta pseudo-oposição?
Vimos aqui alguma reivindicação social? O Governo Russo tem imposto medidas de austeridade ou que prejudiquem a economia em geral?

O Kremlin tem sido demasiado brando com esta gente. Desde há um ano que fazem estas paradas de pornografia politica e ainda dizem que o governo é autoritário?

Em Nova Iorque e outras cidades americanas os manifestantes tem tido sorte diferente. São enjaulados ás centenas e agredidos barbaramente. Os EUA nisso não brincam. E no caso dos movimentos OWS ainda conseguimos ver algumas causas por parte dos protestantes, nomeadamente com a questão do 1% que detém a maioria da riqueza, com o conluio entre estado e privado ou do esbanjamento de dinheiro em guerras de ocupação pelo mundo fora.

Pippo disse...

Tirando o chavão do "Rua Putin", quais são, concretamente, as propostar da "oposição" ao Rússia Unida?

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Pippo, leia com atenção.

Wandard disse...

Propostas?

Pippo, eles não tem propostas a única proposta é repetir a mesma cantilena e seguir ao contrário de propostas o propósito que é abastecer a mídia ocidental com textos e imagens conforme o que aqui foi apresentado, o que acho mais divertido são os depoimentos textualizados, são idênticos a certos programas veiculados nas tv por assinatura, geralmente ingleses ou americanos, ou às entrevistas de programas e propagandas políticas.

Estas manifestações são uma grande fraude,.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Wandard, eu estive na manifestação e considero que se o poder não dialogar com a oposição, vai ter sérios problemas. O mal não está no Ocidente, como você considera, está aqui.

PortugueseMan disse...

...e considero que se o poder não dialogar com a oposição, vai ter sérios problemas.

Tenho sérias dúvidas quanto a isso.

Onde a oposição poderia ter mostrado a sua força era nas eleições, não é aqui com algums milhares a passear pelas ruas.

Onde estava a oposição quando Putin conseguiu obter mais de 60% dos votos?

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro PM, a oposição estava a ver como as eleições foram viciadas, para não dizer pior.

Wandard disse...

Sr Milhazes,

Esta afirmação que a oposição estava a ver como as eleições foram viciadas, tem ser confirmada. Onde estão as provas? A oposição até agora não apresentou nada que seja que seja palpãvel a não ser estas manifestações financiadas por "ONGS".. Já vi esta palhaçada acontecer aqui e resultou em que, uma infinidade de partidos políticos sangrando o erário, roubo e corrupçào. Estas mesmas ongs já estiveram aqui tentando fazer cumprir a "agenda externa" do Tio Sam .

Wandard disse...

E a propósito, são estes milhares que falam por milhões. Aonde foi " A marcha dos milhões"?

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Wandard, ao contrário de você, eu assisti à campanha eleitoral e eleições. Deixe o tio Sam em paz.

Pippo disse...

JM, o que esta "oposição" propõe é:
1 - “demissão de toda a direção da Rússia (correr com o Putin)
2 - novas eleições gerais (para correr com o Putin);
3 - revisão da Constituição (isto quer dizer concretamente o quê?).
4 - elaboração e aprovação de uma nova lei que irá regular as eleições parlamentares (mais uma vez, uma lei eleitoral para correr com o Putin).

Portanto, mais uma vez, o que é que a oposição pretende para o país para além da expulsão de Putin?

Europeísta disse...

Pra mim a Rússia não é mais democrática, se é que alguma dia já foi. O que estamos vendo é que Putin está de fato implementando uma ditadura na Rússia. Seu prejeto de podeer é ditatorial.

PEDRO LOPES disse...

"Deixe o tio Sam em paz".

Tem toda a razão. O Tio Sam nunca interfere nos assuntos alheios, nunca. Nunca participou em derrubes de governos, nunca apoiou insurrectos em nenhum lado. É tudo fantasias.

"eu assisti à campanha eleitoral e eleições".

O Sr Milhazes fez parte da equipa de observadores?

Já agora uma questão, os partidos que ficaram em segundo e terceiro nas ultimas eleições apoiam estas manifestações?

PortugueseMan disse...

Caro PM, a oposição estava a ver como as eleições foram viciadas, para não dizer pior.

E isso quer dizer o quê meu caro,

O que é que a oposição viu? Que só 10% dos votos é que foram votar em Putin?

20%?

30%?

50%?

Quantas dezenas de milhares de votos fora viciados? foram centenas de milhares? foram milhões?

Em 70 milhões de votos, quantos foram viciados meu caro?

Quanta gente na Rússia ainda acredita em Putin? apenas umas dezenas de milhar?

Wandard disse...

Sr Milhazes,

Graças aos recursos tecnológicos foi possível acompanhar boa parte da campanha eleitoral e através de amigos e outros contatos consegui ter um conteúdo de informações sobre o desenrolar nas urnas. É certo que o senhor residente em Moscou teve a presença in loco, ao contrário de mim porém além do senhor existem outros cidadãos de outros países que aí residem e que também acompanharam todo o processo e transmitem informações discordantes das que o senhor aqui referenciou na intensidade e no volume.

HAVOC disse...

Essas manifestações só servem para desestabilizar país. A primavera árabe, por exemplo, destituiu governos, mas não trouxe democracia para estes países. Basta ver o que está ocorrendo atualmente no Egito. Estes países ainda estão desestabilizados, pois a propria população não tem unidade nacional.

Com relação á Rússia em sí, essas manifestações não vão mudar o destino de seu país, porque não representa a maioria da população. E ao contrario de outros países onde ocorreram a primavera árabe, na Rússia o atual governo tem maioria na DUMA, o que é um fator de liderança inquestionável em todos os níveis!!!

Felipe Pinheiro disse...

Caro Milhazes, estou com uma curiosidade: qual o perfil do Serguei Udaltsov, líder da Frente de Esquerda? Ele é alinhado ao Partido Comunista, ou possui uma linha própria (e qual seria)? Ele é bem visto pela população?

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro PM, eu nunca escrevi que Putin não goza de apoio na Rússia, mas sempre escrevi que os resultados das eleições são adulterados a favor do poder. Putin pode ter o apoio de 51% dos votantes, mas deve respeitar as ideias e propostas dos restantes. A democracia distingue-se, entre outras coisas, pelo respeito das minorias.
Caro Wandard, eu não possuo a verdade absoluta, por isso pode acreditar em quem achar por bem.
Caro Felipe, Serguei Udaltsov é um homem da chamada esquerda radical. Em Portugal, seria dirigente do Bloco de Esquerda.
P.S. Eu, pessoalmente, não simpatizo com as ideias deste político, mas merece respeito.

PortugueseMan disse...

Caro PM, eu nunca escrevi que Putin não goza de apoio na Rússia, mas sempre escrevi que os resultados das eleições são adulterados a favor do poder. Putin pode ter o apoio de 51% dos votantes, mas deve respeitar as ideias e propostas dos restantes. A democracia distingue-se, entre outras coisas, pelo respeito das minorias.

Meu caro, acho que andavamos a ver qualquer coisa ao contrário. Se em cada país democrático, cada vez que houvesse eleições, os partidos que tivessem perdido fossem para a rua exigir novas eleições, algo de muito errado se estaria a passar.

Dado que até você concorda que Putin tem a maioria absoluta dos votos, parece-me a mim que existe uma grande falta de respeito pela maioria dos eleitores, que escolheram Putin.

Portanto a mim parece-me que PRIMEIRO QUE TUDO as MINORIAS devem RESPEITAR as escolhas das maiorias. É assim nas democracias, mas parece-me que na Rússia as minorias mostram afinal que também não sabem funcionar em democracia.

Pode haver muita a coisa a criticar, como existe em qualquer lado. Qualquer democracia, ou qualquer regime, tem sempre pessoas, grupos, que não concordam com o que se faz, que pretendia ver um caminho diferente.

Mas uma das CARACTERISTICAS da democracia é dar hipótese de escolha à maioria da população. A maioria escolhe qual o caminho que prefere, e o resto aceita, porque a maioria assim o preferiu, pode-se considerar que escolheram o caminho errado, mas foi a escolha da maioria.

E na Rússia parece-me haver uma grande falta de respeito pelos valores democráticos. Como já tenho dito aqui, DEMOCRACIA não é o que nós queremos, DEMOCRACIA é a escolha da MAIORIA.

Unknown disse...

Eu sou pelo equilíbrio de forças. Não gosto de ver a Rússia de joelhos. Se a Rússia não se opuser à barbárie colonial da NATO, ninguém tem força militar para isso.
Quando puder visite o Campo de Tortura de Guantánamo. E já agora informo-o, que muitos líbios foram para Guantánamo, com escala na Base das Lajes, nos Açores. A base das Lajes é um entreposto para a rede de Tortura Guantánamo e sucursais como a de Bagram.
Tivemos o azar de não jogar nada até sofrermos o golo.
Na primeira parte estivemos a ver os alemães a jogar, que até jogaram bastante mal, passes errados para a área de Portugal, péssima finalização, caso contrário tínhamos sido goleados. Pepe rematou quase bem e Suíça 5 – Alemanha 3.
Só começamos a jogar quando sofremos o golo, mas já não havia tempo. A pergunta que se coloca é esta. Por quais razões não começamos a jogar logo no início do jogo, como a Suíça, que lhes ganhou por 5-3?
Amanhã temos a Dinamarca.
É interessante o blog.
O excelentíssimo António Borges quer que os salários de fome passem a ser salários de muita fome. Mas ele ganha um salário muito interessante e é mais um «moralista», ontem fartou-se de pregar a sua moral para os outros, mas que não usa para si próprio, na RTP1, depois da 22.30.
O LAZER É ÓPTIMO, O PIOR É QUANDO FALTA O SUBSÍDIO DE FÉRIAS.
Um programa recente da SIC Notícias disse mentiras sobre o caso «Equador», que tem frases inteiras copiadas de «Cette nuit la liberté».
MST é um «moralista» anti-Esquerda.
É sempre bom conhecer melhor um «moralista».
A Censura anda muito activa nos comentários dos blogs. Espero que deixe passar este comentário.
Em www.anticolonial21.blogspot.com está a verdade inconveniente sobre a cópia de partes de «Cette nuit la liberté» por Miguel Sousa Tavares para o livro «Equador».

PEDRO LOPES disse...

A Censura anda muito activa nos comentários dos blogs

Caro José Freitas,
antes de mais parabéns pelo seu post. Foi de uma escrita fluída, clara, verdadeira e até cómica. O Blog que refere parece muito interessante.

Em relação á censura nos blogs, fóruns e websites de noticias com comentários, eu já confirmei isso por diversas vezes.
Os que publicam os comentários após aprovação alegam que é para evitar comentários extremistas ou ofensivos.
No entanto eles bloqueiam comentários que vão contra o "Establismen" do poder neoliberal/corporativista ocidental.

Experimentem por exemplo comentar noticias sobre a Síria no jornal Publico, mas defendendo a posição Russa/Chinesa e criticando a propaganda falsa e vão ver que raramente publicam os vossos comentários.

Anónimo disse...

Caro José Milhazes
Eu acompanhei o evoluir das eleições na Rússia pela Internet como o fiz em relação aos Estados Unidos, à França, Portugal ou Brasil, etc. e não vi diferença nenhuma.
Agora este tipo de contestação surpreende-me.
Há países por razões culturais, certamente, onde os vencidos nunca aceitam os resultados eleitorais dos vencedores mas ver o José Milhazes metido na contestação ainda me surpreende mais.
Espero que Putin não caia nunca na tentação da privatização daquilo que é fundamental numa economia e que saiba conduzir os destinos da Rússia de forma sábia para bem da Humanidade.
Creio que a Rússia não perdeu os hábitos da planificação económica e se assim for poderá vir a ser uma grande economia integrada no espaço económico dos BRICS.
José

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro José, eu não participo nos protestos. Estou lá porque sou jornalista e tento transmiti-los da forma mais equilibrada possível.

Wandard disse...

"Caro José, eu não participo nos protestos. Estou lá porque sou jornalista e tento transmiti-los da forma mais equilibrada possível."

Aonde estão as reportagens das manifestações do outro lado?????

Aqui só ocorreram postagens referentes à oposição!!!!!!

anónimo russo disse...

Esses manifestantes falam tanto na "democtacia", mas não são capazes de respeitar a opinião da maioria, que elegeu Putin. Só um canalha ou um mentiroso acabado pode afirmar, que Putin não recebeu a maioria dos votos.
Que se manifestem à vontade, mas que não nos impeçam a viver em paz. O velho judeu Pozner tem razão: a Rússia nunca viveu tão bem (em termos da economia).

anónimo russo disse...

PEDRO LOPES disse...
Reparem que, pelo menos segundo o texto, não vemos aqui exposto qualquer proposta para o futuro da Rússia.
A única ideia politica destes peões é "Putin sai".

Exato. Para muitos deles, segundo eu entendo, isto é uma especie de um jogo. Os jovens não entendem e não lembram o que era a Rússia nos anos 90. Parece qeu nem pensam no bem'estar económico do país.
E claro que não há qualquer programa político sério, alem dos gritos "Putin, sai".

anónimo russo disse...

PortugueseMan disse...
"Caro PM, eu nunca escrevi que Putin não goza de apoio na Rússia, mas sempre escrevi que os resultados das eleições são adulterados a favor do poder. Putin pode ter o apoio de 51% dos votantes, mas deve respeitar as ideias e propostas dos restantes. A democracia distingue-se, entre outras coisas, pelo respeito das minorias.

Meu caro, acho que andavamos a ver qualquer coisa ao contrário. Se em cada país democrático, cada vez que houvesse eleições, os partidos que tivessem perdido fossem para a rua exigir novas eleições, algo de muito errado se estaria a passar.

Dado que até você concorda que Putin tem a maioria absoluta dos votos, parece-me a mim que existe uma grande falta de respeito pela maioria dos eleitores, que escolheram Putin.

Portanto a mim parece-me que PRIMEIRO QUE TUDO as MINORIAS devem RESPEITAR as escolhas das maiorias. É assim nas democracias, mas parece-me que na Rússia as minorias mostram afinal que também não sabem funcionar em democracia."




Exato. Alem disso, a maioria dos "opositores" reside em Moscovo e "protestar", segundo eu vejo, se tornou a recente moda moscovita. Alguns dos "activistas", ou participantes activos desses movimentos pensam que são mais inteligentes que o resto da população e que decidir o destino do país é o privilégio deles. Os "grandes democtaras", por isso, são muitas vezes muito mais autoritários que o "ditador" contra quem lutam.