Os
22 finalistas da Guiné Bissau, que ocupam o edifício da embaixada desse país na
capital russa desde 27 de agosto, anunciaram ter pedido às autoridades russas
que suspendam a cooperação com o seu país no campo da educação até que recebam
bilhete de avião para regressar a casa.
“Entramos
em contacto com vários órgãos de informação russos para, através deles, pedir
ao governo de Moscovo que suspenda a cooperação no campo do ensino com o nosso
país até que sejamos retirados daqui”, declarou à Lusa Carfa Mané, porta-voz
dos estudantes guineenses.
Segundo
ele, “a Rússia tem de exigir do governo de Bissau garantias de que os
estudantes que terminem os seus cursos neste país tenham bilhetes para
regressar ao país”.
“Estamos
aqui abandonados, vivemos ilegalmente, a monte, e as nossas autoridades não
cumprem o que prometem”, frisou.
“As
autoridades russas têm de pôr fim a esta tragédia humanitária, não permitir a
sua repetição”, acrescentou.
Na
sexta-feira passada, os estudantes, que terminaram os seus cursos em
universidades da Rússia, encontraram-se com o embaixador da Guiné-Bissau na
capital russa e este teria informado que os tão esperados bilhetes chegariam no
sábado ou domingo.
“Fomos
outra vez enganados. Hoje, fomos falar com o embaixador e ele disse-nos que
ainda não havia qualquer notícia informação de Bissau. Uma vergonha”, frisou
Carfa Mané, indignado.
Como
o espaço na embaixada guineense é exígua em espaço, os estudantes ocupam-na por
turnos.
“Neste
momento, estamos aqui oito, os outros foram dormir, tomar banho ou comer em
residências estudantis onde vivem guineenses”, explicou ele.
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