sábado, dezembro 15, 2012

Polícia russa deteve cerca de 50 manifestantes da oposição em Moscovo e São Petersburgo



A polícia de choque russa OMON dispersou a manifestação que a oposição extraparlamentar russa tentou organizar no centro da capital russa e deteve cerca de trinta manifestantes.
Entre os detidos, encontram-se líderes de vários grupos da oposição: os liberais Ília Iachin, Ksénia Sobtchak e Alexei Navalni; Serguei Udaltsov, dirigente da Frente Vermelha, e o líder nacionalista Dmitri Diomuchkin.
A polícia justificou as detenções com o facto de eles terem “intenções criminosas”, ou seja, “tencionarem organizar uma manifestação ilegal”.
“Delírio total. Fui simplesmente arrancado da multidão”, escreveu Navalni no Twitter.
Quanto ao número de participantes, a polícia fala em “700 pessoas, 300 das quais eram jornalistas e blogers”. Porém, a oposição fala em cerca de cinco mil manifestantes.
O Comité Coordenador da oposição extraparlamentar convocara uma “Marcha da Liberdade”, para protestar contra a alegada violação da Constituição, mas as autoridades de Moscovo proibiram o desfile, considerando que ele “dificulta o trânsito na capital”.
Os dirigentes da oposição dividiram-se na atitude a tomar face à decisão das autoridades. Uns apelaram à não participação na manifestação, enquanto outros deixaram ao critério dos cidadãos.
A oposição manifestou-se também noutras cidades russas, não obstante o forte frio que se faz sentir no país.
Em São Petersburgo, a polícia contou cerca de 500 pessoas e anunciou que foram feitas 26 detenções.
“Não havia razão para as detenções. As pessoas simplesmente passeavam na praça, cada um tem o direito a fazer isso”, declarou aos jornalistas Liudmila  Alekseevna, líder da organização Grupo de Helsínquia.

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