A polícia de choque russa OMON dispersou a manifestação que a oposição extraparlamentar russa tentou organizar no centro da capital russa e deteve cerca de trinta manifestantes.
Entre os detidos,
encontram-se líderes de vários grupos da oposição: os liberais Ília Iachin,
Ksénia Sobtchak e Alexei Navalni; Serguei Udaltsov, dirigente da Frente
Vermelha, e o líder nacionalista Dmitri Diomuchkin.
A polícia
justificou as detenções com o facto de eles terem “intenções criminosas”, ou
seja, “tencionarem organizar uma manifestação ilegal”.
“Delírio total.
Fui simplesmente arrancado da multidão”, escreveu Navalni no Twitter.
Quanto ao número
de participantes, a polícia fala em “700 pessoas, 300 das quais eram
jornalistas e blogers”. Porém, a oposição fala em cerca de cinco mil
manifestantes.
O Comité
Coordenador da oposição extraparlamentar convocara uma “Marcha da Liberdade”,
para protestar contra a alegada violação da Constituição, mas as autoridades de
Moscovo proibiram o desfile, considerando que ele “dificulta o trânsito na
capital”.
Os dirigentes da
oposição dividiram-se na atitude a tomar face à decisão das autoridades. Uns
apelaram à não participação na manifestação, enquanto outros deixaram ao
critério dos cidadãos.
A oposição
manifestou-se também noutras cidades russas, não obstante o forte frio que se
faz sentir no país.
Em São Petersburgo, a polícia contou cerca de 500 pessoas e anunciou que
foram feitas 26 detenções.
“Não havia razão
para as detenções. As pessoas simplesmente passeavam na praça, cada um tem o
direito a fazer isso”, declarou aos jornalistas Liudmila Alekseevna, líder da organização Grupo de
Helsínquia.
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