PM russo considera que continuam a “roubar o roubado” no Chipre

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, considerou hoje que é necessário calcular cuidadosamente as consequências da crise no Chipre, frisando que, nesse país, tem lugar, “o roubo do roubado”.

“Aí, penso eu, continuam a roubar o roubado. É preciso compreender como, no fim de contas, vai acabar essa história”, declarou ele numa reunião com vice-primeiros-ministros do Governo russo.

Segundo ele, é necessário analisar a situação, como se vai refletir nos mercados mundiais, nomeadamente na Rússia.

A expressão “roubar o roubado” apareceu na Rússia depois da revolução comunista de 1917, como a tradução do princípio marxista “expropriar os expropriadores”.

O dirigente comunista Vladimir Lenine declarou em janeiro de 1918: “Não posso encontrar nada incorreto na palavra de ordem “rouba o roubado” se ela entrar na história. Se nós empregamos as palavras: expropriação dos expropriadores, porque é que não podemos passar sem termos latinos?”.

Por enquanto, o Kremlin ainda não anunciou nenhuma reação concreta, mas os analistas esperam uma posição dura, pois, segundo alguns cálculos, empresas, bancos e cidadãos russos poderão perder mais de 40 mil milhões de euros.